Boa tarde a todos!

Como vimos no vídeo exibido há pouco, acompanhei Kyoshu-Sama durante a viagem missionária ao Brasil.

Fiquei muito emocionado ao ter contato com o fervor da fé dos brasileiros, que é o mesmo fervor dos membros japoneses.

Acredito que os membros do Japão, em meio aos vários acontecimentos na Igreja, ficaram preocupados por causa das informações imprecisas que chegavam de todos os lados.

Mas, o Brasil é o país mais distante do Japão e fica do outro lado do mundo. Por estarem em um local distante, acredito que os membros brasileiros tiveram a mesma preocupação, ou até mesmo maior, que a dos senhores.

Em meio a isso tudo, assim como os membros do Japão, os membros brasileiros se ergueram por acreditarem num único ponto: “O sentimento de Meishu-Sama nos é transmitido através de Kyoshu-Sama”.

No vídeo, os senhores viram o relato de gratidão de uma senhora, não é mesmo? Era a ministra Maria da Conceição. Ela disse que, por estar em uma situação em que não tinha ninguém compartilhando do mesmo sentimento, teve que se erguer sozinha.

Ao escutar o seu relato, logo me lembrei dos membros da Sede Central MOA Toho no Hikari, aqui no Japão. Mesmo sem ter apoio e estando em uma situação na qual se viam totalmente cercados, eles se ergueram com coragem, carregando consigo o sentimento de “querer caminhar junto a Kyoshu-Sama” e “querer aceitar o verdadeiro sentimento de Meishu-Sama”.

Além disso, também tivemos o relato do ministro Leonardo Sêneda. Ele era responsável por um Johrei Center, mas foi destituído dessa função pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil. No entanto, isso fez com que muitos membros saíssem com ele daquele Johrei Center.

No Japão, essa situação é semelhante à dos muitos ministros, missionários responsáveis por Johrei Centers, integrantes e membros, ligados a eles, que hoje fazem parte da Sede Central Izunome. Sinto que muitos membros brasileiros tiveram de passar pela mesma experiência.

Além disso, não podemos nos esquecer que essa viagem missionária de Kyoshu-Sama ao Brasil só foi possível porque existe a Igreja Su no Hikari, liderada pelo presidente Narii.

Os membros brasileiros se ergueram e receberam Kyoshu-Sama. No Japão, os membros da Sede Central Izunome e da Sede Central MOA Toho no Hikari se ergueram, estamos realizando grandes cultos, como o de hoje, e desenvolvendo atividades religiosas. Creio que tudo isso também só foi possível porque a Igreja Su no Hikari existe.

Sinto que isto é algo que jamais devemos nos esquecer.

A diretriz de difusão da Igreja Su no Hikari, “Vamos nos empenhar para aprender com a postura e as palavras de Kyoshu-Sama”, tem sido questionada pelas pessoas que se autodenominam diretores executivos da Igreja Messiânica Mundial – Igreja Mãe. Desde o ano passado, eles argumentam, unilateralmente, que a Igreja Su no Hikari não faz mais parte da Igreja Mãe.

Mesmo nessa situação, os membros da Igreja Su no Hikari absolutamente não se abalaram e mantêm uma postura firme. Acredito que é graças a todos eles que a viagem missionária de Kyoshu-Sama ao Brasil se concretizou, e a Sede Central Izunome e a Sede Central MOA Toho no Hikari são capazes de existir.

Ao mesmo tempo, estive pensando: estamos concretizando o que Meishu-Sama almejou por muito tempo, ao oferecermos a Deus o coro Aleluia do oratório Messias, graças ao empenho de muitos membros no último Culto do Paraíso Terrestre. Meishu-Sama também disse que “a Igreja Mundial do Messias vai atuar em consonância com o cristianismo”. Em meio aos sintomas de derrame cerebral, Meishu-Sama disse que havia nascido de novo como o Messias e se tornou um protótipo para toda humanidade. Ele deixou o modelo para que todos os seres humanos sejam como Meishu-Sama e nasçam de novo como o Messias.

Meishu-Sama disse que ia atuar em consonância com o cristianismo para salvar toda humanidade. E, como um protótipo para todos os seres humanos, nasceu de novo como o Messias. No panfleto que distribuímos atualmente está condensado o sentimento e o desejo de Meishu-Sama.

