Versão em PDF: “Nunca desistam”, por Masaaki-Sama
Meishu-Sama disse que “deve haver algo de diferente entre o você do presente e você de ontem ou entre o você do presente e você de cinco minutos atrás”. Ele disse que o mundo de hoje é diferente do mundo de ontem.
O que ele está dizendo é que estamos sempre evoluindo e crescendo, que nós estamos sendo renovados dia a dia. Não: minuto a minuto, ou até mesmo, segundo a segundo. O mesmo é válido para o mundo. Ele está sempre evoluindo, melhorando e sendo renovado por Deus a cada minuto, a cada segundo.
Mas será que vemos a nós mesmos dessa maneira? Vemos o mundo dessa maneira?
Assim como Meishu-Sama, será que vemos a nós mesmos e o mundo como algo que está melhorando a cada segundo? Todos os dias, somos preenchidos pela esperança de que estamos melhorando, que o mundo está melhorando? Todas as manhãs, todas as noites, nós agradecemos a Deus por Ele nos renovar para sermos um ser melhor, por tornar o mundo um lugar melhor?
Ou somos preenchidos pela angústia, sobre como as coisas estão piorando, como o mundo está ficando dia a dia mais caótico e como estamos nos deteriorando dia a dia?
Talvez aqueles que são jovens ou saudáveis sejam capazes de responder que eles estão evoluindo e crescendo dia a dia.
Ou, se a vida adiante parecer promissora, talvez vocês consigam dizer que o mundo está melhorando cada vez mais.
Mas e se vocês descobrirem que têm uma doença como o câncer? E se vocês souberem que vão morrer em apenas alguns meses? E se vocês se depararem com uma dificuldade em suas vidas que acham que nunca serão capazes de superar, não importa o que façam?
Nessas circunstâncias, será que somos capazes de dizer com confiança que nós estamos evoluindo a cada minuto? Que estamos sendo renovados a cada segundo? Que o mundo está melhorando dia a dia?
Para ser franco, isso seria muito difícil para nós, não seria?
Mas, então, por que foi possível para Meishu-Sama dizer que nós e o mundo estamos evoluindo a cada minuto?
Ele escreveu a respeito disso quando estava com 68 anos de idade. Ele deve ter sentido que seu corpo físico estava se deteriorando, que ele estava envelhecendo, e com razão, pois ele sofreu um derrame cerebral hemorrágico três anos depois, aos 71 anos de idade. No ano seguinte, ele faleceu.
Agora, tenho algumas perguntas para lhes fazer.
Vocês acham que Meishu-Sama foi preenchido pela angústia desde o momento em que ele recebeu a purificação até o momento em que ele faleceu?
Vocês acham que Meishu-Sama pensou que ele estava realmente se deteriorando, que as coisas estavam piorando para ele?
Vocês acham que Meishu-Sama estava amaldiçoando Deus por fazer ele sofrer de uma doença e, no final, fazê-lo morrer por causa disso?
A resposta para todas essas perguntas é, simplesmente, não. Um definitivo não.
Estou convencido de que Meishu-Sama estava louvando e agradecendo a Deus e devolvendo toda glória a Deus, embora seu corpo físico estivesse com dores e estivesse prestes a morrer.
Estou convencido de que em 10 de fevereiro de 1955, às 3:33 da tarde, que, diga-se de passagem, foi a hora em que Meishu-Sama morreu, Meishu-Sama estava dizendo a Deus: “Ó Deus, agradeço ao Senhor por me fazer evoluir e crescer e por me renovar o tempo todo. Eu estou melhorando cada vez mais, a cada segundo, mesmo agora!” E, com esse pensamento, Meishu-Sama deixou a Terra.
Estou convencido disso, pois é quem Meishu-Sama foi – um homem extraordinário com nada mais além de uma paixão e amor ardentes por Deus e uma fé inabalável em Deus.
Mas, mesmo assim, por que Meishu-Sama conseguiu ser assim?
Por que ele foi capaz de acreditar que estava evoluindo e crescendo, embora seu corpo físico estivesse se deteriorando?
A resposta é esta: ele sabia que o seu verdadeiro eu não era Mokiti Okada, mas a alma de Messias que existia dentro dele. Ele sabia que o seu verdadeiro eu não era um ser humano, mas sim, a alma de Deus que repousava dentro dele.
O que isso significa?
Quando nós escutamos que “cada um de nós pode ser a Segunda Vinda de Cristo”, imediatamente assumimos que estamos na extremidade receptora, que a alma de Cristo desce dentro de nós. “Eu sou fulano e eu estou recebendo a alma de Cristo”: é assim que pensamos.
Mas se o nosso verdadeiro eu é a alma de Deus, a alma de Messias, a alma de Cristo, que repousa dentro de nós, então, não estamos de forma alguma na extremidade receptora.
Pelo contrário, nós somos aqueles que vêm do Céu.
Nós não somos aqueles que olham para o céu e veem Cristo descer.
Nós somos aqueles que descem, pois o nosso verdadeiro eu é a alma de Deus, a alma de Cristo, que Deus nos concedeu no Céu.
Estou dizendo algo supersimples aqui. Eu não estou dizendo nada complicado, algo que não conseguimos compreender.
Mas se não conseguimos compreender isso, é por valorizarmos muito o nosso eu físico e a nossa vida física que nos esquecemos completamente do nosso eu espiritual – nosso verdadeiro eu que Deus nos deu no Paraíso há muito tempo.
Para a pergunta: “Quem é você?”, nossa resposta a Deus não deve ser: “Eu sou fulano, nasci em tal ano do meu pai e minha mãe”. Em vez disso, nossa resposta deve ser: “Através de Jesus, Meishu-Sama e Kyoshu-Sama, eu vim a saber que sou Vosso filho. Eu sou a própria alma de Cristo. Eu sou a própria alma de Messias”.
Então, Deus dirá para vocês: “É isso mesmo, Meu filho. Você é Meu filho que vive eternamente”.
Agora, se o verdadeiro eu de vocês é a própria alma de Deus, vocês acham que são uma existência que vai se deteriorar e perecer no fim? É claro que não.
Se o verdadeiro eu de vocês é um ser divino, o que está à frente de vocês é um futuro glorioso e somente um futuro glorioso. Não é Deus aquele que evolui eternamente? Então, vocês também são uma existência que evolui, cresce e melhora eternamente.
É precisamente por Meishu-Sama ter tido essa crença, que ele foi capaz de enfrentar seu derrame cerebral até sua morte com esperança, com transbordante esperança e com a enorme alegria de que ele estava evoluindo e crescendo a cada segundo pelo poder de Deus.
“Por isso, nunca desistimos. Ainda que nosso exterior esteja morrendo, nosso interior está sendo renovado a cada dia. Pois estas aflições pequenas e momentâneas que agora enfrentamos produzem para nós uma glória que pesa mais que todas as angústias e durará para sempre. Portanto, não olhamos para aquilo que agora podemos ver; em vez disso, fixamos o olhar naquilo que não se pode ver. Pois as coisas que agora vemos logo passarão, mas as que não podemos ver durarão para sempre” (2 Coríntios 4:16-18).