Versão em PDF: O futuro prometido_Masaaki-Sama
Bom dia a todos!
Nesses últimos anos, a Igreja teve grandes mudanças, não é? São grandes mudanças que, à primeira vista, parecem uma situação caótica que se estendeu por alguns anos.
Através disso tudo, Meishu-Sama quer nos transmitir algo, e não há margem de erro nisso. O que ele deseja que percebamos? Qual é o questionamento que ele faz a cada um de nós?
No início, achamos que isso aconteceu porque acabamos nos esquecendo do sentimento com o qual Meishu-Sama instituiu a Igreja Mundial do Messias. Apesar desse nome ter sido concedido por Meishu-Sama, dois anos após a sua ascensão – em apenas dois anos – esse nome foi alterado para Sekai Kyusei Kyo (Igreja Messiânica Mundial), e assim caminhamos desde então. É isso o que Meishu-Sama tentou nos transmitir e, como todos sabem, a Igreja Mundial do Messias ressuscitou no dia 4 de fevereiro deste ano, e nós conseguimos contribuir para que isso acontecesse.
Obviamente, isto é algo que Meishu-Sama certamente desejava de nós. Depois disso, a Obra Divina foi avançando, não é? Aconteceram muitas mudanças após a ressurreição da Igreja Mundial do Messias e eu vim pensando e refletindo sobre isso. Certamente existe a questão referente ao sentimento de Meishu-Sama relativo à instituição da Igreja Mundial do Messias, mas há um outro ponto que Meishu-Sama deseja que percebamos, um questionamento que ele faz a cada um de nós. É isto o que passei a sentir recentemente.
Isto é a respeito de Jesus Cristo. O que Jesus Cristo representa para todos nós? Será que aceitamos a crença em Jesus Cristo? Acreditamos e aceitamos que Jesus Cristo foi e está sendo utilizado por Deus? Meishu-Sama está nos perguntando o seguinte: “Vocês acreditam e aceitam que Jesus é uma existência que está sendo utilizada por Deus?”. Sinto que ele tem feito esse questionamento a todos nós.
Como é do conhecimento de todos, Kyoshu-Sama foi espionado por um grupo de pessoas: a MOA Toho no Hikari. E o que eles obtiveram com isso? Não descobriram nada demais, apenas que Kyoshu-Sama se encontrava com um amigo que é cristão e que ele estava estudando acerca do cristianismo. E não foi só isso. Para Kyoshu-Sama, o cristianismo é imprescindível para buscar o sentimento de Meishu-Sama e suas Sagradas Palavras. Ficou claro que Kyoshu-Sama sente isso.
Essas pessoas argumentaram que o fato de se encontrar com um amigo cristão e aprender sobre o cristianismo é um grande problema, e que Kyoshu-Sama está afastado do sentimento de Meishu-Sama. Com isso, passaram a criticar Kyoshu-Sama e, de forma unilateral, alegam que expulsaram, excluíram Kyoshu-Sama da Igreja.
Mas o que teria acontecido se Kyoshu-Sama estivesse se encontrando com pessoas ligadas ao Johrei científico e à medicina alternativa, que a MOA Toho no Hikari promove? E se ele frequentasse encontros realizados por essas pessoas, e pensasse que isto vem a ser imprescindível para buscar o sentimento de Meishu-Sama, o que teria acontecido?
Certamente, aqueles que o criticam diriam: “Mas por que o senhor não disse isso antes? Isso é maravilhoso”, “Realmente Meishu-Sama está vivo e atuando através de Kyoshu-Sama. Kyoshu-Sama está de acordo com sentimento de Meishu-Sama. Kyoshu-Sama é maravilhoso”. Certamente é dessa maneira que eles dariam total aprovação.
Mas, por se tratar de existências como o cristianismo, a Bíblia e Jesus Cristo, Kyoshu-Sama foi criticado. Foi isso o que aconteceu, não é?
