Boa tarde a todos.
Quais sentimentos surgem em nosso coração ao escutarmos palavras como “Jesus Cristo”, “cristianismo” ou “Bíblia”?
É bem provável que existam pessoas que carregam consigo o seguinte sentimento ou pensamento: “Vai falar de novo sobre cristianismo?”, “Que tipo de ligação tem Jesus com Meishu-Sama?” ou “O que o cristianismo tem a ver com a Obra Divina de Meishu-Sama?”
O vídeo Nascemos na Terra para nos tornarmos filhos de Deus – Nascer de Novo, exibido recentemente no Culto do Outono, abrange esse conteúdo e, dentro dele, é mencionada a vida de Jesus Cristo. É possível que, ao assistirem ao vídeo, algumas pessoas tenham pensado: “O que tem a ver a vida de Jesus Cristo com a vida de Meishu-Sama?”
Então, será que Jesus Cristo, cristianismo e a Bíblia têm realmente relação com Meishu-Sama, ou não? Sinto que, agora, esse questionamento está sendo feito a cada um de nós.
Como todos os senhores sabem, em 1935, Meishu-Sama fundou a Dai Nihon Kannon Kai – Associação Kannon do Grande Japão – e passou a realizar atividades religiosas.
Posteriormente, durante um período, devido às opressões e à Segunda Guerra Mundial, ele não conseguiu desenvolver atividades de forma efetiva. Mas após o fim da guerra, assim que a liberdade religiosa foi reconhecida pela constituição japonesa, Meishu-Sama passou a desenvolver a Obra Divina por meio de duas organizações religiosas: Igreja Kannon do Japão e Igreja Miroku do Japão.
Entretanto, pouco tempo depois, Meishu-Sama dissolveu a Igreja Kannon do Japão e a Igreja Miroku do Japão para, no dia 4 de fevereiro de 1950 – dia do Risshun (Início da Primavera), instituir a organização religiosa Sekai Meshiya Kyo (Igreja Mundial do Messias).
Naquela ocasião, Meishu-Sama disse que a salvação pelo budismo havia terminado, que havíamos adentrado no próximo estágio e que nisso consiste o significado da extinção do budismo. E também disse que, finalmente, Deus iria se manifestar. Mas o Deus ao qual Meishu-Sama se referiu não é a divindade comumente cultuada no xintoísmo. Meishu-Sama afirmou que o Deus da Igreja Mundial do Messias é Jeová, o mesmo Deus do cristianismo.
Nessa época, Meishu-Sama foi entrevistado pelo periódico da Igreja e o repórter o questionou sobre o significado global do nascimento da Igreja Mundial do Messias. Sobre essa pergunta, Meishu-Sama mencionou a grandeza do poder divino de Jesus Cristo de trazer a salvação a todo o mundo e que, por essa razão, a nossa nova religião deseja atuar em consonância com o cristianismo para salvar a humanidade.
“Nossa nova religião” é a Igreja Mundial do Messias que, em suma, trata-se da nossa missão, a missão incumbida aos seguidores de Meishu-Sama, não é verdade? Ou seja, Meishu-Sama disse que a nossa missão, a missão dos seus seguidores, é atuar em consonância com o cristianismo para levar a salvação para humanidade.
Além disso, ao ser questionado sobre a possibilidade de se estabelecer a Paz Mundial pela força da religião, Meishu-Sama respondeu: “Acredito em absoluto!”, e disse: “temos Cristo no Ocidente e Messias no Oriente. A atuação em consonância dessas duas grandes forças fará com que todos os membros, em prol da Paz, batalhem seriamente para que, certamente, seja estabelecida a Paz eterna”. Essas são as palavras determinantes que Meishu-Sama nos legou. São palavras ditas por Meishu-Sama no momento extremamente importante da instituição da Igreja Mundial do Messias.
Meishu-Sama desenvolveu a Obra Divina carregando consigo esse sentimento, mas, no dia 19 de abril de 1954, um ano antes da sua ascensão, ele adoeceu devido aos sintomas de um derrame cerebral.
Entretanto, através desse fato Meishu-Sama disse a todos nós que, na verdade, isso não significava a sua morte, mas sim, que ele sentiu ter nascido de novo, e que não se tratava de uma reencarnação, mas sim nascer de novo.
Todavia, o termo “nascer de novo” é, na verdade, encontrado também no Novo Testamento. O ensinamento “Concretização da profecia do Reino dos Céus”, lido no culto de hoje, começa com os dizeres: “Ao ler a Bíblia hoje…” Ou seja, isto significa que Meishu-Sama leu a Bíblia.
