Feliz Ano Novo!

Hoje é o primeiro dia de um novo ano. Será que muitos dos senhores viram o primeiro alvorecer do ano?

Eu estava em casa com a minha esposa e minhas filhas – achei que uma das minhas filhas não conseguiria acordar a tempo, mas quando me dei conta, ela estava acordada e viu o nascer do Sol conosco – e contemplei o primeiro alvorecer do ano em família.

O que eu senti e pensei enquanto olhava para os primeiros raios solares deste ano foi: separação – a separação entre o bem e o mal.

Meishu-Sama fundou a Igreja Mundial do Messias em 1950. Até então, não era Messias, mas sim, Kannon. Meishu-Sama afirmou que a salvação por Kannon é a salvação sem fazer distinção entre o bem e o mal, uma salvação que abrange qualquer pessoa.

Kannon não faz distinção entre o bem e o mal. No entanto, após a fundação da Igreja Mundial do Messias, chegou a vez do Messias aparecer. Com o surgimento do Messias, Meishu-Sama afirmou que, em vez de não fazer a distinção entre o bem e o mal, seria feita uma clara separação entre o bem e o mal.

Enquanto eu olhava para o primeiro alvorecer do ano, fiquei refletindo um pouco a respeito desse ponto, ou seja, sobre separar o bem do mal.

Então, pensei mais. Existe o direcionamento de Meishu-Sama para separar o bem do mal. Por outro lado, na sociedade, embora, obviamente, existam certos assuntos que antes eram aceitáveis e não são mais aceitáveis agora, de modo geral, há um movimento em direção da inclusão e aceitação da diversidade.

Bem, obviamente, há o pensamento de que é necessário aceitar imparcialmente as muitas maneiras com que cada ser humano manifesta seu estilo de viver.

Mas vejamos, por exemplo, a religião. O que acontece hoje é que podem existir muitas religiões e que é preciso aceitar as mais variadas religiões, certo? No entanto, Meishu-Sama afirma que fará uma separação. E ele foi avançando de forma ainda mais intensa em relação a aceitarem ou não a Igreja Mundial do Messias.

Em relação a isso, a direção de Meishu-Sama e a direção da sociedade, que afirma ser necessário aceitar qualquer religião e qualquer forma de pensar, podem até parecer direções contrárias.

Bem, realmente a verdade é uma só, não é? Mas não queremos aceitar essa verdade. Não seria por isso que nós achamos que podem existir vários tipos de pensamentos e, dessa maneira, relativizamos as coisas e evitamos com maestria a aceitação da verdade enquanto agimos dessa maneira? Também fico pensando a respeito disso.

Então, falando a respeito de ser contrário à direção de Meishu-Sama, pensemos: como nós avançávamos a Obra Divina?

Meishu-Sama fez uma mudança. Na época de Kannon, para que não houvesse distinção entre o bem e o mal, em suma, o portão era mais amplo e isso facilitava a entrada de qualquer pessoa. Mas isso mudou, pois após Kannon ter se tornado Messias, o portão foi ficando cada vez mais estreito. Meishu-Sama passou a fazer a separação.

Meishu-Sama afirmou que, ao transmitirmos a fé da Igreja Mundial do Messias, não haveria a necessidade de corrermos atrás das pessoas caso elas não entendessem, mas sim, afastá-las para longe de nós. Ele disse que, mesmo tratando-se da salvação da humanidade, Deus está ciente de quem será salvo e de quem não será e, portanto, o melhor é não correr atrás das pessoas. Não foi isso o que ele disse?

Vejam essa direção de Meishu-Sama e a direção do caminho trilhado por nós depois da ascensão de Meishu-Sama. Como foi a nossa direção? Bem, em suma, acho que ela foi contrária, não foi?

Dentre as manifestações de Kannon, há uma que é denominada Oshin Miroku. A atuação dessa divindade consiste em fazer inúmeras mudanças na maneira de salvação para se adaptar à situação em que o próximo se encontra.

Até mesmo a Oração Zenguen-Sanji, onde diz que “manifestou-se como Komyo Nyorai, transformou-se em Oshin Miroku”, mostra que ocorreu uma transformação. Aqui, transformar-se tem o sentido de “se disfarçar” e, portanto, isso mostra que, em vez de mostrar a sua verdadeira identidade, a salvação avançava enquanto a verdadeira identidade era disfarçada.