E nós ficamos sabendo dessas críticas através da propaganda feita por essas pessoas. Uma vez sabendo disso, cada um deve ter pensado: “E o que eu devo fazer? Vou seguir o caminho traçado por Meishu-Sama, que Kyoshu-Sama tem nos orientado, ou vou continuar percorrendo o caminho trilhado por nós até hoje?” Tínhamos que tomar uma decisão.
Como ficamos sabendo que Kyoshu-Sama estava se encontrando com um cristão e estudando acerca do cristianismo, cada um de nós teve que fazer sua própria escolha. Evidentemente, o que Meishu-Sama estava nos questionando era o seguinte: “O que vocês farão a respeito de Jesus Cristo e do cristianismo?”. Sinto que é isso o que Meishu-Sama estava nos questionando.
Outro ponto que tenho sentido é que, devido ao momento atual, com a internet e outras mídias, não é possível conter essas informações somente dentro da Igreja. Através do YouTube e inúmeras outras mídias sociais que existem na internet, as inúmeras conturbações que aconteceram na Igreja chegaram à sociedade. Não só nós, que temos ligação com a Sekai Kyusei Kyo, mas muitas pessoas que acreditam em Meishu-Sama e professam a fé voltada a ele, tanto no Japão quanto no mundo inteiro, ficaram cientes disso através da internet. E ficaram sabendo que assuntos sobre o cristianismo viraram problemas, e que estava acontecendo isso e aquilo.
Ao pensar a esse respeito, eu sinto que Meishu-Sama estava indagando a todos: “Existem o cristianismo e Jesus Cristo. Como vocês aceitam isso?” Sinto que isso não foi somente para nós, membros da Igreja, mas foi também para todos os que acreditam nele, independentemente da dissidência ou organização a qual estejam afiliados. Ou seja, ele estava perguntando a todos os seus seguidores: “Vocês acreditam que Jesus está na base da minha obra? Vocês acreditam na atuação em consonância com o cristianismo?” E acredito que Meishu-Sama está observando as reações no coração de todos os membros.
Kyoshu-Sama foi criticado e alegaram que o cristianismo, Jesus Cristo e tudo relacionado a eles não fazem parte do sentimento de Meishu-Sama. Mas será que isso é verdade? Não, não é. Muito pelo contrário. O que Meishu-Sama disse sobre isso? Como eu já citei várias vezes, em 1950, quando a Igreja Mundial do Messias foi instituída, o periódico da Igreja entrevistou Meishu-Sama e perguntou: “Qual é o significado global do nascimento da Igreja Mundial do Messias?” E Meishu-Sama enfatizou a grandeza e o poder divino de Jesus Cristo, afirmou que o ensinamento de Jesus é muito próximo do dele e disse que ele deseja que a sua Igreja Mundial do Messias atue em consonância com o cristianismo para cumprir, de corpo e alma, a divina missão de salvar a humanidade. Para salvar toda a humanidade, é preciso atuar em consonância com o cristianismo. E quem vai cumprir isso, de corpo e alma, é o próprio Meishu-Sama e nós da Igreja Mundial do Messias. Foi isso que ele afirmou.
Meishu-Sama também compôs o seguinte salmo:
“Saibam, senhoras e senhores, / O que estou tentando lhes transmitir é o seguinte: / O evangelho do paraíso proclamado por Jesus Cristo!”
Nele, Meishu-Sama afirma claramente que o evangelho do paraíso proclamado por Jesus Cristo é o mesmo proclamado por ele. Será que, até hoje, acerca do que Meishu-Sama disse sobre a construção do Paraíso Terrestre ou construção do Reino dos Céus, chegamos a pensar que se tratava do mesmo Reino dos Céus proclamado por Jesus Cristo? Será que não pensávamos simplesmente que construiríamos o Paraíso proclamado por Meishu-Sama?
