Na manhã do dia 21 de outubro, Kyoshu-Sama outorgou o Ohikari para os novos seguidores de Meishu-Sama. A cerimônia foi realizada na igreja de Gifu. À tarde, no mesmo local, foi realizado o Encontro de Membros que contou com a presença de, aproximadamente, 300 pessoas.

O encontro começou com todos entoando a oração Amatsu-Norito liderados por Kyoshu-Sama. Após ministrar Johrei coletivo, Kyoshu-Sama leu o texto “Palavras de Começo” para partilhar seu sentimento com os participantes.

A seguir, o Rev. Kato, responsável pela Região Chubu, agradeceu pela presença de Kyoshu-Sama e sua comitiva. Posteriormente, o Rev. Shirasawa, presidente da Sede Central Izunome, saudou os participantes e relatou sobre a viagem do Masaaki-Sama à Alemanha e a realização do Culto do Outono na cidade de Osaka, relatando também sua decisão de servir com afinco nas atividades que adentraram em uma nova etapa.

Após o relato de gratidão de um membro, representando os demais participantes, Kyoshu-Sama relatou os motivos que o levaram a transmitir sua mensagem no Culto do Início da Primavera do ano passado, sua reflexão a respeito do Trono de Kyoshu – devido à purificação que a nossa religião teve há 30 anos -, explicando também como a Igreja Izunome foi instituída e o que ele sentiu por causa de toda a situação gerada nos últimos meses.

Em seguida, Kyoshu-Sama respondeu carinhosamente às perguntas feitas pelos membros. Apresentamos aqui uma delas:

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Pergunta:

Considerávamos que nossos antepassados já estão mortos e que acreditávamos na reencarnação. Essa visão mudou graças às orientações de Kyoshu-Sama, mas tenho dificuldade de explicar isso para os membros quando sou questionado por eles…

Resposta de Kyoshu-Sama (trechos):

Meishu-Sama sofreu um derrame cerebral em 19 de abril de 1954 e, por esse motivo, não existem muitos registros do que ele disse desde então. No entanto, o que Meishu-Sama disse depois disso foi: “Não se trata de uma reencarnação. É nascer de novo”. Essas podem ser consideradas as últimas palavras que Meishu-Sama nos legou em seus últimos meses de vida. A questão é: como aceitá-las? Infelizmente, não me foi permitido participar do Culto do Outono de 2017, mas havia preparado minhas palavras para esse culto e gostaria de ler agora para os senhores.

(A tradução será disponibilizada futuramente)

Cada um de nós já foi contemplado com uma vida nova, junto a Meishu-Sama! Assim como ele disse que se sentiu surpreso, na verdade, temos que sentir uma surpresa maior que a de Meishu-Sama. Isto porque cada um de nós recebeu de Deus a vida eterna, algo importantíssimo que não somos capazes de transferir para outra pessoa. Por conseguinte, não temos o que debater a respeito da reencarnação.

Tenho repetido isso várias vezes, mas quem disse “não se trata de reencarnação” foi Meishu-Sama. Não são palavras minhas. Conforme eu disse há pouco, em 5 de junho de 1954, Meishu-Sama afirmou: “Da minha parte, tornei-me muito mais jovem. Fala-se sobre o nascimento do Messias, não é? Pois bem, um Messias nasceu! Não são somente palavras, pois trata-se de um fato. Eu também fiquei surpreso. Isso não é o reencarnar. Trata-se de nascer de novo! (…) Com relação a esse acontecimento recente, não se trata apenas de um milagre único. Ocorreram inúmeros milagres que são superiores a qualquer outro.”

Eis o porquê de eu, um seguidor de Meishu-Sama, acreditar nas suas palavras: “Isso não é o reencarnar. Trata-se de nascer de novo!”. É somente isso.

Pergunta:

Ao fazer difusão, tenho me empenhado em transmitir que devemos nascer de novo como Messias, mas acabo dizendo às pessoas que a enfermidade será aliviada e ofereço-lhes Johrei. Qual seria a melhor forma ou expressão que devemos utilizar para essa divulgação?

