Versão em PDF: “Bebendo a partir do pires” por Masaaki-Sama
Bom dia!
Ontem à noite choveu bastante, não é mesmo? Da minha casa, eu conseguia escutar o barulho dos trovões e, além disso, hoje ainda está ventando bastante, não está?
Bem, falta apenas um mês para o término deste ano, e o que eu fico me perguntando agora é o seguinte: “O que este ano representou para todos os senhores?”
Acho que, para algumas pessoas, este foi um ano com muitas coisas boas e, para outras, um ano repleto de coisas ruins. Talvez a maioria ache que foi metade bom, metade ruim.
Ou pode ter acontecido algo muito ruim e ainda será necessário enfrentar esse problema no próximo ano. Também pode haver pessoas que enfrentam uma doença por anos e terão que continuar enfrentando isso o tempo todo ou talvez haja pessoas que chegaram aqui hoje com o pensamento de que “ninguém entende o meu sofrimento”.
Mas, qualquer que seja a situação que estejamos passando, por mais que sejamos imperfeitos, como somos pessoas de fé, pelo menos temos que aceitar que Deus, obviamente, está atuando por trás de tudo o que aconteceu durante este ano.
Mesmo que sejam coisas boas ou ruins aos nossos olhos, obviamente, precisamos aceitar que Deus está atuando por trás dessas situações, e, naturalmente, agradecer dizendo: “Ó Deus, eu agradeço ao Senhor”. Será que não precisamos fazer isso?
O que é bom ou ruim para nós, acontece porque há alguma razão para Deus fazer com que inúmeras coisas aconteçam e, assim sendo, já que somos pessoas de fé, é óbvio que precisamos oferecer a Deus nossa gratidão quando estamos prestes a encerrar mais um ano. Acho que, no mínimo, é isso o que devemos fazer.
Agora, mesmo dizendo que o importante aqui é a gratidão, acho que existem níveis de gratidão. Existe, por exemplo, o pensamento de agradecer somente o que é bom por ser difícil agradecer o que é ruim. Há, também, o nível de gratidão que consiste em agradecer o que é inconveniente, certo? Parecida com essa, também tem aquela ideia de agradecer o que é ruim achando que estamos sendo criados e educados através disso, não é?
Existe uma música dos Estados Unidos – uma música cristã, mas que não é um hino sacro – cujo título em inglês é “Drinking from My Saucer”. Drinking significa “beber; estar bebendo” e saucer é o pratinho que se coloca debaixo de uma xícara, ou seja, o pires. Então, o título dessa música significa “estou bebendo a partir do pires”.
A letra dessa música, em síntese, diz o seguinte: “Muitas coisas aconteceram durante a vida, havendo muitos momentos de sofrimento por causa do dinheiro e outras coisas, mas estou preenchido pelas bênçãos de Deus”. Só que esse “preenchido” não expressa somente o sentido de alcançar as bordas da xícara, pois as bênçãos de Deus são tantas que chegam a transbordar, derramando-se sobre o pires, a ponto de não ter como beber a partir da xícara. Portanto, essa letra diz: “Estou bebendo as bênçãos de Deus, bebendo-as a partir do pires”.
Quando me deparei com essa música, achei que se tratava de uma fé extraordinária. Enquanto nós ficamos reclamando dizendo que ainda não é suficiente, o compositor da letra dessa música está dizendo que as bênçãos de Deus já estão transbordando pela borda da xícara e, por isso, está sempre bebendo-as a partir do pires.
Assim sendo, se formos agradecer a Deus, então acho que é essa gratidão que precisamos oferecer para Ele, não é mesmo?
Mas, para nós, qual é o estado dessa “xícara”? Achamos que ela não parece estar nada cheia. Pensamos que ela não está cheia e pedimos para Deus verter cada vez mais bênçãos nela, chegando a ponto de criticar o porquê de Ele não a preencher.
Pensando bem, na verdade, Deus está nos preenchendo cem por cento. E isso está acontecendo agora, neste exato instante, sabiam? Agora, neste exato momento, Deus está nos dizendo: “Vocês já estão completamente preenchidos, sabiam?”
Só que, será que nós não achamos que ainda é insuficiente, e que, portanto, queremos mais e mais? Queremos mais milagres, queremos que determinada coisa aconteça ou queremos que determinada situação melhore. É assim que agimos para com Deus, não é? Aos nossos olhos, a xícara está completamente vazia e, portanto, queremos que mais bênçãos sejam vertidas nela.
Mas, aos olhos de Deus, o que acontece é o seguinte: “Não… Minhas bênçãos já estão prestes a derramar, não da sua xícara, mas sim, do pires. Portanto, Eu não consigo conceder mais bênçãos. Neste exato instante, Meu filho, você já está sendo abençoado mais do que o suficiente”.
Se, na verdade, for assim mesmo, então, com relação à situação atual – é a situação que vivemos agora e não a que vai ser daqui a cinco minutos, daqui a uma hora, daqui a dez dias ou daqui a um ano – se dissermos o seguinte: “Oh, neste exato instante, Deus está me preenchendo completamente. Vou receber todas as bênçãos de Deus que transbordam ao pires”, e bebermos essas bênçãos, acho que Deus pode nos dizer: “Oh, surgiu um pouco de espaço no pires e, portanto, vou verter um pouco mais para você”. Acho que isso pode acontecer.
Apesar disso, sempre queremos mais bênçãos por achar que Deus não está atuando plenamente e, portanto, acho que para Deus também fica difícil nos agraciar com Suas bênçãos.
É por isso que, primeiro, devemos encarar a situação atual em nossas vidas da seguinte maneira: “Agora, Deus está me guiando da melhor maneira para mim”. E, se dissermos: “Aceito as bênçãos de Deus”, recebendo-as a partir do pires, acho que Deus pode nos dizer o seguinte: “Então, concederei mais bênçãos”.