Há outro salmo:
“Jesus pregou sobre Deus, o Pai. / Eu prego sobre o Senhor Deus. / Saibam o seguinte, meus fiéis: / Jesus e eu pregamos sobre o mesmo Deus!”
Meishu-Sama disse que Jesus chamou Deus de Pai Celestial, e ele O chamava de Senhor Deus. Mas ambos são o mesmo Deus. Meishu-Sama enfatizou: “Saibam disso!”. Ele está dizendo: “Membros, saibam disso!”. Ao dizer “saibam o seguinte, meus fiéis”, Meishu-Sama está dizendo que nós não pensamos dessa maneira. A mensagem de Meishu-Sama nesse salmo é a seguinte: “Olhem, eu penso dessa maneira. Para mim, o Senhor Deus e o Pai Celestial são o mesmo Deus. Já que eu penso assim, quero que vocês, membros, também pensem da mesma maneira”.
Até hoje, quando oramos a Deus, quantas vezes nós pensamos tratar-se do Pai, o verdadeiro Pai? Dizemos ser o Deus de Meishu-Sama, mas será que pensamos tratar-se do mesmo Pai Celestial, o mesmo Deus Pai, a quem Jesus se referia? Será que pensamos que o nosso verdadeiro Pai é o alvo da nossa fé?
Além disso, nas Sagradas Palavras intituladas Concretização da profecia do Reino dos Céus, Meishu-Sama afirma que nós construiremos o Paraíso e através dessa obra maravilhosa comprovaremos a veracidade da profecia de Jesus Cristo. Ele também afirma que não tem intenção de se vangloriar com isso; que Deus – Jeová – está utilizando tanto Jesus quanto ele – Meishu-Sama – para manifestar a Sua vontade; e que o avanço da obra realizada pela Igreja Mundial do Messias é a verdadeira concretização da profecia de Jesus Cristo. Meishu-Sama também afirma nestas Sagradas Palavras que Deus confiou à Igreja do Messias a missão de concretizar o que foi profetizado por Jesus Cristo.
Ao analisar essas Sagradas Palavras, sinto que se trata de algo que transcende completamente o âmbito da crença ou da aceitação de Jesus, pois Meishu-Sama reconheceu que ele – Jesus – é a própria base da sua sagrada obra, e que somos nós da Igreja Mundial do Messias quem vai concretizar o que foi profetizado por Jesus Cristo.
Também temos o coro Aleluia, de Handel, que nós temos cantado nos cultos. Nós o cantamos no último Culto do Natalício de Meishu-Sama, não é?
Meishu-Sama disse que a música do coro Aleluia, de Handel, é magnífica. E não é só o trecho do coro Aleluia. Meishu-Sama disse que toda a música do oratório Messias é maravilhosa, que Deus preparou essa música para a Igreja Mundial do Messias e que, portanto, queria que os membros a cantassem.
E Meishu-Sama não disse que a melodia era boa; ele afirmou que a letra era magnífica. Meishu-Sama afirmou que a letra do oratório Messias, de Handel, é maravilhosa.
Sabiam que a letra do oratório Messias, de Handel, é composta por passagens da Bíblia? Toda a letra do oratório Messias são passagens da Bíblia. Meishu-Sama queria fazer com que os membros cantassem esse oratório. Não é comum vermos alguém que deseja fazer isso, não é? Ou seja, Meishu-Sama, como fundador de uma religião, elogiou um oratório sacro, composto por trechos da Bíblia e que louva Jesus, e desejou que nós o cantássemos.
O tempo total do oratório Messias é de duas a três horas. A sua letra começa com o nascimento de Jesus, depois vem o coro Aleluia e o seu final, a sua conclusão, consiste na morte do Cordeiro. Esse cordeiro que foi morto é uma referência a Jesus Cristo. E ali diz que o Cordeiro foi morto e pelo seu sangue nós fomos redimidos perante Deus – acredito que essa é uma referência à expiação dos nossos pecados. E, o Cordeiro que foi morto é o ser digno de receber a bênção, a autoridade e a glória de Deus. A letra do oratório Messias termina desejando que haja a glória e a autoridade em Deus e nesse cordeiro por todo o sempre.