Um ditado que Meishu-Sama sempre dizia ser semelhante a essa transformação em Oshin Miroku é o wako dojin. Neste ditado, wako não significa “se harmonizar com as pessoas”, mas sim, significa “ofuscar sua luz”, ou seja, ocultar a sua verdadeira identidade, e dojin significa rebaixar-se até uma posição extremamente inferior, aparentar ser alguém comum e mundano e, dessa maneira, avançar a salvação se adequando aos outros.

A origem desse ditado, wako dojin, é um termo budista, ou seja, é considerado algo bom. Esse método consiste em reprimir seus próprios argumentos e tentar se adequar ao próximo, tentar se adequar ao que é dito na sociedade.

Contudo, Meishu-Sama, ao fundar a Igreja Mundial do Messias, além de obviamente ter colocado um ponto final na obra de Kannon, afirmou claramente que a obra de Oshin Miroku e o wako dojin haviam terminado.

Ocultar a verdadeira identidade significa, em suma, ocultar o Messias, a religião, Deus, a separação e tudo mais. Ou seja, Meishu-Sama demonstrou claramente que a época em que nos rebaixávamos ao nível do que é dito na sociedade e no mundo, a fim de avançar a salvação, havia terminado.

Meishu-Sama expressou isso em muitos salmos. No livreto contendo os Salmos de Meishu-Sama que são entoados nos cultos matinais e vesperais, há uma sequência de salmos a respeito de wako dojin e Oshin Miroku terem terminado.

Vejam, por exemplo, este:

“O tempo para realizar a divina obra / Sob Oshin Miroku já terminou, / Ou seja, a salvação pela ocultação da verdadeira identidade de alguém / Ao se misturar com os outros e / Se rebaixar para salvar os outros terminou.”

Adequar-se ao próximo e à sociedade, enquanto a verdadeira identidade é escondida, assim como era feito no wako dojin e na era de Oshin Miroku, é algo que já terminou. É obvio que Meishu-Sama não disse isso no sentido de que bastaria fazer valer nossos argumentos de forma arbitrária. É preciso ser flexível e nisso consiste a importância da adaptação e da transformação. Entretanto, com relação ao avanço da sua divina obra, como Meishu-Sama disse que já acabou o tempo de realizar a divina obra sob Oshin Miroku, ele está afirmando que a época de avançar a Obra Divina ocultando a verdadeira identidade, adequando-se à sociedade “já terminou” – já acabou há muito tempo.

Vejam outro salmo, muito parecido com o que acabei de citar:

“Finalmente, / A obra de Oshin Miroku terminou como um sonho passageiro – / A obra de salvação pela ocultação da verdadeira identidade de alguém / Ao se misturar com os outros e / Se rebaixar para salvar os outros terminou.”

Meishu-Sama disse que o tempo de avançar a Obra Divina ocultando a verdadeira identidade enquanto se mistura com os outros e se rebaixa, já terminou. Quer dizer, ele disse que “terminou como um sonho passageiro”. Isso significa que o avançar da Obra Divina dessa maneira já terminou e seus dias se passaram. Isso já é coisa do passado.

Outro salmo:

“Tomem cuidado, senhores. / Chegou a hora / Em que tiramos o manto de wako dojin: / Nosso meio de salvação focado em ocultar nossa verdadeira identidade / Enquanto nos misturamos com os outros e rebaixamos a nós mesmos.”

Esse salmo está nos mostrando que, quando formos explicar a respeito de Meishu-Sama, precisamos nos despir das vestes de wako dojin – que significa ocultar a verdadeira identidade, aparentando ser alguém mundano. Esse salmo está nos mostrando que é preciso ter coragem e determinação, para se livrar de vez desse jeito de ser, não está?

“Tomem cuidado, senhores. Chegou a hora”. Finalmente essa hora chegou, mas será que os senhores estão com o coração preparado para isso? Até hoje, apresentávamos Meishu-Sama ao mundo usando o mesmo discurso que é dito pelas pessoas na sociedade e, quando isso era bem-aceito, dizíamos: “Ah, que bom! Que bom!” Só que esse salmo está nos mostrando que a época de agir dessa maneira já terminou.