Mas se não aceitarmos cem por cento a situação atual que nos está sendo concedida neste exato momento e ficarmos pensando: “Será que Deus não está dormindo?” ou “Será que Deus não está escutando a minha voz?”, acho que Deus pode nos dizer: “No mínimo, você deve primeiro beber o que há nesse pires”, não pode?
Mesmo dizendo: “Eu agradeço”, essa gratidão não pode ser incompleta. “Ó Deus, já estou sendo preenchido pelo Senhor a ponto de transbordar” e “Aceito totalmente a situação atual”: é essa gratidão que nós, membros da Igreja Mundial do Messias, precisamos oferecer a Deus.
Com isso, a questão que vem à tona é: quem é esse Deus? Obviamente, é o “Sushin naru warera no Kami (Senhor Deus, o nosso Senhor)” ou “Sushin naru senzo no Kami (Senhor Deus, o Deus dos antepassados)”, como nós entoamos diariamente. No passado, nós nos dirigíamos a Deus entoando o nome divino Miroku Oomikami – Grande Deus Miroku.
Ao usar expressões como “Miroku” e “Sushin”, achamos tratar-se de um Deus somente nosso, ou somente de Meishu-Sama, ou até mesmo um Deus somente do Japão, mas, na verdade, não é isso. Um dos salmos entoados hoje diz: “Aquele que possui o poder supremo é Deus. / Ele é conhecido por nós como Jeová (Javé), / E não há outro Deus senão Ele!” Ademais, existem as Sagradas Palavras onde Meishu-Sama escreveu: “Isso talvez soe estranho aos senhores, mas o objeto de adoração de nossa religião, a Igreja Mundial do Messias, é o mesmo que o do cristianismo. Ele é Deus, também chamado Jeová ou Javé”. Senhores, o nosso objeto de adoração é Jeová, ou Javé, o Deus do cristianismo.
Na Imagem da Luz Divina está escrito Dai Komyo e, portanto, à primeira vista, achamos tratar-se de um Deus do Japão. Mas não é isso. Na verdade, o fato de o nosso objeto de adoração ser Jeová, significa que poderíamos aplicar a leitura “Jeová” aos ideogramas que constituem a caligrafia Dai Komyo, não é mesmo?
Diariamente, nos cultos matinais e vesperais, estamos reverenciando Jeová e até mesmo o culto que celebramos hoje está sendo realizado sob Jeová.
Assim sendo, o que eu tenho pensado recentemente é que o fato de Meishu-Sama ter dito que o Deus da Igreja Mundial do Messias é Jeová, o Deus do cristianismo, é algo muito sério.
Jeová, com certeza é o Deus do cristianismo, mas Ele também é o Deus do judaísmo. Em outras palavras, é o Deus retratado no Antigo Testamento e no Novo Testamento. Esse Deus é o nosso objeto de adoração.
Ou seja, trata-se do mesmo Deus que expulsou Adão e Eva do Paraíso e utilizou Abraão e outras figuras bíblicas. É o mesmo Deus que utilizou Moisés para dividir as águas do Mar Vermelho e conceder os Dez Mandamentos. Estamos falando do Deus que fez tudo isso e, além disso, fez surgir um rei chamado David do qual, a partir da sua linhagem, ou seja, como seu descendente, Deus fez com que Jesus surgisse na Terra, além de ter reunido sob Jesus os Doze Apóstolos e ter utilizado Paulo de Tarso. A fé que professamos é voltada para o Deus que fez tudo isso.
Acho que, de alguma forma, até hoje eu não havia pensado seriamente a respeito de Jeová ser o Deus ao qual devemos orar, embora Meishu-Sama tenha dito: “Deus, Jeová”. Porém, ao pensar novamente a respeito disso recentemente, acho que o fato de Jeová ser o nosso objeto de adoração é um assunto muito sério.
Meishu-Sama se referiu a esse Deus utilizando expressões como “o maior dos maiorais”, e, realmente, esse ser sublime é Aquele que nos utiliza e a fé professada por nós está voltada para Ele, não está?
Meishu-Sama também disse que Jeová é o Pai Celestial.
Temos o seguinte salmo de Meishu-Sama:
“Jesus pregou sobre Deus, o Pai. / Eu prego sobre o Senhor Deus. / Saibam como eu o seguinte, meus fiéis: / Jesus e eu pregamos sobre o mesmo Deus!”
Ou seja, Meishu-Sama está nos dizendo: “Saibam como eu que o Deus sobre o qual estou pregando é o Deus sobre o qual Jesus pregou como sendo o Pai, o Pai Celestial”.
O fato de Meishu-Sama ter propositalmente composto um salmo onde ele diz “saibam” significa que nossa cognição a esse respeito era escassa. “O Pai no Céu é o Deus do cristianismo. O Deus de Meishu-Sama é outro”: é por pensarmos dessa maneira que Meishu-Sama compôs um salmo como esse.
Por assim ser, Deus não é nada exagerado. Simplesmente falando, Ele é o Pai. Na Imagem da Luz Divina, na Imagem Dai Komyo, está assentado o Pai. O verdadeiro Pai.
Na verdade, precisamos ter grande respeito ao usar uma expressão como essa, mas não é errado dizer que se trata do Pai – o ser que criou a nossa alma, que é muito mais importante que o nosso corpo físico. Portanto, podemos chamá-Lo de Pai.
No cristianismo, também é usada a palavra “Senhor”, não é? A palavra “Senhor” é usada para se referir tanto a Jesus quanto a Deus.
Pode haver algumas pessoas entre os senhores que ao escutar a palavra “Senhor”, logo associam ela ao cristianismo. Todavia, não tenho certeza se os senhores notaram a caligrafia colocada hoje no hall de entrada da sede, mas a caligrafia colocada para recebê-los é uma caligrafia de Meishu-Sama que significa: “Glória do Senhor”.