Meishu-Sama disse que a letra desse oratório é magnífica e queria que nós, membros, o cantássemos.
Além disso, no final do oratório temos o coro Amém, como que querendo “competir” com o coro Aleluia. E é com esse grandioso coro Amém que termina a obra.
Trata-se de um coro de alguns minutos onde a palavra Amém é cantada dezenas de vezes, e a obra termina com esse grandioso coro. Amém é um termo cristão que significa “assim seja” e, portanto, a letra num todo consiste em louvar Jesus Cristo e termina o oratório Messias com os dizeres Amém, expressando o assim seja.
Foi a letra desse oratório que Meishu-Sama elogiou e demonstrou o desejo de que nós o cantássemos!
A palavra Amém é entoada no final das orações cristãs, inclusive na Oração do Senhor, e tem o sentido de “assim seja”. Caso nós sintamos que essa palavra Amém esteja fora do sentimento de Meishu-Sama, e aflore em nós o sentimento de rejeição em pronunciá-la, como conseguiremos cantar o oratório Messias, de Handel, que Meishu-Sama tanto queria que cantássemos? Só o fato de pensar dessa maneira já é, por si só, uma discrepância com o sentimento de Meishu-Sama, não é? No final do oratório são muitos e muitos Amém. Eu acredito que se Meishu-Sama estivesse aqui agora entre nós, certamente ele estaria fazendo com que cantássemos esse oratório, dizendo muitos Amém.
Isto porque, no Templo Messias, que foi edificado por Meishu-Sama naquela época, havia um fosso de orquestra preparado especialmente para execução do oratório Messias. Até isso ele pediu para ser construído. Esse fosso deixou de existir depois de o templo ser reformado e passar a ser chamado de Templo Messiânico.
Mas, quando construiu o Templo Messias, Meishu-Sama deixou claro que cantaríamos o oratório Messias, que ele seria executado nos cultos e, portanto, certamente estaríamos cantando ele até hoje. Se isso tivesse acontecido, mesmo sabendo que Kyoshu-Sama pensa que o cristianismo é importante, definitivamente não ficaríamos assustados com isso. Atuar em consonância com o cristianismo já seria uma coisa óbvia. Ter Jesus como nosso fundamento também seria uma coisa óbvia. Acho que tudo isso seria normal dentro da nossa Igreja.
Pensando dessa maneira, realmente ficamos perdidos por muitos anos, mas Kyoshu-Sama nos fez relembrar qual é o sentimento de Meishu-Sama.
No entanto, deve ser difícil para um fundador de religião comum incentivar os membros a cantar o oratório Messias. Mas Meishu-Sama incentivou seus membros a cantar um oratório cuja letra louva a Jesus, diz muitos Améns e ainda ele elogiou essa letra. Geralmente é difícil um fundador de religião fazer isso.
Mas, principalmente após a ascensão de Meishu-Sama, passamos a ter uma certa resistência em relação ao oratório Messias, não é? Tínhamos vontade de pensar que Meishu-Sama é superior e achávamos que a aceitação da letra do oratório Messias era o mesmo que colocar Meishu-Sama e Jesus no mesmo nível.
Então, por que Meishu-Sama conseguiu dizer aos membros que queria que eles cantassem o oratório Messias, que louva Jesus? Acredito eu que Meishu-Sama considerava a sua própria existência e a de Jesus Cristo como uma só existência, uma só atuação.
Jesus Cristo e Meishu-Sama são dois, mas ao mesmo tempo são um só. A Igreja Cristã e a Igreja Mundial do Messias são duas, mas ao mesmo tempo uma só. Acho que essa era a sua sensação.