“Tomem cuidado, senhores”: essa foi a maneira como Meishu-Sama se expressou. Isso é uma advertência, não é? Existe a maneira de pensar das pessoas na sociedade, a maneira como as pessoas trilham o seu caminho. No entanto, Meishu-Sama está nos advertindo da seguinte maneira: “Deixem isso para trás, pois é preciso trilhar o caminho mostrando ao mundo nossa verdadeira identidade. Será que vocês estão determinados a aparecer para o mundo dessa forma?”

“Oh, como é inspirador / Que o Messias ressuscita / Corajosamente e sem hesitação, / Jogando fora as roupas de Oshin Miroku!”

Precisamos ser corajosos. Adequar-se ao método aplicado na sociedade é fácil. Uma vez que as pessoas na sociedade se expressam dessa maneira, naturalmente, é fácil. Porém, será que os senhores conseguem jogar fora essa roupa, ressuscitando corajosamente, sem hesitação?

Quem ressuscitou? Foi o Messias! Meishu-Sama está afirmando que ao jogar fora as roupas de Oshin Miroku, a verdadeira essência que havia por baixo delas era o Messias. É por isso que Meishu-Sama tanto enfatizou que, daquele momento em diante, seria a salvação pelo Messias, que a salvação seria realizada com o Messias em primeiro plano, e que essa hora havia chegado. Meishu-Sama está dizendo que, em vez de ocultar o Messias, devemos avançar colocando o Messias em primeiro plano, e que isso é ter coragem.

Vejam outro salmo um pouco parecido com esse:

“Até hoje, / Eu me enterrei no espírito de wako dojin, / Ou seja, no espírito de ocultar a nossa verdadeira natureza / Pelo bem da salvação dos outros. / Agora, / Eu me livro desse espírito / Dou um grande salto e tomo a dianteira!”

Senhores, trata-se de se livrar desse espírito, dar um grande salto e tomar a dianteira. Isso mostra o tamanho da alegria de Meishu-Sama. Até então, ele sempre teve que ocultar o Messias que existia dentro dele. Mas, com o surgimento da Igreja Mundial do Messias, finalmente ele pôde tomar a dianteira.

Ele deu um grande salto e tomou a dianteira, viu! Quão grande é a alegria e o vigor de Meishu-Sama! Ademais, isso não é algo que foi dito hoje. Ao escutar isso, hoje, os senhores podem pensar: “Vou me empenhar dessa maneira de agora em diante”. Só que não, não é isso, pois Meishu-Sama fez essa clara afirmação logo após ter fundado a Igreja Mundial do Messias. Ou seja, é algo que já foi dito há mais de 70 anos.

É dessa maneira que, em muitos dos seus salmos, como os que mencionei agora, Meishu-Sama afirmou que já tinha abandonado a maneira com a qual havia avançado a Obra Divina ocultando a sua verdadeira identidade, fazendo o mesmo que é dito na sociedade. Embora ele tenha afirmado claramente isso há mais de 70 anos, qual foi a postura que assumimos depois da ascensão de Meishu-Sama?

O caminho trilhado por nós depois da ascensão de Meishu-Sama consistiu em ocultar a religião, ocultar Deus e rebaixar o que Meishu-Sama disse ao mesmo nível do que é dito na sociedade. E nós estávamos convencidos de que isso era “levar Meishu-Sama para o mundo”.

Será que não estávamos acostumados a dizer: “Levar Meishu-Sama para mundo”? Será que não pensávamos que ter Meishu-Sama aceito pela sociedade era o mesmo que levar Meishu-Sama para o mundo?

Mas os salmos que citei agora deixam bem claro que Meishu-Sama queria mesmo era levar o Messias para o mundo. Apesar disso, achávamos que o termo Messias, por ter uma conotação religiosa, seria um empecilho para levar Meishu-Sama para o mundo. Não era esse o pensamento que tínhamos?