Vejamos como agíamos até hoje. Se alguém nos dissesse: “Recebo a glória do Senhor” ou “Vamos, juntos, receber a glória do Senhor”, acho que o sentimento que aflorava em nós era o seguinte: “Essa pessoa está falando como um cristão”.
No entanto, já que Meishu-Sama escreveu uma caligrafia cuja leitura é: “Glória do Senhor”, dizer algo como “eu recebo a glória do Senhor” deveria ser natural para os seguidores de Meishu-Sama. Afinal, não há nada mais natural para os seguidores de Meishu-Sama do que aceitar o conteúdo do que ele escreveu em uma de suas caligrafias, não é?
Portanto, se houver a sensação de incômodo quanto a isso, então, esse sentimento mostra a diferença que há entre o caminho que Meishu-Sama estava avançando e o caminho que nós estamos avançando. É por isso que temos essa sensação de incômodo.
Meishu-Sama nos deixou uma caligrafia cuja leitura é: “Glória do Senhor”. Assim sendo, será que não deveríamos pronunciar as palavras: “Ó Deus, permiti-me receber a glória do Senhor”? Afinal, foi Meishu-Sama quem escreveu: “Glória do Senhor”.
“Glória do Senhor”: não sei dizer o porquê, mas, antes de tudo, essa expressão soa bem aos nossos ouvidos, não é? Apesar disso, será que até hoje nós sentimos vontade de dizer: “Eu recebo a glória do Senhor”? Fico pensando se, pelo menos uma vez, pensamos nisso.
Obviamente, inúmeras coisas aconteceram durante este ano, mas pensemos: quem é que está nos utilizando? A quem nós devemos oferecer a nossa gratidão? A resposta é Jeová, o Pai no Céu, o Senhor, a existência que está manifestando a glória do Senhor.
Bem, esse ser realmente é uma existência fenomenal, sabiam? É um ser que transcende completamente a inteligência humana que, no judaísmo, sequer é permitido invocar o Seu nome por temor.
Nós, caso venhamos a agradecer, precisamos agradecer a esse ser sublime.
E sabem por quê? É porque mesmo criando arbitrariamente uma imagem de Deus completamente diferente e agradecendo a esse “Deus” com afinco, acho que Deus não nos escutará. Precisamos agradecer ao Deus que Meishu-Sama menciona. Se não fizermos assim, por mais que agradeçamos, não seremos escutados e Meishu-Sama pode acabar nos dizendo: “A direção a qual vocês estão direcionando a gratidão está errada”.
Assim sendo, se formos agradecer a Deus por tudo o que aconteceu e está acontecendo durante este ano, acho que precisamos ofertar a gratidão pelo fato de estarmos professando a fé sob esse grandioso Deus e por Ele nos manter vivos.
Além disso, no mês de dezembro, nós, seguidores de Meishu-Sama, temos uma data especial: o dia 23 de dezembro. Esse é o dia do nascimento de Meishu-Sama. Na verdade, é porque Meishu-Sama nasceu neste mundo que, hoje, estamos reunidos aqui movidos por uma afinidade e é graças ao nascimento de Meishu-Sama que tudo se originou. É graças ao nascimento de Meishu-Sama que estamos celebrando este culto agora, voltando em comunhão nosso coração a Deus. Portanto, o dia 23 de dezembro é uma data comemorativa, não é?
Dois dias depois dessa data é dia 25 de dezembro. Esse é o dia do nascimento de Jesus, não é? Atualmente, o Natal é celebrado no mundo inteiro. Mesmo no Japão, independentemente de ser ou não cristãos, os japoneses também celebram o Natal. Há iluminações e enfeites natalinos por todo o lugar. Os shopping centers são enfeitados com árvores de Natal enormes e as ruas das cidades ficam totalmente enfeitadas, não é?
Para nós, a celebração do nascimento de Jesus e do natalício de Meishu-Sama eram, até hoje, dois eventos que não tinham relação entre eles. Pensávamos: “Estão celebrando o Natal”, e ponto final. Pensávamos: “Nós celebramos o natalício de Meishu-Sama e as pessoas no mundo celebram o Natal”, e ponto final.
Mas, na verdade, não é isso, pois passamos a compreender que Jesus é uma base importante para todos nós. É isso, não é mesmo? Afinal, o que Meishu-Sama diz é que a Igreja Mundial do Messias avançará a salvação da humanidade atuando em consonância com o cristianismo e concretizará a profecia de Jesus.
Na letra da música “Drinking from My Saucer”, que mencionei há pouco, há um trecho onde o compositor diz que, embora não tenha dinheiro, sente que está repleto de riqueza ao conhecer a existência de Jesus. Ou seja, ele está dizendo que já está satisfeito porque o seu pecado foi perdoado.
Isso é algo que nós devemos aceitar exatamente dessa maneira. Afinal, nós também aceitamos que Jesus é o Senhor da Redenção. Mas nós não paramos por aí.
Os cristãos dizem: “Meu pecado foi perdoado. Jesus é maravilhoso. Essa é a maior de todas as riquezas”, e param por aí. Mas nós vamos para o segundo estágio, ou seja, não dizemos somente que Jesus é maravilhoso, que Deus é maravilhoso, que os reverenciamos ou que estamos professando a fé. Vejam bem: a própria alma de Deus, o Deus que falei há pouco para os senhores, está em nosso interior. E objetivamos nos tornar um só com Ele, ou seja, nos tornarmos deuses. Usamos a expressão “filhos de Deus”, mas podemos dizer “deuses”. Assim como Kyoshu-Sama nos disse anteriormente, se o filho do ser humano é um ser humano, o filho de Deus é um deus.
