Saudação do Reverendo Hiroshi Nakadomari – Culto do Paraíso Terrestre

Saudação do Reverendo Hiroshi Nakadomari
Culto do Paraíso Terrestre
Encontro Nacional de Membros da Sede Central Izunome
Hotel Rihga Royal Osaka, Auditório Korin
15 de junho de 2018

Parabéns a todos pela realização do Culto do Paraíso Terrestre!

Meu nome é Nakadomari e sou o presidente da Igreja Messiânica Mundial (Ele é o presidente legítimo da Igreja Mãe, com o reconhecimento de Kyoshu-Sama).

Finalmente recebemos a permissão de, doravante, caminharmos de mãos dadas com os membros da Sede Central Izunome, rumo a uma fé completamente nova que Kyoshu-Sama tem nos orientado.

Em primeiro lugar, quero transmitir aos senhores a minha gratidão.

Gostaria de agradecer do fundo do meu coração a todos os senhores pela sua participação no abaixo-assinado que promovemos, antecipando-se à tentativa esdrúxula de alteração dos estatutos da nossa religião, que seria proposta por pessoas que se autoproclamaram diretores executivos da Igreja Mãe.

Felizmente, no dia 8 de maio passado, eu e o reverendo Shirasawa entregamos esse abaixo-assinado no Ministério da Cultura. Graças às nossas assinaturas, aquelas pessoas que planejavam as alterações, sentiram-se acuadas, e até o momento, não deram entrada nesse pedido.

No entanto, acredito que eles certamente tentarão fazer esse pedido num futuro próximo.

Certamente eles já pensam na possibilidade de excluir Kyoshu-Sama e, por fim, o sistema institucional com Kyoshu (Líder Espiritual) para atingirem seus objetivos. Temos que impedir, a qualquer custo, que esse objetivo da MOA Toho no Hikari de se apossar da Igreja Messiânica Mundial seja concretizado. Assim sendo, espero poder continuar contando com a colaboração de todos os senhores.

Bem, hoje quero transmitir um ponto muito importante aos senhores.

Em suma, o que eu gostaria de explicar aos senhores é: por que usamos as palavras “união” e “cooperação”, quando nos referimos a respeito das atividades que desenvolveremos juntos a partir de agora.

Primeiramente, gostaria de falar sobre o relacionamento que tive com o reverendíssimo Tetsuo Watanabe, um líder magnífico para todos os senhores.

Quando me tornei integrante, ele já era um “superstar”, um líder carismático e respeitado entre os jovens ministros. Posteriormente, ele expandiu a Obra Divina pelo mundo, a começar pelo Brasil e pelos continentes africano e europeu, tornando-se um grande missionário. Tive a afinidade de participar com ele da diretoria executiva da nossa religião, o que proporcionou inúmeros momentos de conversas amigáveis. Com o passar do tempo, aumentaram as oportunidades de conversamos sozinhos.

Pouco depois de nos conhecermos, ele me contou surpreendentes relatos de milagres com o Johrei pelo mundo. Eram experiências de pessoas que ressuscitaram com o Johrei e o relato da sua própria experiência de superação de uma grave purificação por meio da ministração intensiva de auto-johrei. Sua autoconfiança ao falar era digna de quem estava à frente da difusão mundial.

Nesse meio tempo, passamos a dialogar sem rodeios, tendo conversas francas. Ao relatar-lhe os inúmeros problemas que a Igreja Su no Hikari enfrentava, ou até mesmo preocupações ou dúvidas pessoais, ele sempre me relatava seus muitos esforços para realizar os empreendimentos da Igreja Izunome.

Naquela época, um dos temas mais abordados pelo reverendíssimo Watanabe era a difusão mundial.

Pelo ritmo das conversas que tínhamos, sinto que o reverendíssimo Watanabe sentia que a fé que professamos até hoje estava chegando a um limite. A maior parte da população mundial segue a crença do Cristianismo, do Islamismo ou do Budismo, e ele pensava: o que a Igreja Messiânica Mundial deveria fazer para atuar como o centro dessas religiões?

Vejo isto como uma preocupação característica de um grande visionário como ele, que se empenhou sinceramente na grandiosa missão de realizar a difusão mundial.

Foi nessa época que Kyoshu-Sama começou a orientar sobre o nome Messias, o que veio em um momento propício para o reverendíssimo Watanabe. Essa orientação que havia se tornado um tabu após a ascensão de Meishu-Sama, chegava numa compreensão completamente inovadora para todos nós. O reverendíssimo sempre falava com entusiasmo: “Dessa forma, será possível falar sobre Messias com os cristãos. Não é um entendimento sobre Messias que entra em confronto com questões como: ‘Quem é o Messias’. Para mim, essa orientação de Kyoshu-Sama sobre o Messias foi libertadora!” Desde então, ele mudou seu rumo, voltando-se para a fé completamente nova que Kyoshu-Sama estava nos ensinando.

Essa grandiosa transformação também ocorreu dentro da Igreja Su no Hikari.

Nossa diretriz de difusão nos últimos 30 anos foi: “Avançar com foco em Meishu-Sama.” No entanto, não víamos um futuro promissor pela frente. Tentamos todos os esforços possíveis, mas estávamos perdidos em meio a tantas dificuldades.