Resposta de Kyoshu-Sama (trechos):

Na Igreja Izunome, foi publicado o panfleto “Deus é Luz”, justamente para facilitar a forma de transmitir às pessoas (N.T.: Atualmente, está sendo elaborada uma nova versão). Mesmo que não saiba explicar, basta entregar e dizer que é nisso que nós acreditamos. Penso que essa seja a melhor maneira. Com relação ao dizer que a enfermidade será aliviada, oferecendo assim Johrei para outra pessoa, nos cultos, tenho falado a respeito do nosso sonen ao ministrar Johrei e peço para que consulte o seu ministro responsável a esse respeito.

O que devemos refletir ao levantarmos a mão para ministrar Johrei é: “Estamos levantando a nossa própria mão?” Esse ato é a representação de Deus, envolvendo tudo em Suas mãos, perdoando e salvando tudo que existe e nos chamando de volta para nossa origem. Deus está sempre com a sua mão estendida para nós. Penso que na mão que ministra o Johrei está contido o sentimento de Deus em querer perdoar e acolher no Reino dos Céus todos aqueles que O ignoraram, que O esqueceram e os que pensavam que tinham se afastado Dele. Meishu-Sama nos legou essa maravilhosa Obra do Johrei, não limitando a sua prática somente para si mesmo, mas proporcionando que todos os membros também pudessem realizá-la. Isto é algo extraordinário! Ele está nos dizendo: “Quero que todos tenham o mesmo pensamento que eu.”

Realmente, nos primórdios da nossa religião, surgiram inúmeros milagres com o Johrei, os quais comprovam a existência de Deus. Isso fez com que aumentasse o número de membros. Contudo, penso que o verdadeiro significado que existe dentro de Meishu-Sama vem a ser o que eu disse agora. Como Meishu-Sama nos ensina, os milagres existem para comprovar a existência de Deus; temos que nos empenhar para não nos esquecermos disso.

Portanto, falamos sobre o Johrei de forma displicente, mas, na verdade, creio que “Johrei” não é um termo que deve ser utilizado dessa maneira. Isto porque, como disse há pouco, a mão que ministra o Johrei é a mão de Deus. Na sociedade, existem inúmeras formas de transmissão de energia com fins terapêuticos. Não se referir ao Johrei de forma displicente é evitar dizer que ele faz bem para o corpo. O Johrei não se assemelha à energia terapêutica. Por conseguinte, penso que devemos objetivar seriamente o verdadeiro significado do Johrei.

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O Masaaki-Sama respondeu a seguinte pergunta de um membro: “Assisti o vídeo documentando o Culto Mensal de Gratidão na Alemanha e fiquei emocionado. O que devemos fazer para cumprir com a nossa missão e como devemos servir a Deus para nos tornarmos um Messias? O senhor pode nos transmitir o que sente a esse respeito?”

Resposta do Masaaki-Sama: O senhor mencionou “a nossa missão”, mas, em outras palavras, a nossa missão é a missão de Meishu-Sama, não é verdade? Assim sendo, temos que pensar a respeito sobre quem foi Meishu-Sama. Nesta oportunidade, quando ficou definido a minha viagem à Alemanha, refleti muito a esse respeito.

Como é do conhecimento de todos, Meishu-Sama nasceu em uma condição peculiar. O local do seu nascimento é o extremo leste de Hashiba (distrito ao leste da cidade de Tokyo), que fica no Japão, país ao extremo leste do planeta Terra, e afirmou ser a Luz do Oriente.

Meishu-Sama também disse que levaria de volta ao Ocidente tudo o que foi trazido para o Oriente, purificando tudo através da Luz para edificar um mundo cristalino. Ao refletir sobre isso, chegamos à conclusão de que a vida de Meishu-Sama se resume no “nascer de novo como Messias.”

Acredito que a “civilização vinda do Ocidente” pode ser resumida em uma única palavra: “Messias”. Meishu-Sama acolheu o nome Messias no extremo leste do planeta. Ao fazer com que isso retorne ao Ocidente, ele construirá um mundo magnífico. Essa é a missão de Meishu-Sama. Dessa forma, creio que a missão de cada um de nós é a mesma.

