Feliz Ano Novo a todos.

Assim como o Pres. Narii nos transmitiu agora há pouco em sua saudação, finalmente, iniciaremos nossas atividades sob o nome Sekai Meshia Kyo (Igreja Mundial do Messias) a partir do próximo mês, no Risshun (Início da Primavera).

Neste momento, o que cada um dos senhores está sentindo?

Não sei o que se passa dentro dos senhores, mas sinto um calor dentro do meu coração, como se existissem sentimentos “queimando” dentro de mim.

Há 70 anos, em 1950, Meishu-Sama fez o grandioso anúncio de que “a Igreja Mundial do Messias irá atuar em consonância com o cristianismo e desenvolverá a salvação da humanidade” e, ao mesmo tempo, com esse anúncio instituiu a Igreja Mundial do Messias.

Este fato ocorreu em 1950. Desde então, durante os 5 anos que antecederam sua ascensão, Meishu-Sama desenvolveu a Obra Divina com o nome Igreja Mundial do Messias.

Entretanto, em março de 1957, dois anos após sua ascensão, o nome Sekai Meshiya Kyo (Igreja Mundial do Messias) foi alterado para Sekai Kyusei Kyo (Igreja Messiânica Mundial). Desde então, passaram-se 63 anos.

Em apenas dois anos – só dois anos – após a ascensão de Meishu-Sama, mudamos o nome que o próprio Meishu-Sama definiu para sua Igreja!

Agora, passados 63 anos, o fato de podermos utilizar o nome Igreja Mundial do Messias significa o real ressurgimento da Igreja Mundial do Messias tão desejado por Meishu-Sama. É assim que eu penso.

Dentre os senhores, existem pessoas que possam pensar: “A Igreja Mundial do Messias, que vamos dar início no próximo Risshun, talvez seja diferente da Igreja Mundial do Messias que Meishu-Sama fundou há 70 anos”.

Mas eu não penso assim.

Há 70 anos, quando Meishu-Sama instituiu a Igreja Mundial do Messias, ele nos legou inúmeras palavras e ensinamentos a respeito do porquê ele escolheu o nome Sekai Meshiya Kyo. Em um deles, Meishu-Sama explica a respeito dos dois ideogramas chineses que compõem a palavra kyusei [kyu significa “salvar” e sei significa “mundo”].

O motivo de eu estar falando a esse respeito é porque no nome da nossa Igreja, em japonês, o nome Messias está como Meshia e não Meshiya. Meishu-Sama, quando instituiu a Igreja Mundial do Messias, há 70 anos, utilizou cinco ideogramas chineses para compor o nome da Igreja. Entretanto, Meishu-Sama deixou claro que os dois ideogramas que compõem a palavra kyusei não eram para ser lidos dessa forma, indicando sua leitura por meio de três caracteres do silabário japonês katakana que representam o som me-shi-ya. Por isso, Meishu-Sama deu à sua religião o nome: Sekai Meshiya Kyo.

Dessa forma, dependendo da pessoa, pode surgir o seguinte pensamento: “O nome é diferente, não é? Se os nomes são diferentes, então a Igreja fundada por Meishu-Sama e a que pretendemos desenvolver de agora em diante, são diferentes”.

Porém, como mencionei há pouco, Meishu-Sama deixou inúmeras palavras a respeito dessa nomenclatura quando instituiu a Igreja Mundial do Messias.

Em uma delas, Meishu-Sama explica que, se deixar os dois ideogramas chineses com a leitura kyusei, o nome da Igreja ficaria Sekai Kyusei Kyo – o atual nome da nossa Igreja – e que isso é “oriental e nada interessante”.

E, também, ele disse que se ficasse Sekai Kyusei Kyo a salvação ficaria limitada ao Oriente. Ou seja, esse nome não era nada adequado para a obra de salvação da humanidade. Meishu-Sama disse isso. Foi por esse motivo que ele aplicou a leitura Meshiya aos ideogramas chineses da palavra kyusei.

Ou seja, o nome Sekai Kyusei Kyo, que viemos usando por 63 anos e ainda continuamos usando com a maior naturalidade, tem a leitura kyusei que, para Meishu-Sama, é uma nomenclatura “oriental e nada interessante”, e não estava adequada à salvação da humanidade.