Sinto-me envergonhado, mas quando comecei a receber as palavras de Kyoshu-Sama, não dava importância à metade do seu conteúdo. Aquela sua linguagem pouco corriqueira e sua forma de pensar inovadora me incomodavam. Eu pensava se tratar de uma forma muito particular de fé, própria apenas de Kyoshu-Sama e, por isso, buscava afastar-me de sua visão.

Minha fé se resumia em clamar por Deus, mas, na realidade, me esforçava em me aprimorar e salvar pessoas baseados na minha conveniência. Por conseguinte, pensava que sempre havia falta de esforços ou “algo mais”, semelhante a uma fé que percebe o paraíso como algo completamente distante de nós.

Neste ínterim, começaram a aumentar as oportunidades de encontrar e conversar com Kyoshu-Sama, momentos em que, sem pudor algum, ficava dando minha opinião e até contestava suas palavras.

Porém, chegou o momento em que levantei a “bandeira branca”. Decidi seguir em frente, tendo Kyoshu-Sama como alguém que está em uma posição superior e está sendo utilizado por Meishu-Sama. Pensei: “Mesmo não compreendendo, vou acreditar e praticar. Dessa forma, Meishu-Sama me fará compreender e perceber”. Com isso, passei a aceitar com obediência as palavras de Kyoshu-Sama e, além disso, reconhecer que a “fé completamente nova” é a maior salvação que Meishu-Sama proporcionou para a humanidade por intermédio de Kyoshu-Sama.

Gostaria de relatar um aprendizado que tive depois disso.

A Igreja Su no Hikari sempre se empenhou nas atividades de difusão por meio da diretriz: “encontrar, escutar e ministrar Johrei”. Viemos até então praticando isso com o sentimento de que cada pessoa deveria objetivar exclusivamente as bênçãos de Meishu-Sama. Entretanto, Kyoshu-Sama nos orientou a desenvolver essa prática com um sonen renovado. Sua orientação consiste em: “Quem se encontra com alguém é Meishu-Sama. Também é ele quem escuta e ministra Johrei em outras pessoas”. Isto é algo que eu havia compreendido de maneira equivocada até então.

Aprendi que a prática do Johrei é uma ação conjunta com Deus. Até então, eu achava que eu transmitia o Johrei e que Deus outorgava a Sua luz. Sem perceber, o ser humano passou a ser mais importante que Deus. O ensinamento que diz que devemos nos tornar instrumentos de Deus, consiste no fato de que Deus é o personagem principal de tudo. Em suma, a prática de “encontrar, escutar e ministrar Johrei”, que fazemos na Igreja Su no Hikari, foi completamente renovada, graças às orientações de Kyoshu-Sama. Começou então uma mudança de “centralização no ser humano”, para “centralização em Deus”.

Atualmente, as atividades desenvolvidas pela Igreja Su no Hikari ganharam um novo formato. Nossa diretriz de expansão é: “Vamos nos empenhar para aprender com a postura e as palavras de Kyoshu-Sama”. Eu e a Igreja Su no Hikari fomos completamente salvos pela prática dessa diretriz.

Penso que tanto a fé professada pela Igreja Izunome, que foi guiada pelo reverendíssimo Watanabe, como a fé da Igreja Su no Hikari estão nascendo de novo por meio de uma fé completamente nova. Isto porque, nos foi permitido “entrar em campo com a mesma camisa” para nos renovarmos.

Após a ascensão de Meishu-Sama, apesar de Nidai-Sama e Sandai-Sama terem herdado sua obra, num certo momento, os diretores, que são apenas membros, se agarraram somente aos ensinamentos que foram escritos quando Meishu-Sama ainda estava vivo, e puxaram para si próprios a responsabilidade institucional. Nesse ínterim, eles vieram se esforçando e utilizando sua força e inteligência humana para atingirem esse objetivo, o que, até certo ponto, tem o meu reconhecimento.

Porém, agora, com o desenvolvimento do Plano Divino, Meishu-Sama está nos transmitindo a nova fé através de Kyoshu-Sama!

Penso que a fé completamente nova que ele tem nos orientado só poderá ser concretizada quando passarmos a ter um sistema institucional liderado por Kyoshu-Sama.

Creio ainda que o verdadeiro sistema de Obra Divina centralizado no Trono de Kyoshu consiste em ter como base as palavras de Kyoshu-Sama. Penso que se trata de um sistema de Obra Divina semelhante ao da época em que Meishu-Sama atuou como primeiro Kyoshu.

Independentemente do que os senhores e a Igreja Su no Hikari viveram no passado, hoje, temos Kyoshu-Sama junto conosco e compartilhamos a alegria de vivenciar um sistema de Obra Divina sob sua liderança.

Obviamente, estamos apenas no início desta caminhada. Creio que enfrentaremos muitas dificuldades, uma após a outra.

Entretanto, não seria graças à formação recebida do Messias que ganhamos a permissão de professar a verdadeira fé?

Encerro minhas palavras reafirmando nossa união e cooperação.

Muito obrigado!