Eu sempre cito que Meishu-Sama, quando instituiu a Igreja Mundial do Messias, foi entrevistado pelo periódico da Igreja e, ao ser questionado: “É possível estabelecer a Paz Mundial pela força da religião?”, ele respondeu: “Acredito em absoluto! […] temos Cristo no Ocidente e Messias no Oriente. A atuação em consonância dessas duas grandes forças fará com que todos os membros, em prol da Paz, batalhem seriamente para que, certamente, seja estabelecida a Paz eterna”.
Meishu-Sama citou que a Igreja Mundial do Messias e o cristianismo – o Oriente e o Ocidente – atuarão em consonância, e disse: todos os membros. Resumindo, Meishu-Sama reconhecia que tanto os membros da Igreja Mundial do Messias quanto os cristãos são igualmente membros e que todos estão sob o mesmo Deus. É por isso que ele foi capaz de dizer essas palavras.
Na mesma época, Meishu-Sama também foi questionado sobre a definição de Messias. Nessa ocasião, ele disse que ainda não havia uma definição sobre o termo Messias, que isso veio ficando pouco a pouco mais claro com a chegada do século XX, e que finalmente chegou a época em que Deus revelará seu verdadeiro poder. Disse também, que estava certo de que, no Ocidente, o Cristo demonstrará o seu verdadeiro potencial e, no Oriente, o Messias sem dúvida alguma fará o mesmo. Além disso, ele afirma que isso não pode ser entendido através dos conceitos religiosos que tivemos até hoje.
E o que vem a ser o conceito religioso que tivemos até hoje sobre o termo Messias? Em linhas gerais, é considerar que só existe um único Messias, não é? Por exemplo, considerar que o Messias é só Jesus, ou é só Meishu-Sama.
Mas Meishu-Sama disse que, dali em diante, o poder de Deus se manifestaria, que o Cristo demonstrará seu verdadeiro potencial, e que o Messias também vai mostrar sua força. Assim sendo, Cristo e Messias, apesar da diferença no nome ou no som espiritual dessas palavras, para Deus, Ele os vê como sendo um só, desenvolvendo Sua sagrada obra. Se Meishu-Sama não pensasse dessa forma, o normal seria ele não querer que os membros cantassem a letra do oratório Messias, que mencionei há pouco.
Portanto, como Meishu-Sama afirma que isso não pode ser entendido através dos conceitos religiosos que tivemos até hoje, o que estou dizendo agora é natural parecer algo sem sentido para todos nós.
O que significa Messias e o que significa Cristo? O que significa a consonância do Oriente com o Ocidente? O que significa a letra do oratório Messias, de Handel? Achamos que isso é difícil ou que difere dos conceitos de Meishu-Sama que nos foram passados até hoje.
Entretanto, todas as Sagradas Palavras que mencionei há pouco mostram claramente o quanto Meishu-Sama aceitava Jesus Cristo, e não só isso: ele considerava Jesus como a base da sua obra.
Contudo, não pensamos profundamente a respeito disso até hoje, não é? Assim sendo, se acreditamos que Meishu-Sama está, agora, perguntando para cada um de nós: “Você aceita ou não Jesus Cristo?”, cada um de nós precisa dar sua resposta a Meishu-Sama dizendo: “Sim, eu acredito e aceito Jesus Cristo. Eu aceito a palavra Aleluia. Também acredito e aceito a palavra Amém. E eu também acredito e aceito Jeová, o Pai Celestial”.
Até hoje, considerávamos que essas palavras não tinham relação com Meishu-Sama e talvez isso acontecia porque achávamos que não tinham nada a ver conosco. Mas, como Meishu-Sama já pegou tudo isso em suas mãos como sendo algo uno a si próprio, certamente temos que transmitir para ele a nossa determinação.
Além disso, nos salmos que entoamos hoje, Meishu-Sama afirma que, sem a expiação do deus Tokotati, certamente o Céu e a Terra serão extintos. Também temos a última parte do oratório Messias, que fala da expiação através do sangue do Cordeiro que foi morto.