Eu acho que, ao ler a Bíblia, algo deve ter chamado a atenção de Meishu-Sama quando ele leu o trecho que fala sobre o “nascer de novo”.
Mais precisamente falando, o trecho em questão diz: “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). Em outras palavras, significa que qualquer pessoa pode nascer de novo, e ver o reino de Deus.
Para mim, o fato de Meishu-Sama ter dito “nascer de novo” significa que, certamente, ao ler esse versículo na Bíblia ele sentiu: “Ah! Então, quem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus… Isso é muito sério! Mas será que algum ser humano conseguiu concretizar isso? Eu acredito que ainda não”.
Após nascer de novo como o Messias, Meishu-Sama disse, ao anunciar esse fato, algumas palavras aos seus seguidores. Nessa ocasião, ele disse que o fato de ter nascido de novo como o Messias era um acontecimento histórico e que com o seu aparecimento, pela primeira vez, a humanidade seria salva.
Ou seja, como na Bíblia está escrito: “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, Meishu-Sama deve ter sentido: “Ah! Se todos os seres humanos, assim como eu, podem nascer de novo, então eles poderão ver o Reino de Deus e serão salvos! Portanto, o fato de eu ter sido o primeiro em toda a humanidade a ter nascido de novo, tornando-me um modelo, é um acontecimento histórico! Após o meu aparecimento, pela primeira vez a humanidade será salva!”.
Ao pensar a respeito desses inúmeros fatos, jamais seremos capazes de dizer que Jesus Cristo, o cristianismo e a Bíblia não têm relação nenhuma com Meishu-Sama.
Pelo contrário, ao analisar a Obra Divina de Meishu-Sama e o caminho percorrido por ele até sua ascensão, sinto que há uma única e evidente mensagem que nos foi confiada por Meishu-Sama, que é: “Todos vocês, meus seguidores, caminhem com o desejo de me ter como modelo, de despertar para a vida de Deus, de querer nascer de novo e, ao mesmo tempo, caminhem de mãos dadas com os cristãos para salvar a humanidade”. Sinto que esse direcionamento é claro.
Porém, apesar de esse ser o legado de Meishu-Sama, viemos até hoje sem aceitá-lo. Isso significa que, certamente, existia dentro de nós um conflito de sentimentos em querer considerar, a qualquer custo, que não há relação entre Meishu-Sama e Jesus Cristo.
Então, o que os senhores pensam a respeito dos seguintes fatos?
Hoje, dia 23 de dezembro, é a data do nascimento de Meishu-Sama aqui na Terra. E qual é a data em que Jesus Cristo nasceu na Terra? Foi no dia 25 de dezembro, data em que é celebrado o Natal. Uma diferença de somente dois dias, não é verdade? A data de aniversário é quase a mesma.
Será que isso é coincidência? Ou, será que isso não é coincidência?
Há quem veja isso como coincidência, não é verdade? Falam que isso aconteceu por acaso. Meishu-Sama disse que a Igreja Mundial do Messias atuará em consonância com o cristianismo, mas há quem diga que isso não tem nada a ver com essas datas ou que se trata de uma mera coincidência. Por outro lado, também há quem pense que existe alguma relação nisso tudo. Cada um de nós pode escolher qualquer uma dessas formas de pensar.
Citarei outro exemplo. Como mencionei há pouco, Meishu-Sama nasceu de novo como o Messias no ano anterior a sua ascensão, mas ele nasceu de pais biológicos no dia 23 de dezembro. Meishu-Sama renasceu com a vida de Deus no dia 19 de abril de 1954, não é verdade? Isto porque, naquele dia, Meishu-Sama recebeu de Deus os sintomas de um derrame cerebral.
No cristianismo é celebrado o Domingo da Ressurreição – conhecido como Páscoa, não é verdade? É a data em que Jesus Cristo ressuscitou na vida eterna de Deus, após ter sido crucificado e morto na Cruz. Eis o que é celebrado no dia do Domingo da Ressurreição, mas sua data varia todos os anos, pois ela é definida de acordo com a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio da primavera [equinócio do outono no hemisfério Sul]. Ao ver o calendário de 1954, o Domingo da Ressurreição foi celebrado no dia 18 de abril. Uma diferença de somente um dia entre 18 e 19 de abril.
Será que isso também aconteceu por acaso? Será que isso é coincidência?
Há uma diferença de somente dois dias entre a data de nascimento de Meishu-Sama e a de Jesus Cristo. Também só há um dia de diferença entre a data que Meishu-Sama reviveu e nasceu de novo na vida de Deus e a data da ressurreição de Jesus Cristo. Será que isso é coincidência?