É dessa maneira que, agora, Meishu-Sama está nos transmitindo através de Kyoshu-Sama o seu verdadeiro desejo. Isto não é algo utópico, pois, agora, isso tem se tornado uma realidade concreta pelas nossas mãos.

Frequentemente, Kyoshu-Sama diz: “liderados por Meishu-Sama”, não é verdade? O que imaginei ao escutar essas palavras foi o seguinte: é como se Meishu-Sama fosse a proa de um navio, que sempre indica o rumo da embarcação.

Acredito que Meishu-Sama está à nossa espera no cais de um porto, dizendo: “Chegou a hora. Eu vou zarpar!”. Sinto que cada um de nós já embarcou nesse navio. Tomamos essa decisão. Acredito que não somente eu, mas todos os membros do Japão e do Brasil fizeram o mesmo.

Ao pensarmos sobre isso, naturalmente surgem alguns questionamentos como a qual Igreja estamos ligados. Mas, ao invés de pensar que pertencemos à Igreja Su no Hikari, à Sede Central Izunome ou à Sede Central MOA Toho no Hikari, ou se somos japoneses ou brasileiros, acredito que tudo isso deve ser superado para darmos continuidade ao verdadeiro desejo de Meishu-Sama que é a salvação da humanidade.

O que Meishu-Sama realmente deseja é algo que exige profundo respeito. Chegou a hora de concretizarmos pelas nossas mãos, um a um, os seus desejos. Realmente chegou o momento de salvarmos a humanidade. Acredito que, agora, Meishu-Sama está confiando isso a cada um de nós.

Daqui por diante, é provável que surjam diversas dificuldades. Acho que será um caminho repleto de altos e baixos, e momentos de risos e lágrimas. Mas, estou determinado a caminhar junto a Kyoshu-Sama, que recebe o sentimento de Meishu-Sama, e com todos os senhores, membros que decidiram caminhar sempre unidos ao sentimento de Kyoshu-Sama.

Senti fortemente isso durante a viagem missionária de Kyoshu-Sama ao Brasil e esse sentimento ficou ainda mais forte ao assistirmos juntos o vídeo exibido há pouco.

Hoje é o Culto às Almas dos Antepassados. Gostaria de falar um pouco a respeito do que Kyoshu-Sama tem orientado sobre os antepassados.

Como todos sabem, há anos Kyoshu-Sama tem orientado que os antepassados foram perdoados e salvos, por isso estão vivos. Às vezes, nos perguntamos o que isso significa, não é verdade?

Isto porque, geralmente, associamos isso à palavra “afinidade”, ou seja, nossa conexão com inúmeros antepassados. Pensamos que eles ainda não foram perdoados e salvos; e que, por estarmos conectados a eles, precisamos sufragá-los e orar por eles, motivo pelo qual possuímos um mitamaya (altar dos antepassados).

Portanto, ao escutar “nossos antepassados foram perdoados e salvos, e estão vivos”, é possível que surjam pessoas que pensem “assim sendo, qual é o motivo de oramos perante o mitamaya?” ou “então, o mitamaya não é mais necessário”.

Entretanto, acho que não é isso o que Kyoshu-Sama está querendo nos dizer. Se os antepassados foram salvos ou não, se foram perdoados ou não, é algo que, em outras palavras, depende de nós, que somos a soma de todos os nossos ancestrais: será que já somos seres vivos que foram perdoados e salvos, ou não?

Será que nós e nossos antepassados ainda estamos vivendo na Era da Noite e ainda precisamos ser perdoados, ou será que somos existências que vivem agora em plena Era do Dia e já fomos preenchidos pela Luz de Deus? Este é o ponto mais importante.

Assim sendo, o que Meishu-Sama nos diz a esse respeito?

Meishu-Sama compôs o seguinte salmo:

“Quão miseráveis sois vós, ovelhas perdidas. / Por que não percebeis? / Vede. / A longa Era da Noite já terminou!”.

Nesse salmo, ele diz que “A longa Era da Noite já terminou”. Ou seja, a Era da Noite já acabou e as pessoas que não sabem disso são desventurados. Dessa forma, Meishu-Sama afirmou, claramente, que a Era da Noite – a era de trevas – acabou!

Meishu-Sama também disse: “O período de sofrimentos mundanos já acabou”. Sempre pensávamos que vivíamos em um mundo de sofrimentos, ou seja, na Era da Noite. E ainda pensamos assim, não é mesmo? Mas Meishu-Sama está dizendo que esse período já acabou.