Por assim ser, saibam que, caso o Meishu-Sama que apresentávamos, rebaixando-o ao nível do que é dito na sociedade, fosse aceito, mesmo que disséssemos: “Conseguimos levar Meishu-Sama para o mundo!”, isso seria um completo equívoco, um total equívoco.

É por isso que, simbolicamente falando, também estávamos diretamente envolvidos com tudo isso, ou seja, com o método que rebaixava Meishu-Sama ao nível do que é dito na sociedade, ocultando a religião, ao promover atividades da MOA como, por exemplo, o Museu MOA.

Também mudamos o Johrei para expressões que são aceitas na sociedade. Atividades com a Arte também foram transmitidas conforme é dito na sociedade. A agricultura também foi mudada para o que é dito na sociedade.

Por mais que Meishu-Sama seja levado para o mundo dessa maneira, sua verdadeira identidade está sendo ocultada. Só que Meishu-Sama afirmou, há mais de 70 anos, que a época de atuar dessa maneira havia terminado!

Apesar disso, em vez de apresentar o Messias, criamos uma imagem de Meishu-Sama que consiste na personificação do amor de Meishu-Sama e no amor altruísta de Meishu-Sama. Então, passamos a considerar que o desejo de Meishu-Sama era o de fazermos algo pelo bem do mundo. Achávamos que ao agir dessa maneira, já que a sociedade tem incentivado atividades voltadas ao bem do próximo, poderíamos dizer que as pessoas na sociedade também possuem o espírito do amor altruísta de Meishu-Sama, dizer que elas são prestativas, que é bom poder fazer algo em comunhão com essas pessoas, avançar a Obra Divina e concretizar o desejo de Meishu-Sama. Foi dessa maneira que todos nós agimos até hoje, não foi?

Nós naturalmente fomos contra Meishu-Sama e cometemos inúmeras violações dos ensinamentos. Mas, em relação ao que eu estou lhes dizendo agora, isso vai além de uma violação dos ensinamentos, pois assumimos uma direção errada, contrária à que Meishu-Sama nos indicou, desde o primeiro passo.

Apesar disso, embora Kyoshu-Sama estivesse tentando apresentar o Messias – o que Meishu-Sama realmente desejava – será que não dizíamos que era Kyoshu-Sama quem estava violando os ensinamentos e que suas palavras não faziam sentido?

Na verdade, o sentimento de Meishu-Sama ao dizer que deu um grande salto e tomou a dianteira está totalmente imbuído em Kyoshu-Sama, não está? É por isso que Kyoshu-Sama sentiu que ele precisava, a qualquer custo, manifestar esse sentimento.

No salmo que citei há pouco, Meishu-Sama disse: “Até hoje, eu me enterrei no espírito de wako dojin”. Ao dizer isso, ele nos mostrou que, há mais de 70 anos, finalmente ele conseguiu sair de onde estava enterrado. Apesar disso, estávamos tentando enterrá-lo vivo mais uma vez.

Embora Meishu-Sama tenha dito que deu um grande salto e tomou a dianteira, de nossa parte, dissemos que a divina obra de Meishu-Sama não era para apresentar o Messias ao mundo, que não era religião e que não tinha nada a ver com Deus. Acho que Meishu-Sama já não suportava mais isso.

Kyoshu-Sama tem uma postura totalmente inabalável porque Meishu-Sama, dentro de Kyoshu-Sama, pensou o seguinte: “Não permitirei mais que eu seja enterrado”, não pensou?

Mesmo com relação ao Messias, é fácil dizer dentro da nossa Igreja: “Eu aceito o Messias”, afirmando que somente Meishu-Sama é o Messias.

No entanto, o que Meishu-Sama diz acerca do Messias definitivamente inclui Jesus Cristo. Jesus está cem por cento incluso naquilo que Meishu-Sama diz.

Em uma entrevista que Meishu-Sama concedeu por ocasião da fundação da Igreja Mundial do Messias, o repórter, com relação à fundação da Igreja Mundial do Messias, fez a seguinte pergunta para Meishu-Sama: “O termo ‘Messias’ é comumente associado a Jesus Cristo. Qual é a sua relação com a fundação da Igreja Mundial do Messias?”