Sinto que acabamos cometendo algo realmente terrível para com Meishu-Sama.

Frequentemente falamos: “Ensinamentos de Meishu-Sama; os ensinamentos…”. Também dizemos: “Isto está nos ensinamentos” ou “Não consta nos ensinamentos”. Mas estamos falando de um tema a ser debatido antes de se falar sobre ensinamentos, pois trata-se de uma questão referente à identidade da própria Igreja.

Para Meishu-Sama, o nome Igreja Mundial do Messias representa uma importante identidade de sua religião. Nós, arbitrariamente, a alteramos e viemos assim por 63 anos.
Existe também a diferença na forma de escrever Meshiya e Meshia, não é verdade? Talvez existam pessoas que pensem: “Nós usaremos Meshia,mas Meishu-Sama usou Meshiya, com “ya”, no final. Será que não vai ficar diferente?”.

Entretanto, isso não faz nenhum sentido. Em primeiro lugar, na época de Meishu-Sama, não existia a grafia Meshia, com “a”.

Possivelmente existem pessoas que tenham conhecimento sobre isso, mas, na época de Meishu-Sama, por exemplo, Itariya (Itália), Ajiya (Ásia) e outras palavras desse gênero eram grafados com “ya” no final. Porém, em 1991 o governo japonês mudou a regra da escrita japonesa para esses termos e todos passaram a ser grafados com “a”, no lugar de “ya”. É por isso que, hoje, não se escreve mais Itariya; escreve-se Itaria, e não se escreve mais Ajiya; escreve-se Ajia.

Da mesma forma, Meshiya agora tem a grafia Meshia e, por esse motivo, quando procuramos nos dicionários atuais de língua japonesa não encontramos mais o termo Meshiya: só encontramos o termo Meshia. Meishu-Sama utilizou a grafia Meshiya porque respeitou as regras gerais da época. Portanto, se ele estivesse aqui agora, naturalmente obedeceria às regras gerais da atualidade e usaria a grafia Meshia.

Ainda, há quem possa dizer: “Meishu-Sama usou dois ideogramas chineses no nome da Igreja para indicar que eles deveriam ser lidos como “Meshiya” (世界救世(メシヤ)教, na escrita japonesa). Mas no nome Sekai Meshia Kyo (世界メシア教, na escrita japonesa) que vamos usar, serão utilizados três caracteres do silabário japonês katakana que representam o som Meshia, portanto, não vai ficar diferente do nome dado por Meishu-Sama?”.

Evidentemente, na época em que instituiu a Igreja Mundial do Messias, Meishu-Sama disse que os ideogramas chineses da palavra kyusei representavam o Oriente e a eles aplicou a leitura Meshiya, que representa o Ocidente, dizendo que, com isso, estaria cruzando o Oriente com o Ocidente.

Porém, por volta de outubro de 1950, menos de um ano após ter instituído sua Igreja, Meishu-Sama passou também a se referir a ela em seus ensinamentos usando a palavra Meshiya somente com a escrita japonesa katakana: “A Meshiya Kyo” e “A nossa Meshiya Kyo” (メシヤ教, na escrita japonesa). No culto de hoje, foi entoado o seguinte salmo composto por Meishu-Sama: “O mundo chegou a um beco sem saída / Sem possibilidade de progresso. / Que lástima! / O que seria do futuro da humanidade / Se não surgisse a Meshiya Kyo (Igreja do Messias)!”.

Estas são as próprias palavras de Meishu-Sama, as quais ele expressou por meio de um salmo. Neste salmo está escrito Meshiya Kyo com a escrita japonesa katakana e não em ideogramas chineses.

Por conseguinte, é evidente que, na época da instituição da Igreja, Meishu-Sama tinha plena consciência, tanto do uso dos ideogramas chineses, como do silabário katakana. Mas sinto que Meishu-Sama ansiava com veemência “eu quero, acima de tudo, propagar o termo Messias” e “quero usar a sonoridade da palavra Messias”. É por isso que, menos de um ano após a instituição da Igreja, Meishu-Sama passou a utilizar o termo Meshiya na escrita japonesa, em seus ensinamentos, ao invés de usar ideogramas chineses.