Além disso, Jesus Cristo morreu, após ter derramado seu sangue na Cruz, e ressuscitou. Os sintomas que Meishu-Sama teve, concedidos por Deus, foram os de um derrame cerebral hemorrágico. Não foram os de uma isquemia cerebral. A isquemia cerebral é causada pela obstrução do sangue, enquanto o derrame cerebral hemorrágico se caracteriza pelo sangramento. Meishu-Sama teve um derrame cerebral, ou seja, ele derramou seu sangue, assim como Jesus Cristo, e, depois disso, anunciou que nasceu de novo.
Será que isso também é coincidência?
Será que as semelhanças entre os episódios com Jesus Cristo e os episódios com Meishu-Sama são coincidências?
Eu acho impossível afirmar que todas essas evidências são coincidências, visto que Meishu-Sama afirmou que iria atuar em consonância com o cristianismo, usou expressões que estão escritas na Bíblia e, acima de tudo, por também existirem inúmeros fatos inegáveis como esses.
Melhor dizendo, ao invés de dizer que não há nenhuma relação entre eles, precisamos afirmar que há uma relação íntima e inseparável entre Meishu-Sama e Jesus Cristo. Precisamos dizer que há uma grande correlação entre eles.
Pode ser que, ao ouvirmos Kyoshu-Sama explanar sobre “atuar em consonância com o cristianismo”, “Jesus Cristo”, “Bíblia”, soe para nós, como assuntos inéditos que Kyoshu-Sama começou a falar de forma repentina. Mas, na verdade, não é nada isso. Meishu-Sama de fato sempre desejou isso e, para tanto, nos deixou inúmeros indícios. Mas sinto que nós simplesmente negligenciamos isso ao longo dos anos.
Sinto que, na verdade, Meishu-Sama certamente almejava que o seu verdadeiro desejo fosse herdado, o mais rápido possível, por seus seguidores. E agora chegou a hora de ele ser herdado. É o que eu sinto.
Conforme a pessoa, existe aquela que diz: “Mas Meishu-Sama também diz outras coisas em seus ensinamentos…”. Por exemplo, Meishu-Sama disse: “vou salvar o cristianismo”. Ou seja, há quem diz: “Meishu-Sama vai salvar o cristianismo, por isso, ele é superior a Jesus Cristo. Por esse motivo, é estranho… é anormal atuar em consonância com o cristianismo”.
Mas, dessa forma, um ponto contraditório dentro dos ensinamentos não foi solucionado. Por um lado, Meishu-Sama disse “atuar em consonância com o cristianismo”, mas, por outro lado, ele disse “salvar o cristianismo”. Há, aqui, uma contradição, não é verdade?
Se falarmos para os cristãos que “nós vamos salvá-los”, não seremos capazes de atuar em consonância, de caminhar de mãos dadas com eles, não é verdade? Assim sendo, por que Meishu-Sama usou a expressão “salvar o cristianismo”?
Para mim, o verdadeiro significado de Meishu-Sama ter dito “salvar o cristianismo” consiste no fato de Jesus Cristo ter sempre desejado que a humanidade, que cada ser humano, nascesse de novo como filho de Deus, mas ninguém herdou essa mensagem e a razão pela qual Jesus Cristo viveu nesta Terra estava prestes a se extinguir. Mas se Meishu-Sama herdou essa mensagem e carrega consigo a função de transmitir o verdadeiro desejo de Deus e Jesus Cristo aos seres humanos, sinto que não há problema algum em dizer “salvar o cristianismo”. Ou seja, salvar o cristianismo é despertar os cristãos para a verdadeira salvação de Jesus Cristo, não acham?
Mas, com relação ao termo “atuar em consonância com o cristianismo”, sinto que isto jamais deva ser o mesmo que bajular os cristãos ou assumir uma atitude submissa perante a eles. Não é isso, pois somos nós quem irá liderar a salvação da humanidade.
Todos nós – todos os seres humanos – vivemos sempre cercados de sofrimentos, preocupações, ódio e agonia em nosso cotidiano, não é verdade?
Os cristãos, vivendo dentro dessa situação, esperam ansiosamente pelo Reino dos Céus, suplicam a Jesus Cristo para que haja o advento do Reino de Deus, que venha o amor, a salvação, a luz e a paz. Alegram-se caso a situação melhore, mas, caso ela venha a piorar, ficam tristes e esperam, em meio a uma constante variação de alegrias e tristezas, poder um dia entrar no Reino dos Céus.