Acerca disso, Meishu-Sama iniciou sua resposta dizendo que, realmente, no Ocidente, Jesus é chamado de Messias, mas ainda não se tem uma definição concreta desse termo. E Meishu-Sama continuou sua resposta afirmando que Deus não pôde manifestar Seu verdadeiro poder até a primeira metade do século XX, mas que, finalmente, a partir da segunda metade do século XX, Deus revelará o Seu poder. Acerca do que aconteceria com isso, Meishu-Sama disse que, no Ocidente, o Cristo demonstrará o seu verdadeiro potencial e, no Oriente, o Messias sem dúvida manifestará o seu verdadeiro poder divino também, sendo que isso não pode ser entendido através dos conceitos religiosos que tivemos até hoje, pois aparecerá um poder divino mais místico e grandioso. Foi isso que Meishu-Sama respondeu.

Essa pergunta está diretamente relacionada a Jesus. Além disso, foi numa entrevista que foi feita em um momento extremamente importante, exatamente logo após a fundação da Igreja Mundial do Messias. Se Jesus Cristo não fosse o Messias, Meishu-Sama teria afirmado claramente isso naquele momento. Ele teria dito: “Somente eu sou o Messias. Jesus não é o Messias”.

Mas Meishu-Sama, além de não dizer isso, afirmou que, com o surgimento da Igreja Mundial do Messias, Deus revelará um poder ainda maior e que, no Ocidente, o Cristo demonstrará o seu verdadeiro potencial e, no Oriente, o Messias manifestará o seu poder.

Acho que, aqui, certamente o termo Messias em “no Oriente, o Messias” é uma referência que Meishu-Sama fez à sua própria obra. Por assim ser, ele estava dizendo que, no Oriente, a Igreja Mundial do Messias, no Ocidente, Cristo manifestarão cada vez mais o seu poder.

Ou seja, para Meishu-Sama, ambos são um só. Jesus e ele são um só. Se naquela ocasião Jesus Cristo não estivesse incluído dentro do Messias, sobre o qual Meishu-Sama estava dizendo, ele teria afirmado isso claramente. Meishu-Sama teria dito que Jesus não era o Messias, que somente ele próprio era o Messias e que, daquele momento em diante, somente ele manifestaria o seu poder. Afinal, foi uma pergunta diretamente relacionada a Jesus.

Também há o seguinte salmo:

“Rodeado por gritos alegres e retumbantes de Aleluia! / O Messias-Cristo desce. / E, ah, ele desce tão silenciosamente!”

Como vocês compreendem esse salmo? Nele, Meishu-Sama usa a expressão Messias-Cristo. Ou seja, isso não significa que Messias e Cristo desceram, os dois, como existências separadas uma da outra, não é mesmo?

Meishu-Sama recebeu a alma que é Cristo e, ao mesmo tempo, é Messias. Essa é a alma que também se alojou em Jesus e, agora, Kyoshu-Sama está nos transmitindo que, tendo Meishu-Sama como modelo, cada um de nós também precisa aceitar essa alma Messias-Cristo.

Também há as Sagradas Palavras que mencionam uma escola cristã, certo? Nelas, um membro diz para Meishu-Sama que a sua filha estava frequentando uma escola cristã e, ao escutar isso, Meishu-Sama perguntou qual era o problema. Então, o membro disse que sua filha orava para Jesus Cristo quando estava na escola e para Kannon quando estava em casa. Bem, apesar de aqui esse membro dizer Kannon, na prática, ele estava se referindo a Meishu-Sama. Agora, o que Meishu-Sama disse ao escutar isso? Meishu-Sama disse o seguinte: “Cristo e Kannon são a mesma coisa” e “Cristo é Kannon no Ocidente e Kannon é Cristo no Oriente”. Foi isso o que ele disse, não foi?

Eles são um só! Definitivamente, eles são um só, viu! Meishu-Sama, ao dizer a palavra Messias, definitivamente via tanto a atuação de Jesus Cristo quanto a sua própria atuação como uma única atuação.

Pensando dessa maneira, vejam a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, sobre a qual muito tem se falado ultimamente.

O primeiro salmo entoado no culto de hoje foi:

“Nestes dias, / Meu coração palpita de expectativa, / Pois está se aproximando o dia / Em que meu sonho se tornará realidade!”