Portanto, eu acredito que Kyoshu-Sama, recebendo a vontade de Meishu-Sama, sentiu que deveria utilizar o termo Meshia, no formato da escrita japonesa katakana, dentro do nome Sekai Meshia Kyo que usaremos daqui para frente, como sendo o nome mais adequado para que Meishu-Sama possa, no momento presente, desenvolver suas atividades religiosas e, por esse motivo, nos outorgou esse nome. Isso terá início a partir do próximo Risshun. Eis o que eu sinto e penso.

Há 70 anos, quando a Igreja Mundial do Messias foi instituída, celebrou-se o primeiro Risshun. Naquela ocasião, Meishu-Sama anunciou alguns salmos. O primeiro deles dizia o seguinte: “Que alegria! / Este ano, / Hoje, / Neste Risshun em que a primavera começa, / Eu fundei a Igreja Messias [Igreja Mundial do Messias]!”.

Aqui diz “Igreja Messias”, não é verdade? Possivelmente, o objetivo era ter usado o nome Igreja Mundial do Messias, mas, no primeiro salmo anunciado na ocasião da instituição da Igreja Mundial do Messias, Meishu-Sama utilizou o termo “Igreja Messias”.

Atualmente, todas as unidades religiosas passaram a se chamar “igreja”, mas essa palavra, obviamente, possui características Cristãs.

Esse termo “igreja” foi utilizado por Meishu-Sama 70 anos atrás, no primeiro salmo entoado por ocasião da instituição da Igreja Mundial do Messias. Os membros da Igreja Mundial do Messias, no primeiro salmo entoado naquele dia, entoaram: “eu fundei a Igreja Messias”. Eis a expressão que foi utilizada por Meishu-Sama.

Meishu-Sama disse que a Igreja Mundial do Messias irá atuar em consonância com o cristianismo, e ele mesmo, ao compor o salmo para celebrar a instituição da Igreja Mundial do Messias, escolheu o termo “Igreja Messias”, que possui justamente um tom bem Cristão, e fez com que os membros entoassem esse salmo.

Não sei ao certo se Meishu-Sama estava presente no momento em que os salmos foram entoados, pois normalmente não participava da parte litúrgica do culto, mas ele fez com que os membros entoassem esse salmo. Sinto que nós precisamos aceitar profundamente esse sentimento de Meishu-Sama.

No entanto, como iremos desenvolver nossas atividades sob o nome Igreja Mundial do Messias, a partir do próximo Início da Primavera, sinto que precisamos refletir se somos existências que merecem utilizar o mesmo nome que foi utilizado por Meishu-Sama.

Qual será o motivo que nos permitiu utilizar o nome Igreja Mundial do Messias? Será que foi graças à nossa postura de voltar nosso coração diretamente para Meishu-Sama ou graças à postura de servi-lo? Ou ainda porque tínhamos alguma virtude em especial ou porque Meishu-Sama reconheceu alguma coisa dentro de nós? Ou, não é nada disso? Será que somos existências que merecem isso? Ou, será que não temos esse merecimento?

Na verdade, sinto que nós não somos existências merecedoras de herdar o nome que foi dado por Meishu-Sama.

Afinal, durante 63 anos nós ignoramos o nome que Meishu-Sama deu à sua religião; deixamos esse nome de lado e usamos o nome Sekai Kyusei Kyo, o qual Meishu-Sama chegou a dizer que era um nome “oriental e nada interessante” para ele. Foi o próprio Meishu-Sama quem disse: “oriental e nada interessante”! Mesmo assim, nós usávamos esse nome com a maior naturalidade.

Além disso, no ano que antecedeu a sua ascensão, Meishu-Sama sofreu sintomas de um derrame cerebral hemorrágico e, em meio ao sofrimento causado por esses sintomas, nos transmitiu a mensagem sobre “nascer de novo”, por considerá-la importante, e, ao mesmo tempo, deixou-nos palavras como “o Johrei não é mais tão importante” e “de hoje em diante, será a era do sonen”. Será que, até hoje, nós pensamos seriamente sobre o sentimento que Meishu-Sama impregnou nestas palavras a respeito do Johrei?