É dessa maneira que Meishu-Sama também aceitou esse sangue expiatório. Afinal, ele queria que os membros cantassem a letra desse oratório. Seria impossível Meishu-Sama desejar que os membros cantassem uma letra que ele próprio achasse estranho, não é mesmo? Por isso, também devemos pensar: “Eu aceito o sangue expiatório”.
E, assim como vimos nas Sagradas Palavras lidas hoje, temos a Bíblia, não é? Quanto à Bíblia, Meishu-Sama afirma que se trata da literatura religiosa mais poderosa para o arrependimento dos pecados, e que ela deveria ser colocada nas celas dos presídios.
Como fundador de uma religião, o normal seria ele incentivar que fossem colocados livros escritos por ele, como o Evangelho do Paraíso, Coletânea sobre a Fé ou Medicina do Amanhã. No entanto, Meishu-Sama afirma que a Bíblia é o livro que tem mais poder para a pessoa se arrepender dos pecados. E queria que ela fosse colocada nas penitenciárias. Ele até sentia inveja de ver a Bíblia presente em todos os lares americanos. Meishu-Sama também falou sobre o momento da posse do presidente americano – no momento do juramento o presidente colocou sua mão sobre a Bíblia – e Meishu-Sama disse que se sentiu profundamente emocionado e não encontrou palavras para descrever o que sentiu. Meishu-Sama não negava a Bíblia. Ele não a negou. Pelo contrário, aceitava-a como algo importante que está ligado a Deus.
Assim sendo, é importante pensarmos da seguinte maneira: eu aceito Jesus Cristo; aceito também a palavra Amém; aceito a palavra Aleluia; aceito Jeová; e aceito também a Bíblia. Por quê? Porque nós não pensamos assim durante muitos anos.
O mesmo acontece com o sangue expiatório. Como fomos expiados por Deus pelo sangue do Cordeiro, temos que dizer: “Eu aceito o sangue expiatório”. Acredito que, ao respondermos assim a Meishu-Sama, em relação a tudo o que aconteceu na Igreja nos últimos anos, que à primeira vista pareceu ser algo espantoso, Meishu-Sama nos dirá: “Que bom que vocês entenderam”. Nós carregamos muitas preocupações e até mesmo sofrimentos físicos, mas se conseguirmos fazer esse pronunciamento para Meishu-Sama, se conseguirmos fazer com que ele se alegre, acho que seremos preenchidos por essa alegria e talvez todas as preocupações que temos agora sejam realmente solucionadas.
Assim sendo, mesmo achando que foram enganados – achando que estão sendo enganados por mim – o importante é aceitar. Aceitar o sangue expiatório; aceitar Jesus Cristo; aceitar a Bíblia; aceitar Jeová. Eu mesmo vim sentindo isso recentemente, à medida que este culto se aproximava. Por isso, quero pensar dessa maneira com todos os senhores, e sinto o quão magnífico seria ver Meishu-Sama realmente feliz.
Meishu-Sama fundou a nossa religião em 1935, não é? Ele a fundou no ano de 1935 com o nome Associação Kannon do Grande Japão, mas, naquela época, devido à relação que tinha com a religião Oomoto, sofreu perseguições e não pôde fazer praticamente nada até o fim da Segunda Guerra Mundial. E, com o estabelecimento da liberdade religiosa, finalmente Meishu-Sama conseguiu realizar suas atividades como religião. Primeiramente, como Igreja Kannon do Japão, em 1947, não é? E, no ano seguinte, foi instituída a Igreja Miroku do Japão. Mas, isso não durou mais que um ou dois anos. Meishu-Sama retirou Kannon e Miroku da sua identidade religiosa, passando a atuar com uma nova identidade: Igreja Mundial do Messias.