No cristianismo, Jesus é considerado o único filho de Deus. É óbvio que a existência chamada Jesus é realmente grandiosa. No entanto, nós, assim como Jesus o fez, nos tornaremos filhos de Deus, nos tornaremos deuses.
Dentro de nós existe a alma de Deus à qual foi concedida o nome Messias, e Meishu-Sama, ao nascer de novo como o Messias, mostrou-nos com o seu próprio corpo que realmente é possível nos tornarmos uma existência grandiosa ao nos tornarmos um só com esse Deus.
Esse é o segundo estágio que não foi concretizado no cristianismo. Não é somente dizer, na posição de seres humanos, que Jesus é maravilhoso, que esse fundador é maravilhoso ou que Deus é maravilhoso. Não é isso, mas sim, nos tornarmos uma existência equivalente a Deus. Jesus andou sobre as águas. Isso não é impossível até mesmo para nós. Deus é capaz de fazer tudo.
Os cristãos, por terem conhecido o nome de Jesus e por ficarem sabendo que o pecado foi perdoado, dizem que estão realmente alegres, que estão repletos de riqueza e que foram plenamente preenchidos.
Somos capazes de receber plenamente essas bênçãos, mas não é só isso. Vai além disso, pois Deus, devido a alguma afinidade, unilateralmente nos informou a última salvação para a humanidade – o próximo estágio da salvação, o segundo estágio da salvação. Isso é muito sério. Deus está nos abençoando com abundância, uma abundância que sequer conseguimos imaginar.
Então, não há dúvida de que a nossa obra existe graças à expiação por Jesus. Nesse sentido, podemos aproveitar ao máximo o Natal – a celebração do nascimento de Jesus. Ou seja, temos o direito de aproveitar o Natal, incluindo, por exemplo, o brilho pelas ruas da cidade. Podemos visitar pessoas que são importantes para nós e trocar presentes de Natal.
Obviamente, não é só aproveitar isso. Quero que, na verdade, todos nós carreguemos conosco a satisfação e a autoestima de termos sido informados sobre o próximo estágio e, com esse sentimento em mente, gostaria que todos saboreássemos e aproveitássemos plenamente a época do Natal, deleitando nossos olhos com o brilho nas ruas da cidade.
Meishu-Sama afirma que o oratório Messias, de Handel, foi preparado por Deus para a Igreja Mundial do Messias, certo? Assim sendo, acho que podemos dizer que as muitas celebrações que acontecem pela cidade nessa época de Natal, o seu brilho e decorações, foram feitos por Deus para nós da Igreja Mundial do Messias, sem contar, obviamente, que eles foram feitos para os cristãos também. Portanto, espero que os senhores não deixem de aproveitar o brilho desta época do ano, deleitando seus olhos com esse sentimento.
Ou melhor, para mim, o fato de o Natal, que celebra o nascimento de Jesus Cristo, ser comemorado no Japão – é claro que não somente no Japão, mas no mundo inteiro – é surpreendente. O fato de todo o Japão aceitar e celebrar o Natal é, pensando bem, algo surpreendente. Ou seja, Jesus é apenas o fundador de uma religião. Apesar disso, até mesmo em escolas são realizadas festas de Natal para ele no Japão.
Por que essas coisas acontecem? É porque, embora muitos japoneses não estejam percebendo isso, inconscientemente, eles sabem que a existência de Jesus tem alguma relação com eles e que Jesus é alguém importante para eles, para toda a humanidade. O Natal é inconscientemente aceito até mesmo pelo povo japonês, cuja população praticamente não é cristã. Os japoneses sequer têm resistência em realizar casamentos em igrejas cristãs, não é mesmo?
Portanto, aqueles que dizem que não aceitam Jesus como o Senhor da Redenção ou que Meishu-Sama é o único Messias, então isso significa que, para eles, as pessoas em todo o Japão são ridículas, que todo o Japão, que coloca enfeites de Natal nas ruas, é ridículo.
Aqueles que criticam Kyoshu-Sama afirmam que Meishu-Sama é o único Messias e que não aceitam Jesus como o Redentor. Ao fazerem isso, eles estão condenando toda a sociedade japonesa e o mundo inteiro por estarem celebrando o Natal. Eles devem achar que essa celebração do Natal é uma coisa ridícula.
Mas nós da Igreja Mundial do Messias não agimos assim, não é mesmo? Muitos japoneses aceitam Jesus inconscientemente, mas nós aceitamos Jesus como o Redentor de forma consciente. Além disso, nós o aceitamos como uma existência grandiosa que concretizou o primeiro estágio da nossa divina obra.
Durante este ano, eu falei várias vezes sobre o arrependimento em minhas saudações nos cultos, mas, com relação a isso, recentemente tenho pensado que não conseguiremos virar o ano sem esclarecer um ponto.
E que ponto seria esse? No final das contas, ao escutarmos a respeito do arrependimento, imediatamente dizemos algo como: “O meu sentimento com relação ao arrependimento não chega a tanto” ou “É difícil pensar assim”. Falamos isso porque temos como premissa a cognição de que somos nós quem possui forças para se arrepender. É por achar que conseguimos nos arrepender por força própria que dizemos: “Meu sentimento não chega a tanto”. É isso, não é mesmo?
Então, será que realmente conseguimos, ou não, nos arrepender através da força humana se nos empenharmos para isso? Acho que nós precisamos esclarecer essa questão.
Em suma, o ser humano, na verdade, não possui essa força.
Bem, é óbvio que esforçar-se para ter o sentimento de querer se arrepender é realmente importante. Eu não estou negando isso. Apenas penso que há algo que não podemos nos esquecer.
Aceitar: isso também é importante, certo? “Eu aceito”: pensar dessa maneira é realmente importante. No entanto, será que é possível “aceitar” pela nossa própria força? Na verdade, não possuímos força para isso.