Ao invés disso, será que não viemos até hoje, desenvolvendo uma Obra Divina que correspondia apenas aos nossos desejos?

Além disso, após a ascensão de Meishu-Sama, a Igreja Messiânica Mundial determinou que quem herda a sagrada obra do fundador é Kyoshu-Sama e que ele é a existência central da nossa organização religiosa. Um determinado grupo de pessoas está perseguindo e espionando Kyoshu-Sama, está tentando expulsá-lo, mas, na verdade, essa atitude é reflexo da nossa própria postura.

Apesar de Kyoshu-Sama ser o centro da Igreja, obviamente, Kyoshu-Sama não é Deus. Ele não é Deus, mas sinto que nossa postura para com a existência central da nossa organização religiosa, representa a nossa postura para com a existência central que existe dentro de nós – que é Deus, não é? Ou seja, essa é nossa postura para com Deus.

Dessa maneira, realmente nós também viemos agindo contra Deus, contra Meishu-Sama e contra Kyoshu-Sama. Entretanto, mesmo nós agindo assim, Deus, para avançar Sua verdadeira salvação, está nos unindo de forma unilateral ao nome Messias, nos perdoando e está querendo nos utilizar na Sua obra que vai desenvolver daqui para frente. Unilateralmente, viu!

Entretanto, a respeito da nova instituição da Igreja Mundial do Messias, fica a critério de cada um dos senhores aceitar ou não o que eu disse agora sobre termos ou não esse merecimento.

Exemplificando, sendo cada um de nós um filho, possuímos um “pai”, não é verdade? Façamos de conta que somos um filho que sempre rejeitou o que o pai lhe disse. Porém, um pai diz ao seu filho: “Filho, eu já te perdoei. Você não quer voltar para casa e morar comigo?”. Como filho, podemos escutar isso, e dizer: “Mas pai, eu não rejeitei o senhor tanto assim… por isso, não voltarei para casa e continuarei, como fiz até hoje, agindo conforme a minha vontade” e continuar caminhando sem rumo.

Ou, podemos dizer: “O senhor diz isso, mas eu não estou contra o senhor. Por isso, regressarei normalmente ao seu lar e utilizarei, como fiz até hoje, o que lhe pertence – ou seja, o amor de Deus, Seu poder e Sua Luz”.

Mas, na verdade, Deus está nos dizendo: “Até hoje, você foi contra mim, não foi? Mas como eu o perdoei, você não quer regressar ao meu lar e morar comigo?”. E, ao escutarmos isso, deveríamos dizer: “O Senhor me perdoou… perdoou uma pessoa como eu e me uniu ao nome Messias. Eu quero conviver com o Senhor, Deus, que é o meu verdadeiro Pai. A partir de agora, quero ser utilizado na Vossa obra”. Se nós conseguirmos pensar dessa maneira e propagar nosso sentimento às pessoas ao nosso redor, sinto que isso fará com que o verdadeiro amor de Deus se propague, e seja transmitido àqueles que nos rodeiam.

Desenvolver doravante nossas atividades como Igreja Mundial do Messias é, em outras palavras, reunirmo-nos sob o nome Messias e avançarmos sob o amor de Deus. Portanto, esta é uma missão importantíssima!

Até hoje, nós agimos contra Deus, contra Meishu-Sama e contra Kyoshu-Sama. Mas, apesar disso, Deus nos perdoou. Deus nos perdoou de forma unilateral. Portanto, sentindo o arrependimento de todo coração, vamos ser utilizados nas atividades como Igreja Mundial do Messias. Sinto que isso não deva ficar gravado em nosso coração somente neste momento, mas sim, por toda a eternidade, já que, daqui para frente, vamos avançar como Igreja Mundial do Messias.

Assim sendo, isso certamente será uma alegria para Deus. E, se a alegria de Deus se expandir pelo mundo inteiro através de nós, a Igreja Mundial do Messias, definitivamente, tornar-se-á uma magnífica organização religiosa.

Com grande esperança de que isso se concretize, desejo, de agora em diante, caminhar junto aos senhores e, espero estarmos todos juntos no mês que vem, no dia do Início da Primavera, compartilhando desse mesmo sentimento.

Muito obrigado.

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