Acerca disso, acredito que os membros daquela época ficaram surpresos. Isto porque, eles devem ter pensado que, até então, o alvo da sua fé era Kannon e Miroku, que são divindades budistas, mas, de uma hora para outra, o alvo da fé passou a ser Messias que, em suma, tem características cristãs, e a Igreja, que até então era do Japão, passou a ser Mundial. Passou a ser chamada de Igreja Mundial do Messias e eu acho que os membros daquela época devem ter ficado realmente surpresos, quando Meishu-Sama fez esse pronunciamento.
Hoje, vemos isso como um fato do passado, e até sentimos tratar-se de uma transição natural, mas os membros daquela época viveram isso intensamente. Podemos achar que ocorreram várias mudanças nos últimos dois anos, mas isso não se compara com que os membros viveram naquela época.
Logo após o estabelecimento da liberdade religiosa, surgiram a Igreja Kannon do Japão e Igreja Miroku do Japão. E quando achavam que tudo havia se acalmado, mudou para Igreja Mundial do Messias. E tudo isso durante o período caótico do pós-guerra. Nessa situação, o normal seria realizar atividades sem grandes mudanças, mas Meishu-Sama avançava e avançava cada vez mais. E as mudanças não se limitavam ao nome. Naquela época, a Igreja do Messias, comparada com o cristianismo, era uma pequena organização religiosa. Mas Meishu-Sama disse tratar-se de duas grandes forças: “temos Cristo no Ocidente e Messias no Oriente. A atuação em consonância dessas duas grandes forças fará com que todos os membros, em prol da Paz, batalhem seriamente para que, certamente, seja estabelecida a Paz eterna”. Ele disse isso de forma enfática e com determinação.
Acredito que os membros daquela época ficaram muito mais do que confusos. Eles devem ter ficado realmente estupefatos e acho que assim ficaram por décadas. Meishu-Sama veio a ascender ao Mundo Divino e foi realmente muito difícil aceitar o seu verdadeiro sentimento. Assim, passou-se a pensar de forma simplória que, entre Jesus Cristo e Meishu-Sama, obviamente Meishu-Sama era superior, e foi dessa maneira que as atividades religiosas acabaram sendo desenvolvidas. Agora, no entanto, através de Kyoshu-Sama nós estamos relembrando esse sentimento de Meishu-Sama e isso é algo jubiloso para todos nós.
Mas realmente Meishu-Sama fez muitas mudanças, uma após a outra. Recentemente, todos têm escutado muito a respeito disto: Meishu-Sama, no ano que antecedeu a sua ascensão, de repente disse que o Johrei, que até então era o núcleo da nossa religião – era e continua sendo até hoje – já não era mais tão importante e que havíamos entrado na era do sonen. Meishu-Sama avançava com uma velocidade surpreendente. Acho que essa velocidade se trata de uma velocidade que realmente ultrapassa a imaginação.
Aos meus olhos, sinto que Meishu-Sama estava sempre correndo no seu limite máximo de velocidade para concretizar o sentimento de Deus. Assim sendo, se nós nos esquecemos da verdadeira vontade de Meishu-Sama por 60, 70 anos, ele deve estar muito à nossa frente. Mesmo usando um binóculo, como ele está tão distante de nós, sequer conseguimos vê-lo. Mas agora Kyoshu-Sama está guiando todos nós para podermos, por pouco que seja, nos aproximarmos dele.
Acho que Meishu-Sama é uma pessoa que sempre está correndo. Ele desenvolveu tudo com todas as suas forças e sempre fez isso correndo. Por isso, temos que imaginar a figura de Meishu-Sama correndo, e o melhor é dizer que queremos seguir Meishu-Sama, como se estivéssemos correndo atrás dele.
Mas isso não significa que basta apenas sair correndo às cegas. Afinal, sabemos qual é o nosso objetivo, não é? O objetivo para o qual temos que correr. Ou seja, o mesmo objetivo alcançado por Meishu-Sama: nascer de novo como o Messias. Eis o nosso objetivo. Em outras palavras, essa é a “corrida da vida” que estamos correndo agora.