Na ocasião em que visitei a Alemanha, não foi somente eu quem saiu do Japão, país ao extremo leste do planeta. Cerca de 50 jovens partiram do Japão, rumo ao Ocidente, carregando consigo o nome Messias e, juntos, fomos utilizados na dedicação de transmitir a mensagem: “O nome Messias não é algo que pertence somente a nós. Ele precisa também ser aceito por todos os habitantes do Ocidente. Enfim, por toda a humanidade.”

Se pensarmos bem, a Alemanha é um país que foi dividido em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental pelo muro de Berlim. Por volta de 1990, período que antecedeu a queda daquele muro, não era possível transpor essa barreira imposta entre o Ocidente e Oriente. Mas essa barreira desapareceu. Penso que há nisso uma simbologia. Afinal, o nome Messias chegou ao Oriente e, apesar de a nossa missão consistir em levá-lo de volta para o Ocidente e transmiti-lo para o mundo inteiro, corríamos o risco de prendê-lo somente no Japão por considerar que apenas Meishu-Sama é o Messias. Por conseguinte, penso que o pensamento do ser humano foi utilizado por Deus para que Ele criasse aquele muro, representando esse simbolismo.

Apesar de Meishu-Sama ter colocado o nome da nossa religião de Sekai Meshiya Kyo (Igreja Mundial do Messias), após a sua ascensão, esse nome acabou sendo alterado para Sekai Kyusei Kyo (Igreja Messiânica Mundial). Dessa maneira, o nome Messias foi, temporariamente, esquecido. Todavia, esse nome não foi simplesmente omitido por Nidai-Sama e Sandai-Sama após a ascensão de Meishu-Sama. Penso que isso aconteceu porque ainda não era o momento para que o verdadeiro significado do nome Messias viesse à tona.

Consequentemente, é possível que Deus tenha desejado que o nome Messias fosse temporariamente resguardado e Nidai-Sama e Sandai-Sama, correspondendo a essa divina vontade, devolveram a Deus o nome Messias por intermédio de Meishu-Sama. No entanto, é chegado o momento de aceitarmos esse precioso nome, e a queda do mudo de Berlim representa a chegada da época em que o Ocidente e o Oriente serão unidos para a criação de um mundo magnífico. Assim sendo, Deus e Meishu-Sama fizeram com que o nome Messias fosse resgatado pelo atual Kyoshu-Sama, que está nos ensinando que não devemos privatizar o nome Messias e, ao mesmo tempo, perguntando se cada um de nós quer aceitá-lo e recebê-lo. Eis a nossa situação atual.

Há pouco, perguntaram com que sentimento devemos servir a Deus. Como acabei de dizer, isso se resume em querer dar importância ao desejo de Meishu-Sama e a sua missão, haja o que houver. Cada um de nós possui uma alma chamada Messias. É por isso que Deus está nos perguntando: “Não quer se tornar meu filho?”. Deus deseja que cada um de nós se torne Seu filho e essa pergunta não está sendo feita individualmente, mas sim, a todos os seres humanos.

Portanto, quero aproveitar todas as oportunidades que me são concedidas para transmitir o sentimento de Meishu-Sama, como dizer às pessoas ao meu redor: “Você também pode se tornar um filho de Deus”. Dessa forma, penso que devemos nos unir para servir a Deus e seguirmos em frente.

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Dessa maneira, as perguntas dos membros foram respondidas com carinho.

Em seguida, Kyoshu-Sama leu o texto “Palavras de Encerramento” e um membro, representando os demais participantes, transmitiu sua gratidão e compromisso. A seguir, todos cantaram o Hino da Luz Divina e o Hino Regresso ao Lar.

Por fim, foi tirada a foto comemorativa e Kyoshu-Sama e sua comitiva cumprimentaram, com aperto de mão, um a um os participantes, agradeceram pela dedicação diária e perguntaram o estado das pessoas que estão passando por purificação. O encontro ficará marcado para sempre como um dia repleto de emoção e também pela determinação de todos em seguir servindo na etapa completamente nova da Obra Divina.

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