Acho que essa expressão “meu sonho” pode ser substituída por “Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias”. Afinal, está se aproximando o dia em que o sonho de Meishu-Sama se tornará realidade.

Naturalmente, a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias é uma celebração. Uma grandiosa celebração e um grandioso acontecimento histórico. Mas, ao mesmo tempo, uma vez que vamos nos envolver nesse evento, vamos participar dele, já não há mais como darmos um passo para trás.

Até hoje, estávamos cientes de que Meishu-Sama celebrou a Cerimônia Provisória da Comemoração do Nascimento do Messias e que a verdadeira cerimônia ainda não havia sido celebrada. No entanto, a aceitação religiosa que viemos tendo foi a seguinte: o significado da verdadeira cerimônia é cada um de nós determinar no seu coração que seguirá os passos de Meishu-Sama, trilhando o caminho rumo ao nascer de novo.

Porém, depois de realmente celebrarmos a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias aqui na Terra, não há mais como darmos um passo para trás.

Participar da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias significa vocês tomarem a seguinte decisão em sua mente: “Sob Kyoshu-Sama, irei seguir os passos de Jesus Cristo e Meishu-Sama, e trilharei o caminho do nascer de novo como Messias”.

Mesmo se tivermos participado dessa verdadeira cerimônia, se decidirmos que não trilharemos mais esse caminho depois dela, já não teremos mais uma segunda chance.

Por assim ser, naturalmente será uma celebração muito séria, e será necessário tomarmos uma decisão. Isto porque, uma vez que vocês estiverem presentes nela, Deus lhes dirá: “Então, Eu te considerarei uma existência como essa de agora em diante”. Por se tratar do caminho pelo qual nos tornaremos filhos de Deus, também se trata de um caminho de júbilo, mas como Deus é o nosso verdadeiro Pai, Ele também é severo. Logo, participar dessa cerimônia significa entrar nesse caminho. Será que os senhores realmente estão prontos para tomar essa decisão? Não devemos apenas dizer: “Ah, que cerimônia maravilhosa”.

Antes de tudo, apesar de termos recebido inúmeras orientações de Kyoshu-Sama até hoje, será que não viemos pensando que somente Meishu-Sama é o Messias, que o que Kyoshu-Sama está dizendo não faz sentido ou que relacionar-se com o cristianismo não faz sentido?

Se fizermos críticas como essas, então, o melhor a ser feito não seria celebrar uma Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias que tem Meishu-Sama como o único Messias?

Bem, talvez um indivíduo ou uma organização pequena seja capaz de celebrar uma cerimônia especial como essa. Porém, se uma organização religiosa relativamente grande celebrar uma Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias que tem Meishu-Sama como o único Messias, isso seria o mesmo que negar Jesus Cristo perante o mundo. Seria o mesmo que negar o cristianismo – uma declaração de entrar em confronto com o cristianismo. Isso seria entrar em um mundo de competição para saber quem é o verdadeiro Messias.

Agora, eu até entenderia isso se alguém tivesse a coragem de celebrar uma Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias que tem Meishu-Sama como o único Messias e criticasse Kyoshu-Sama.

Mas nem isso nós fazemos, não é mesmo? Apesar de não fazermos isso, estamos dizendo o seguinte para Kyoshu-Sama: “Meishu-Sama é o único Messias e, portanto, não faz sentido nos relacionarmos com o cristianismo”. Nossa atitude mostra o quanto somos covardes!

Se os senhores realmente mantiverem a postura de criticar Kyoshu-Sama, então, vocês precisam realizar uma Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias que tem Meishu-Sama como o único Messias. Era essa cerimônia que os senhores deveriam celebrar. Ademais, os senhores deveriam declarar claramente à sociedade o seguinte: “Somos uma religião que se opõe ao cristianismo”, não deveriam?

Mas Meishu-Sama, quando fundou a Igreja Mundial do Messias, não disse: “Vou me opor ao cristianismo”, não é? Pelo contrário, ele disse que iria atuar em consonância com o cristianismo, não disse?

Definitivamente, Meishu-Sama aceita Jesus Cristo.