Caso contrário, o mundo será um lugar onde dizemos que aquela pessoa consegue aceitar, que essa pessoa não consegue, que eu consegui aceitar ou que aquela pessoa não é capaz de aceitar. O mundo será um lugar onde dizemos que aquela pessoa se arrependeu, que essa pessoa não se arrependeu e que dificilmente eu consigo me arrepender.
Porém, não é esse o sentimento que nós devemos ter para com Deus, não é mesmo? Sem a força de Deus, além de não ser capaz de aceitar, o ser humano também não é capaz de respirar, conversar, se levantar e andar. Sem a força de Deus, o ser humano é uma existência que não consegue fazer nada.
Ao escutar isso, facilmente dizemos: “Não… Apesar de o ser humano ser realmente uma existência insignificante, ele não é de se jogar fora”.
No entanto, se dissermos isso, Meishu-Sama pode nos dizer: “Você é tão presunçoso. Não tem vergonha de dizer isso?” Afinal, em suas Sagradas Palavras que foram lidas no culto de hoje, Meishu-Sama afirma que o ser humano é tão presunçoso que não tem vergonha de dizer que vai conquistar o mundo natural.
Meishu-Sama compôs o seguinte salmo:
“Saibam todos disto. / Aos olhos de Deus, / Os humanos são menores do que formigas!”
Aqui, a pequenez é vista a partir dos olhos humanos, certo? Enfim, esse salmo diz que o ser humano é uma existência tão pequena quanto o tamanho de uma formiga vista pelos olhos humanos.
Aqueles que dificilmente querem aceitar a pequenez humana talvez sintam raiva ao ser dito que são menores do que formigas. Mas uma formiga ainda é visível aos olhos humanos, certo? Assim sendo, já que Deus é realmente um ser grandioso, se for dito que somos formigas, só nos resta aceitar isso, mesmo relutantes, ou, então, talvez vamos pensar que até mesmo as formigas, quando unem forças, são capazes de fazer coisas grandes.
Agora, Meishu-Sama também compôs o seguinte salmo:
“Aos Vossos olhos, ó Deus, / Os humanos são tão pequenos quanto um germe, / Não, menores do que isso!”
Por sermos como germes, já não é mais possível sermos vistos a olho nu. Não há como sermos vistos sem um microscópio. Mas, por ser “tão pequeno quanto um germe, não, menores do que isso”, então, somos bem menores do que um germe.
Quando pensamos em Meishu-Sama, imaginamos alguém tão grandioso e tentamos elevá-lo tão alto pelo nosso padrão humano. Mas vejam o quão humilde Meishu-Sama é. Ele está dizendo que os seres humanos como ele são menores do que germes.
Acho que Meishu-Sama foi capaz de nascer de novo como filho de Deus precisamente porque ele se rebaixou muito diante de Deus.
Quando escutam “nascer de novo como filho de Deus”, vocês podem pensar que apenas conseguem chegar a esse nível somente depois de acumular muitas boas ações e se elevar. Mas, na verdade, é o oposto. Vocês têm que ter humildade – não humildade para com as pessoas, mas para com Deus. É isso o que está sendo exigido de nós. É assim que eu penso e acho que talvez exista aqui um grande equívoco da nossa parte.
Deus deve ter dito: “Quem possui o poder supremo sou Eu”. E Meishu-Sama Lhe disse: “Sim, é o Senhor”. Então, Deus perguntou: “A vida lhe pertence?” E Meishu-Sama respondeu: “Não, não pertence. Minha existência é menor do que um germe”. Por Meishu-Sama ter pensado assim, Deus lhe disse: “Ah, é? Então, vou lhe conceder a Minha vida”.
A fé que Meishu-Sama tinha em Deus. Não interpretem erroneamente qual era o entendimento que Meishu-Sama tinha a respeito da sua própria existência perante Deus.
Vejam esse famoso salmo de Meishu-Sama:
“Entre nações, entre povos, / Os conflitos são intermináveis. / Quem, senão Deus, terá a autoridade para dar um fim a eles?”
Esse salmo é muito significativo. Ele diz que, geralmente, caso haja pessoas em conflito, quem põe um fim no conflito não é outro senão Deus e, por assim ser, não existe outro que não seja Deus, não se trata da força humana. Esse salmo é fantástico, não acham? Mas não se prendam à falsa lógica de que, para as inúmeras situações que ocorrem diante dos nossos olhos, é só dizer: “Deus colocará um fim nisso”, e não fazer nada.
Outro salmo:
“Como é grande a bênção! / De saber que / O poder para salvar toda a humanidade / Vem do Senhor Deus, / E somente d’Ele!”
Acho que, até hoje, tínhamos a mera sensação de que esse salmo é maravilhoso, mas, pensando bem, se é Deus quem tem todo o poder, então, nós ficamos muito desanimados, não ficamos?
Se Deus nos dissesse: “Você não tem poder para salvar. Quem tem esse poder sou Eu”, ficaríamos até revoltados com isso. Mas Meishu-Sama está dizendo que isso é uma grande bênção. “Eu não tenho poder algum. A felicidade para mim é saber que é Deus quem possui todo o poder. Isso é uma grandiosa felicidade”: é isso o que Meishu-Sama está dizendo.
Essa postura de Meishu-Sama é completamente contrária à nossa. Nós pensamos: “Eu quero realizar algo; sou eu quem deve receber os méritos; sou eu quem deve ser valorizado por dedicar com afinco e algo de bom está acontecendo graças ao meu esforço”. Nós achamos que isso é ser feliz. Mas, para Meishu-Sama, atribuir o poder de tudo a Deus é uma grande bênção, uma grande felicidade.