Além disso, Meishu-Sama disse que o Sol nasceu. Ele afirma que o Sol que perdoa os pecados já despontou. E que, depois disso, basta decidirmos abrir ou não a porta do coração. Meishu-Sama está nos dizendo que o mundo que foi perdoado – o mundo repleto de Luz – existe! Resta-nos, então, decidir se vamos abrir ou não essa porta, reconhecer ou não, que somos existências que já foram perdoadas.

Entretanto, independentemente de aceitarmos isso ou não, a Luz que perdoa os pecados surgiu. Isto é algo que Meishu-Sama disse e, atualmente, Kyoshu-Sama também está explicando.

Ser perdoado dos pecados significa, em simples palavras, ser absolvido. Agora, Deus está nos informando: “Você foi absolvido”. Nós, seres humanos, e todos os antepassados recebemos essa sentença: vocês foram absolvidos.

Geralmente, em um tribunal, quando um acusado é absolvido, ele cai aos prantos, tamanha a alegria que sente, não é verdade? Entretanto, será que sentimos a mesma alegria ao escutar que fomos absolvidos? Apesar de nós, a humanidade, e todos os antepassados termos recebido a sentença de que fomos absolvidos, será que compreendemos o quanto isso é maravilhoso? Será que ficamos felizes com isso? Eu acho que, inevitavelmente, a resposta seja “não”.

Isto porque, não temos consciência da gravidade dos nossos pecados. Acredito que isso ocorre por não termos consciência de que somos pecadores. É por isso que, ao escutar que fomos inocentados, simplesmente pensamos “Ah é? Então eu sou inocente…” ou “Ok, então o período de sofrimentos mundanos já acabou… e eu já me tornei um ser vivo que foi perdoado e salvo…que bom…”. Será que não deixamos o fato de termos sido perdoados passar despercebido?

É dessa forma que eu acho que temos uma postura que não é capaz de perceber que somos pecadores e o quão graves são os pecados que cometemos.

Meishu-Sama compôs o seguinte salmo:

“Oh, Deus! / Todas as vezes que me ajoelho diante de Ti, / Meus olhos se enchem de lágrimas. / Pois eu sempre me lembro / Que Tu salvaste meu corpo e minha alma!”.

Nele, Meishu-Sama diz que seus olhos se enchem de lágrimas todas as vezes que se ajoelha perante de Deus e pensa que foi salvo.

Quando escutamos de Kyoshu-Sama “os senhores foram salvos e perdoados”, nossos olhos se enchem de lágrimas? Choramos ao escutar que o período de sofrimentos mundanos chegou ao fim? Não choramos, não é verdade? Temos uma postura de prepotência e arrogância perante Deus.

Acredito que é por isso que Deus está nos guiando agora, pensando em fazer com que cada um de nós possua um sentimento como o de Meishu-Sama.

É por essa razão que, através do relacionamento humano com outras pessoas em nosso cotidiano, sentimos várias sensações como preocupação, sofrimento, conflitos, ódio, ciúme, raiva etc. Ou ainda, através dos noticiários, nos são apresentados vários aspectos dos seres humanos.

É como se Deus estivesse nos dizendo: “É possível que você ainda não tenha compreendido a gravidade dos seus pecados. Talvez, você não seja capaz de chorar ao escutar que foi absolvido, mas essa é a postura que você teve no passado… Mas, eu perdoei as atitudes que você e seus antepassados cometeram”.

Portanto, não é para analisar como são as outras pessoas, mas sim, a si mesmo. Se conseguirmos realmente pensar “será que a minha postura como pecador foi perdoada?”, é possível que sejamos capazes de sentir, um pouco que seja, a mesma sensação que Meishu-Sama sentiu quando ele disse que seus olhos se enchem de lágrimas todas as vezes que se ajoelha perante de Deus e pensa que foi salvo.

Entretanto, é muito difícil para nós pensarmos sempre dessa maneira, não é verdade? É muito difícil pensar todo momento em Deus e nos antepassados, pois somos ocupados: temos nosso trabalho, temos que cuidar da casa…

É por isso que Deus preparou o mitamaya, algo que possui forma, para que possamos orar perante ele, pelo menos, de manhã e ao final de cada dia, lembrando os vários problemas que enfrentamos em nosso dia-a-dia. No momento em que oramos perante o mitamaya, podemos refletir sobre desavenças com vizinhos, enfermidades, sentimentos que temos por outras pessoas e o que sentimos ao assistir um noticiário. Nessa hora, podemos pensar: “Meus antepassados carregavam consigo essa situação, mas isso foi perdoado…. Senhores antepassados, juntos, vamos receber a Luz do perdão de Deus”.