Entretanto, somos diferentes. Nós acreditamos que o Reino dos Céus – o Paraíso, a Luz e a paz já chegaram até nós e que tudo isso existe em nosso interior.
A Luz de Deus existe dentro de nós e ilumina intensamente nossos corações. Por causa disso, surgem sombras. A sombra aparece porque há Luz. Isto ocorre porque, a Luz da salvação de Deus chegou até nós.
É por isso que nós, quando nos deparamos com essas “sombras”, jamais pensamos: “Apareceu mais uma sombra…Deus, por favor, retire-a de mim”, e sim, dizemos: “O Paraíso existe dentro de mim. A Luz existe dentro de mim. Por causa disso, Deus está me mostrando que essa sombra existe… Eu cheguei até aqui para que isso fosse salvo…Vou regressar ao Paraíso, que é o mundo da Luz!”. Isto é uma diferença enorme.
O ensinamento lido hoje fala sobre a construção do protótipo do Paraíso. Comumente, isso é associado ao Solo Sagrado, não é verdade? Mas Meishu-Sama não disse que é só o protótipo. Ele diz que o mundo inteiro, tudo nele, será Paraíso; que isso irá se expandir para o mundo inteiro. Se apenas o protótipo – ou o Solo Sagrado – for Paraíso, é impossível que isso se expanda para o mundo inteiro até que a vida acabe.
Mas, na verdade, o Paraíso existe dentro de cada um de nós e todos nós somos protótipos, modelos do Paraíso. Portanto, o aumento de pessoas que pensam dessa maneira é a forma de correspondermos verdadeiramente ao sentimento com o qual Meishu-Sama construiu os Solos Sagrados e de servirmos na obra de construção do Paraíso Terrestre, almejada por Meishu-Sama.
A obstinação pelo Solo Sagrado visível aos olhos, possivelmente, fez com que nunca chegássemos a pensar dessa maneira. Contudo, graças à alegação unilateral de que fomos expulsos do Solo Sagrado físico, conseguimos perceber o Solo Sagrado que existe em nosso interior e, agora, caminhamos carregando conosco a mensagem de que o verdadeiro desejo de Meishu-Sama é fazer com que o mundo inteiro se torne um Solo Sagrado, um Paraíso, ou seja, que o verdadeiro Solo Sagrado invisível aos olhos, existe no interior de todos os seres humanos.
Podemos dizer a todas as pessoas no mundo: “Talvez vocês estejam à espera disso há muito tempo, mas, na verdade, tudo está dentro de vocês! O Paraíso, a paz e a Luz já existem dentro de vocês! É por isso que, para que os vários sentimentos sejam salvos, eles surgem dentro de vocês”. Creio que ninguém prega sobre salvação dessa forma. E eu acho que toda a humanidade está esperando essa salvação. Inclusive os cristãos também estão esperando isso.
Por conseguinte, não sei dizer como Deus vai desenvolver o “atuar em consonância com o cristianismo”, que foi dito por Meishu-Sama. Mas ao invés de ficar esperando ansiosamente por isso, devemos cumprir a missão que foi atribuída a todos nós: construir o Paraíso – edificar o mundo de Luz.
Ao percorrermos esse caminho unidos ao sentimento de Kyoshu-Sama, sinto que, se surgirem pessoas que se simpatizam com essa nossa mensagem de salvação, isso resultará na atuação em consonância com o cristianismo.
Assim sendo, creio que o fato de Deus estar dizendo que devemos “construir o Paraíso” e “edificar o mundo de Luz” é, por si só, algo seríssimo. Por natureza, nós não demos a mínima importância para Deus. Mas, agora, estamos sendo utilizados em uma importante obra de Deus. Realmente, não há palavras para descrever isso.
Hoje é uma data especial, o dia em que celebramos o nascimento de Meishu-Sama, mas também é a época do Natal – nascimento de Jesus Cristo. Nós não conseguimos prosseguir a atual Obra Divina sem a presença de um deles, portanto, não há razão para dizer que um é superior ao outro. Ambos receberam a alma de Deus e nós também estamos nos esforçando para sermos ligados por ela.
Assim sendo, nesta época de alegria em que celebramos o nascimento de Meishu-Sama e de Jesus Cristo, desejo continuar caminhando com todos os senhores, com muita convicção, com o sentimento de arrependimento por, até então, ter me voltado contra Deus, e com alegria e gratidão por, mesmo sendo uma pessoa assim, ainda sou utilizado na obra gloriosa de Deus.
Muito obrigado.