Entretanto, por mais que Meishu-Sama tenha dito algo nesse sentido, a existência chamada ser humano é um expert em realmente não admitir a existência denominada Deus. Não importa o quanto Meishu-Sama tenha dito que “o ser humano é pequeno”, que mesmo assim, imediatamente nós dizemos: “Bem, realmente o ser humano é pequeno, mas quando os seres humanos, que são pequenos, unem forças, são capazes de fazer coisas grandes”.
Naturalmente, é verdade que precisamos cooperar uns com os outros para fazer inúmeras coisas. No entanto, por não admitir o poder de Deus, pensamos em todos os tipos de argumentos, não é? Na sociedade, apresentar argumentos como cooperar uns com os outros, falar que o ser humano é uma existência insignificante, mas que não é de se jogar fora, e que se todos unirem forças serão capazes de fazer coisas admiráveis, geralmente são considerados como sendo coisas boas. É dessa maneira – como se isso fosse algo bom – que nós falamos.
Mas, embora o ser humano tenha progredido a cultura dessa maneira, voltado cada vez mais para os desejos humanos, Meishu-Sama compôs o seguinte salmo:
“Independentemente do quanto a cultura avançar, / Que felicidade haverá para a humanidade sem Deus?”
O fato de a cultura progredir é, para nós, uma sensação de felicidade, certo? Enaltecemos que um smartphone fantástico foi inventado, ou que isso e aquilo foi inventado, e achamos que isso é motivo para ficarmos felizes. No entanto, Meishu-Sama disse que a felicidade humana não é isso. Ele está afirmando que, sem Deus, a felicidade para a humanidade não existe.
Por muito tempo, entendemos, incorretamente, que quando estamos felizes, Deus também está feliz. Olhar a felicidade dos seres humanos – achávamos que isso era a felicidade de Deus. Mas, na verdade, é o oposto. Aqui está a nossa grande ilusão. Isso não é “a nossa felicidade é a felicidade de Deus”, mas sim, “a felicidade de Deus é a nossa felicidade”.
Então, o que é exatamente a felicidade de Deus? Bem, Ele é o nosso verdadeiro Pai, não é? Assim sendo, será que há felicidade maior para Deus do que Seus filhos voltarem para Ele? No entanto, ao dizer que somos capazes de fazer algo pela nossa própria força ou que, se os seres humanos unirem suas forças, conseguirão qualquer coisa, deixamos de voltar nosso coração para Deus.
Se conseguirmos pensar: “Na verdade, tudo é fruto da força de Deus”, isso será motivo de alegria para Deus, sabiam? Acho que Ele pode nos dizer: “Que bom que você entendeu”.
Logo, é como este salmo:
“Ó Deus! / Quando percebi o quão fraco o poder humano é, / Então Vossa alma viva começou a habitar em meu coração!”
Agora, qual é o sentido desse salmo composto por Meishu-Sama?
Significa que se vocês ficarem lutando contra Deus, achando que o ser humano não é de se jogar fora, então, aos olhos de Deus, vocês acabarão sempre escutando o seguinte Dele: “Você é uma existência menor do que um germe, sabia?” Todavia, se dissermos: “Não existe nada que pertença a mim. Até mesmo as células do meu corpo, que são menores do que germes, estão sendo utilizadas livremente, à vontade pelo Senhor. Tudo pertence a Vós, ó Deus”, pode ser que Deus, ao invés de dizer: “Você é menor do que um germe”, nos diga o seguinte: “Tudo é seu, sabia?”
“Você é menor do que um germe”. Ao escutar isso, se vocês disserem: “Sim, isso mesmo! Além disso, tudo pertence a Vós, ó Deus!”, então, o que realmente vai acontecer é Deus lhes dizer: “Tudo é seu, sabia?”
O mesmo pode ser dito dos nossos olhos, ouvidos, nariz e boca. Deus pode nos dizer: “Eu estou dentro de você, vendo, escutando, movendo a mão, atuando e respirando. E tudo isso é seu, sabia?” Achávamos que não tínhamos nada, mas se tudo estiver preenchido por Deus, então, é exatamente o contrário e passamos a ter tudo!
Apesar disso, em vez de termos todo o nosso ser preenchido por Deus, uma vez que achamos que existe um grande ser chamado Deus, passamos a agir como seres humanos pequenos que se prostam perante Ele, adorando-O. Em primeiro lugar, porém, não há como possuir o sentimento de professar a fé pelo sentimento humano.
Assim sendo, se vocês abrirem mão de tudo, o que acontecerá é que vocês se tornarão uma existência fenomenal. Em vez de um germe, vocês serão deuses.
Até hoje, dizíamos que professávamos a fé, mas se continuarmos agindo como pessoas que professam fervorosamente a fé em um grandioso Deus, então continuaremos sendo pequenos, sabiam?
O fato de Meishu-Sama ter dito que somos muito menores do que um germe significa que ele queria nos dizer: “Desistam!” Ou seja, desistir de querer fazer algo pela força humana. Mas não se prendam à falsa lógica de dizer: “Então, já que Deus faz tudo, o ser humano não precisa fazer nada, não é?” É óbvio que vocês precisam se empenhar ao máximo com relação ao que lhes é concedido.
Mesmo na atual purificação na Igreja, parece que fomos nós que fizemos uma escolha, certo? Vocês tinham os Solos Sagrados e as igrejas que estavam acostumados a frequentar, e se viram obrigados a fazer uma escolha. E não há margem de erro no fato de essa escolha ter sido algo precioso. E, graças à união da fé dos senhores, a Igreja Mundial do Messias ressuscitou no ano passado. O nome da Igreja, que foi concedido por Meishu-Sama, ressuscitou.
Entretanto, aos olhos de Deus, será que há mérito no lado humano?