Penso, portanto, que isso tenha sido uma separação. Será que vocês querem celebrar uma Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias que tem Meishu-Sama como o único Messias, negar Jesus e se opor ao cristianismo? Ou, será que vocês aceitarão Jesus e o cristianismo, celebrando a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias que Meishu-Sama realmente deseja, sob a liderança de Kyoshu-Sama?

Afinal, a respeito do termo Messias, Meishu-Sama afirmou o seguinte: “Isso não pode ser entendido através dos conceitos religiosos que tivemos até hoje”. E o que vem a ser o conceito religioso que tivemos até hoje com relação ao Messias? Isso era pensar que somente existia um Messias, certo?

Mas Meishu-Sama, por ocasião do nascimento da Igreja Mundial do Messias, disse que Jesus Cristo também manifestaria o seu poder e, portanto, a divina obra da Igreja Mundial do Messias avança em comunhão com Jesus.

Logo, o que aconteceu através da atual purificação na Igreja foi uma separação de tudo o que tem relação com o Messias, tudo o que tem relação com Jesus, certo?

Entretanto, Meishu-Sama disse que se trata de uma separação entre o bem e o mal, não disse? Ele disse que Deus fará uma clara separação entre o bem e o mal, não disse? Kannon não fazia distinção entre o bem e o mal, mas o Messias faz uma clara separação entre o bem e o mal.

Naturalmente, também existe a teoria de que, quem aceita o Messias é o bem, enquanto quem não aceita o Messias é o mal. Só que não dá para dizer claramente quem é o que, pois não está tão claro assim. Isso porque, mesmo afirmando a aceitação do Messias, existem vários níveis de aceitação, não existem? Há momentos em que se consegue pensar dessa maneira, e momentos em que não se consegue pensar assim, certo?

Mas Meishu-Sama afirmou que seria feita uma clara separação entre o bem e o mal. Uma clara separação. Ou seja, algo que toda e qualquer pessoa seria capaz de notar, certo? Ao mesmo tempo, Meishu-Sama também disse que haveria uma separação entre os membros da Igreja Mundial do Messias. Em seus últimos anos de vida, ele disse que restaria apenas cerca de vinte por cento.

Assim sendo, pode surgir o seguinte: “Separação entre o bem e o mal? Separação entre os membros da Igreja Mundial do Messias? O que é isso?” Acerca disso, cheguei a pensar que esse assunto já tinha ficado para trás, mas, na verdade, não é isso. Há algo que, recentemente, fez-me pensar: “Ah, será que não foi isso?” Ou seja, trata-se do ato de seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém.

O ato de seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém até pode ser tolerado na sociedade, caso haja uma boa razão para ser feito, não pode? Porém, e quanto a nós, que somos pessoas de fé? E quanto a nós, que somos pessoas que acreditam no julgamento e no poder de Deus? Isso nada mais é do que um ato maligno, senhores. Seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém é um ato maligno.

Vejam este salmo de Meishu-Sama:

“Saibam todos disto. / Fazer algo pelas costas de alguém, / Fazer algo contra alguém sem ser visto, / É o mesmo que roubar.”

Seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém é o mesmo que fazer algo pelas costas de alguém. Esse ato terrível, para Meishu-Sama, é o mesmo que roubar, ou seja, é o mesmo ato que é cometido por um ladrão. Um ladrão, sem sombra de dúvidas, é uma pessoa maligna.

Ao escutar isso, talvez haja pessoas entre os senhores que pensem: “Eu não quero ouvir tantas vezes esse assunto”. No entanto, Meishu-Sama era uma pessoa que até quis ser dono de uma empresa jornalística para trazer a justiça social e corrigir os erros do mundo. Meishu-Sama era uma pessoa que tinha como fundamento manter-se no que é correto. Então, se houver entre os senhores pessoas que pensam: “Eu não quero mais ouvir esse assunto”, saibam que esse pensamento, por si só, demonstra o quanto essas pessoas se esqueceram e se afastaram do senso de justiça de Meishu-Sama.