No caso de uma maratona, existem várias condições para participar. E também, se no meio da maratona desistir de correr, não tem mais chance de voltar à corrida, não é? Entretanto, nós desistimos várias vezes – naquela época, há 70 anos, nós acabamos desistindo uma vez, mas Meishu-Sama está dizendo que ainda podemos correr apesar da nossa desistência. E também qualquer pessoa pode participar dela, sabiam? Independentemente de terem deficiência física, de terem cometido esse ou aquele tipo de pecado ou se somos isso ou aquilo – independentemente disso tudo – toda e qualquer pessoa pode participar dessa corrida da vida. Na verdade, estamos participando dela precisamente agora!
Ao dizer que nasceu de novo como o Messias, Meishu-Sama falou tratar-se da mais elevada de todas as hierarquias. Ele disse: King of kings. Ou seja, rei. Isto significa que, ao cruzar a linha de chegada dessa corrida da vida, cada um de nós receberá o seu troféu: a coroa da vida. A coroa da vida que nos tornará um rei. Na verdade, essa coroa já foi preparada para cada um de nós.
Assim sendo, penso tratar-se de um imenso privilégio, um maravilhoso privilégio que chega a ser inimaginável. No entanto, o que acontece ao atingirmos esse objetivo e sermos coroados? Se fosse uma maratona qualquer, poderíamos dizer que ficaremos contentes se chegarmos em primeiro lugar ou em qualquer outra posição. Só que, antes de tudo, nessa corrida não há ordem de chegada, pois no final todos nós nos tornaremos filhos de Deus, seremos irmãos e irmãs, todos iguais, sem diferenças entre si.
E essa corrida não acaba somente com o simples fato de cruzarmos a sua linha de chegada. Ao cruzarmos a linha de chegada e sermos coroados, vamos nos deparar com uma alegria ainda maior: o júbilo de nos tornarmos filhos de Deus. Com esse júbilo, junto a Meishu-Sama, a Jesus Cristo e a outras pessoas maravilhosas, serviremos a Deus por toda a eternidade com muita alegria. É esse o futuro que espera por nós. Esse futuro nos foi prometido!
Portanto, mesmo dizendo que talvez não consigamos alcançar esse objetivo ou que se trata de algo impossível para nós, isso já nos foi prometido! Cada um de nós chegará no final, pois Deus já determinou isso, firmou esse compromisso conosco.
É óbvio que “ser coroado” ou “participar dessa maravilhosa corrida” são coisas que parecem distantes dos muitos detalhes do nosso dia a dia. O nosso cotidiano, de manhã até à noite, é realmente repleto de inúmeros sentimentos e pensamentos, e ficamos presos fisicamente a muitos fatores: tenho que fazer isso e também aquilo, tenho que trabalhar e também tenho os afazeres domésticos. Mesmo presos a tudo isso, mesmo em meio a essas circunstâncias, seria muito bom se não nos esquecêssemos, por um segundo que seja, disto: estou na corrida da vida que me levará ao futuro prometido e estou participando dessa corrida para obter a minha coroa. Sinto que seria muito bom nos lembrarmos, por pouco que seja, durante o nosso dia a dia, que Deus já está nos contemplando com essa grandiosa bênção.
O que espera por nós é uma alegria imensurável, uma alegria que supera totalmente a alegria que nós, seres humanos, normalmente sentimos. E nós estamos agora no meio dessa corrida. Obviamente, essa alegria ainda não chegou até nós. Ainda não conseguimos vê-la. Entretanto, mesmo não conseguindo vê-la, pois ainda não chegou, precisamos acreditar que ela nos foi prometida. É por isso que eu acho: é nessa crença que reside o valor da nossa fé. Portanto, convictos de que algo maravilhoso está para vir até nós, e com grande esperança em nosso coração, vamos caminhar juntos!
Muito obrigado.