Naturalmente, nós superamos inúmeras dificuldades, escolhemos trilhar o caminho liderado por Kyoshu-Sama, que é o caminho da verdadeira fé em Meishu-Sama, e estamos percorrendo agora um caminho glorioso. Deus está realmente nos concedendo grandiosas bênçãos. Porém, será que isso aconteceu porque houve algum mérito de nossa parte? Na verdade, não. Não há nenhum mérito nosso.
Nas Sagradas Palavras lidas hoje, está escrito que Deus nos utiliza livremente, à vontade, não está? Deus não utiliza tudo e todos livremente, à vontade? É claro que Ele utiliza. Isso significa que não há espaço para que a nossa vontade seja exercida, pois nós estamos sendo utilizados. A nossa vontade não existe. Ela não significa nada. Há somente a vontade de Deus.
Por que nós estamos trilhando esse caminho agora? Já não sabemos mais a razão que nos levou a tomar essa decisão. Só que, há milhares de anos, Deus determinou de forma unilateral que ressuscitaria a Igreja Mundial do Messias no ano de 2020 e, embora não haja nenhum mérito nosso, Deus determinou que nos utilizaria e nos reuniu. Isso, de forma unilateral.
Em contrapartida, se alguém vier a pensar que Kyoshu-Sama está errado, já não há mais como impedir isso. Uma vez que Deus fez com que fosse assim, não é possível mudar isso pela força humana, embora isso não signifique que devemos parar com a tentativa de lhes dizer a verdade.
Ou seja, tanto abrir nosso coração para Deus quanto, pelo contrário, tornar-se uma pessoa teimosa e se rebelar contra Deus são, na verdade, algo que não tem nenhuma relação com a vontade humana. Quem faz com que tenhamos fé é Deus. Também é Ele quem faz com que não tenhamos fé. Um dos salmos entoados hoje fala a respeito de não conseguir ver nem mesmo uma polegada do que está à sua frente, certo? Se os senhores negligenciarem o caráter absoluto de Deus e O tratarem de forma leviana, nunca saberão como Deus poderia utilizá-los realmente.
Meishu-Sama compôs o seguinte salmo:
“Criarei aqueles que temem a Deus e / Se mantêm no caminho correto, / Porque esta é minha missão.”
De nossa parte, com relação a esse caminho correto, pensávamos que se tratava de professar devidamente a fé ou orar devidamente. No entanto, o fato de haver a expressão “temer a Deus” significa que o ser humano, em vez de se orgulhar dos seus inúmeros feitos, precisa dizer: “O sentimento de professar a fé não é meu” e “O sentimento de aceitação e o sentimento de arrependimento são Vossos, ó Deus”. O caminho correto consiste em agir dessa maneira.
Comumente, ao escutar “caminho correto”, vocês podem pensar que isso significa se tornar uma pessoa que se arrepende devidamente, que ora devidamente e se tornar alguém que agradece devidamente. Mas não é isso. A pessoa que trilha o caminho correto é aquela que atribui tudo a Deus. Assim sendo, mesmo dizendo que é o caminho correto, esse caminho é o caminho de Deus.
Em linhas gerais, é raro escutar um japonês dizendo “temer a Deus”. Os cristãos e os judeus dizem isso porque o temor a Deus é algo que está escrito na Bíblia. Porém, é raro escutar isso vindo de um japonês, de Meishu-Sama.
Isso é completamente diferente do sentimento do temor respeitoso pela Natureza que é pregado no xintoísmo. Ao pregar que devemos temer a Deus, Meishu-Sama está dizendo que precisamos temer o Deus Jeová. Acho que a maioria dos japoneses não pensa que o Deus Jeová, o Pai Celestial, é uma existência pela qual devemos sentir temor.
Antes de tudo, quando eu digo que precisamos temer a Deus, algumas pessoas prontamente me dizem algo como o seguinte: “Deus não é uma existência que nós precisamos temer, pois Ele nos ama”.
No entanto, sem o coração que teme a Deus, como vocês conseguem experimentar a alegria de saber que Deus é amor, e somente amor? Sem o temor de ser rejeitado por Deus, como vocês conseguem experimentar a felicidade de ser aceito por Deus? Sem o temor de que vocês não podem ser perdoados, mesmo que se arrependam, como vocês conseguem sentir o júbilo quando Deus lhes diz: “Eu te perdoei”? Sem o temor de que vocês podem morrer e ser reduzido ao nada, como vocês conseguem sentir a alegria de entrar em contato com a vida eterna? Sem conhecer o desespero da solidão, como vocês conseguem experimentar a alegria indescritível de saber que Deus está sempre com vocês?
Vocês têm que admitir que a nossa fé até hoje tem sido tão morna! Será que não temos dito coisas como: “Oh, eu gosto disso”, “Eu não gosto disso” ou “Eu não sinto nada”? Mas Meishu-Sama quer que cresçamos e possamos ter a verdadeira fé em Deus, não é?
Sim, é verdade que vocês talvez não sejam capazes de experimentar facilmente coisas como o total desespero e a solidão. Mas, pelo menos, vocês têm que admitir que querem entrar em contato com a verdadeira alegria.
É somente porque Deus é severo e rigoroso que Ele tem um amor inimaginável por nós. Qual é o objetivo de vir a este mundo, se vocês não buscam a verdadeira felicidade, alegria e amor? Temos que parar de oferecer a Deus uma fé morna!
Mesmo assim, é óbvio que buscamos o amor. Todos buscam o amor. Um bebê está sempre buscando o amor da mãe ou do pai e, quando cresce, passa a buscar o amor nas pessoas, tanto do sexo oposto como do mesmo sexo. Então, quando se casa, passa a buscar o amor do cônjuge e, quando os filhos nascem, procura saber se está sendo amado pelos filhos. Ao envelhecer, fica pensando se está sendo amado pelos netos. É dessa maneira que todos nós sempre buscamos o amor. Toda a humanidade vive buscando o amor; vive sedenta de amor.