O mesmo pode ser dito sobre a imagem do altar. Obviamente, Deus está vivo dentro de nós, mas é difícil pensarmos nisso em todos os momentos. Portanto, quando nos postamos perante a imagem do altar, por exemplo nas orações matinais e vesperais, devemos pensar: “Deus está vivo dentro de mim. A Luz do perdão, que é a Luz da Grandiosa Luz Divina, existe dentro de mim”.

Perante a foto de Meishu-Sama no altar, devemos pensar: “Meishu-Sama está vivo dentro de mim. Meishu-Sama, que aceitou o nome Messias, e esse sagrado nome existem dentro de mim!”.

E, perante o mitamaya, pensar: “Senhores antepassados, juntos, vamos receber o perdão que existe no nome Messias”.

Assim sendo, temos agora um novo formato para o mitamaya, mas eu acho que é nesse sentido que o mitamaya, que possui forma, é importante para nós. Afinal, sem ele, seria difícil termos a oportunidade de pensarmos nos antepassados, recebermos junto a eles o perdão, e nos relacionarmos com eles.

Portanto, o fato de Kyoshu-Sama estar explicando que os antepassados são seres vivos que foram perdoados e salvos jamais significará que não é mais necessário orar perante o mitamaya.

Pelo contrário, o mitamaya é realmente importante para que possamos nos relacionar com os antepassados que vivem dentro de nós e para recebermos o perdão de Deus.

Além disso, recebemos o mitamaya com o sentimento de que nele estão assentados apenas os antepassados da nossa família. Mas, não é isso! Na verdade, toda humanidade está ligada aos nossos pais, avós, bisavós etc.

Consequentemente, quando estamos em frente ao mitamaya, não devemos mentalizar somente um antepassado mais próximo e pensar: “Vovô, pode ser que o senhor tenha cometido isso no passado, mas essa atitude já foi perdoada, viu!”. Ao invés disso, temos que pensar: “Esse sofrimento não é somente do meu avô. É possível que, dentro dos antepassados de toda humanidade, haja muitos que carregaram o mesmo sofrimento”. Portanto, acredito que devemos pensar: “Senhores antepassados de toda humanidade, juntos, vamos receber o perdão que existe no nome Messias”.

Dessa forma, o mitamaya que possuímos em nosso lar não pertence somente à nossa família. Isso é um pensamento pequeno. Temos que pensar: “Aqui estão os antepassados de toda humanidade. Estou tendo a oportunidade de me relacionar com todos eles”.

O “Perdão de Deus”, resumido, é o “Amor de Deus”. O amor de Deus se transforma em perdão.

Na verdade, é “amor” porque perdoa o que é imperdoável. Perdoar o que é perdoável não é amor. O ser humano vive extremamente dentro da sua conveniência, pois perdoa o que é capaz de perdoar e ama aquilo que consegue sentir amor. Mas, o amor humano não é o verdadeiro amor. O amor que perdoa o que é imperdoável é um sentimento que os seres humanos jamais serão capazes de possuir.

O amor de Deus, assim como está escrito na oração Zenguen-Sanji, é uma “grandiosa, infinita e imensurável benevolência”. Eis o que é o amor de Deus. O Seu amor perdoa o que é imperdoável.

Nós, bem como nossos antepassados e toda humanidade, éramos realmente seres que não mereciam o perdão. Apesar disso, Deus nos perdoou através do Seu imensurável amor de forma unilateral. E não foi porque tínhamos alguma virtude. Muito pelo contrário: apesar de sermos pecadores – seres imperdoáveis – Deus nos perdoou unilateralmente.

No dia de hoje, em que celebramos o Culto às Almas dos Antepassados, quero receber o amor de Deus junto aos senhores e todos os antepassados. E, doravante, quero servir ao profundo e ilimitado amor de Deus com todos os senhores.

Muito obrigado.

※ Este texto foi baseado nas saudações feitas nos dois dias de culto.

 

Versão em PDF: Culto as Almas dos Antepassados_Masaaki-Sama

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