Mas, quando os senhores pensam sobre isso, se vocês sentirem que são sempre amados por seus amigos e familiares plenamente, e que não precisam mais de amor, será que algum dia conseguirão voltar seu coração a Deus?
Ou seja, sentimentos como buscar e buscar o amor, tristezas ou a sensação de que não estamos preenchidos não surgem porque o amor não existe, mas sim, porque, na verdade, Deus está nos ensinando o seguinte: “Existe um amor muito maior do que o amor humano, sabia? Quero que você saiba disso. Eu estou te envolvendo com muito amor”. Não seria para Deus nos ensinar isso, que somos sedentos de amor? Caso contrário, se acharmos que estamos sempre preenchidos pelo amor, definitivamente não pensamos em Deus.
É por isso que eu acho que o fato de toda a humanidade estar nesse exato instante, de alguma forma, buscando o amor, é a maior prova de que Deus está envolvendo toda a humanidade, sem exceção, com um amor transbordante.
Obviamente, é difícil sentir isso. Afinal, momentos de tristeza são tristes. No entanto, no momento em que sentirmos tristezas, se reconhecermos o seguinte: “Eu vinha vivendo buscando apenas o amor do mundo humano, mas, na verdade, Deus, por querer que eu perceba o Seu amor, faz com que essa tristeza venha à tona. Quão feliz eu sou!” e conseguirmos pensar o seguinte: “Eu estou preenchido pelo amor de Deus!”, isso fará Deus se alegrar.
Deus escuta praticamente de todos os seres humanos, o dia inteiro, o seguinte: “Falta algo. Falta algo. Falta algo”. Mas, mesmo que sejamos apenas nós, se ao menos formos capazes de dizer a Deus: “É o suficiente para mim”, acho que Deus se alegrará.
Também existe o dinheiro, não é mesmo? Naturalmente, sentimos que nos falta dinheiro. É óbvio que, na medida do possível, é bom ter dinheiro. No entanto, só por estar completamente repleto de bênçãos materiais, na verdade, não significa que o coração está preenchido.
Portanto, quando sentirmos que falta dinheiro ou que queremos mais, devemos pensar: “Na verdade, neste exato momento Deus está me abençoando mais do que o suficiente. Eu estou sendo agraciado abundantemente”. Se conseguirmos fazer isso, apesar de a alegria de Deus ser invisível aos nossos olhos, somos capazes de obter esse tesouro, ou seja, a alegria de Deus.
Se vocês não pensarem dessa maneira, definitivamente ficarão dizendo que falta algo pelos próximos cinco, dez, cem ou mil anos. Vocês continuarão sempre dizendo que falta amor ou que faltam bênçãos materiais.
Logo, a única alternativa é tomar uma decisão.
Quando vocês sentem que lhes falta algo, quando vocês sentem que desejam algo: isso é para vocês conseguirem oferecer o seguinte pensamento a Deus: “Ó Deus, eu já estou abundantemente preenchido de amor e bênçãos materiais!”
Se vocês escolherem não oferecer esse tipo de pensamento, viverão suas vidas pensando que está faltando algo até o fim do tempo de vocês na Terra.
Falta um mês para o término deste ano e, antes da virada do ano, gostaria que vocês tomassem uma decisão que venha a mudar essa forma de viver. Afinal, se isso não acontecer, vocês continuarão caminhando dessa maneira, sempre pensando que está lhes faltando algo. É isso o que vocês querem?
É obvio que tomar essa decisão não significa que, imediatamente, inúmeras mudanças se tornarão concretas. Não dá para saber isso. No entanto, mesmo que a situação seja a mesma, a maneira de viver será completamente diferente da que tivemos até hoje. Sempre viemos dizendo até hoje: “Falta algo. Falta algo. Falta algo”. Mas, de agora em diante, diremos: “Eu tenho. Eu tenho. Eu tenho”.
Se conseguirmos pensar dessa maneira, então, na verdade, Deus nos dirá: “Na verdade, realmente vou te dar muito mais do que o necessário” e, com isso, talvez sejamos preenchidos de bênçãos materiais.
Deus nunca os abençoará com coisas novas até vocês se alegrarem com o que Ele já lhes deu.
Nós estamos objetivando o nascer de novo, certo? Meishu-Sama disse: “Devo lhes dizer que não é reencarnação. Pelo contrário, eu nasci de novo”. Ou seja, queremos despertar em uma vida completamente nova. Nessa circunstância, vocês querem continuar vivendo da maneira como viveram até hoje? Todos os seres humanos vivem dizendo que lhes falta algo. Então, será que a humanidade continuará de agora em diante, tanto no próximo ano como no ano seguinte, vivendo dessa maneira até morrer? Ou será que todos farão uma grande transição na maneira como viveram até hoje, mudando grandiosamente a própria maneira de viver, e viverão oferecendo a Deus o seguinte pensamento: “Ó Deus, estou preenchido pelo Vosso amor transbordante”? Precisamos pensar dessa maneira exatamente nos momentos em que estamos sedentos por algo.
Se caminharmos dessa maneira, é óbvio que Deus se alegrará. E se Deus ficar alegre, é claro que a nossa vida será bem-sucedida, não é mesmo?
Portanto, gostaria que todos nós, que somos membros da Igreja Mundial do Messias, ofertássemos a Deus o seguinte pensamento: “Ó Deus, eu estou preenchido!” Realmente nós estamos preenchidos neste exato momento, sabiam? Estamos preenchidos, neste exato momento, pelo Pai Celestial, Jeová, e, também, pela glória do Senhor, pelas bênçãos, pelas riquezas, pelo amor e pela felicidade.
Assim sendo, se formos agradecer, gostaria que todos nós, juntos, oferecêssemos a Deus, nesta época do fim de ano, nossa gratidão por estarmos preenchidos.
Muito obrigado.