Cometer um ato como esse, estar ligado às Igrejas que consentem esse ato e reconhecer essas Igrejas é, por fim, o mesmo que aceitar e tolerar um ato que, para Meishu-Sama, é uma ladroagem. Afinal, Meishu-Sama disse que fazer algo pelas costas de alguém é o mesmo que roubar, não disse?

O ato de seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém: se somos seguidores de Meishu-Sama, a possibilidade desse ato ser justificado é zero. Zero. Obviamente, ainda resta o arrependimento para toda e qualquer pessoa.

Por assim ser, acho que houve uma clara separação entre o bem e o mal através da atual purificação na Igreja. Está claro quem são as pessoas que cometeram o ato de seguir sorrateiramente outra pessoa, as pessoas que aceitam esse ato e as pessoas que, embora saibam superficialmente que algo aconteceu, continuam sendo membros e ministros ligados às pessoas que se consideram a diretoria da Igreja Messiânica Mundial. Isso, acredito eu, é uma separação.

Pessoas que aprovam este ato vergonhoso e pessoas que não o aprovam. Sabem o que mais? Essa separação não termina apenas aqui. Aprovar esse tipo de ato significa muito mais do que isso.

Por exemplo, Meishu-Sama sempre deu muita importância para o amor ao próximo, certo? Ele disse que era para nos colocarmos no lugar de outras pessoas, agirmos e amarmos o próximo. Sendo esse o caso, seguir sorrateiramente alguém é, em absoluto, algo que não expressa o amor ao próximo.

E vejam o método que eles adotaram. Vejam o método adotado quando eles acharam que havia uma pessoa que era inconveniente para eles. Esse método não foi tentar solucionar a questão por meio da conversação, não. Eles não disseram: “Kyoshu-Sama, o senhor pode nos escutar um pouco, por favor?” Não, não foi isso. Em vez disso, eles escolheram seguir Kyoshu-Sama, sem que ele percebesse, em seus momentos de privacidade. Ou seja, eles adotaram o método de segui-lo, filmar sua privacidade e usar informações que eles obtiveram para tentar fazer com que Kyoshu-Sama obedecesse ao que eles diziam. Isso é muito sério. Definitivamente, não existe amor ao próximo nisso.

“Ah, tentamos conversar várias vezes, mas ele não nos ouviu”. É sério isso? Será que tem como admitir adotar esse método caso uma das partes não queria ouvir? É óbvio que isso é inadmissível. Para aqueles que se consideram seguidores de Meishu-Sama, o ato de seguir sorrateiramente alguém jamais pode ser justificado, não importa qual seja a razão. Como seguidores de Meishu-Sama, aqueles que tentam justificar esse ato estão fora.

Através da separação entre as pessoas que aprovam o ato de seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém daquelas que não aprovam esse ato, também houve uma separação entre as pessoas que aceitam o conceito básico de amor ao próximo que Meishu-Sama nos ensinou daquelas que não o aceitam. Tivemos uma separação entre as pessoas que assimilam o que Meishu-Sama ensina acerca do amor ao próximo daquelas que não o fazem.

Por isso, cometer ou aceitar um ato como esse e ainda ficar ensinando às outras pessoas o amor ao próximo de Meishu-Sama, dizendo que o amor ao próximo é importante, é o mesmo que cometer uma fraude, e nada mais.

Agora, pensemos: será que o local onde estão pessoas de fé que cometem esse ato é um Paraíso na Terra? Aqueles que cometeram e consentem com esse ato terrível desistiram de realizar a construção do Paraíso Terrestre, não desistiram? Isso não é uma teoria vaga, pois o próprio estilo de vida dessas pessoas mostra que eles já desistiram. Logo, isso também foi separado.

A construção do Paraíso na Terra. Eles abandonaram o ideal de inspirar as pessoas ao seu redor, através do seu estilo de vida, incentivando o próximo a se tornar uma existência realmente pura, não abandonaram?

Os Solos Sagrados são protótipos do Paraíso Terrestre, certo? Só que, uma vez que um ato terrível como esse foi cometido, não há sentido nenhum em dizer: “Nossa, que bom! É o Solo Sagrado! É o museu!”

Além disso, adentrando um pouco no conteúdo obtido através desse ato, Meishu-Sama, ao ser questionado sobre a possibilidade de a paz mundial ser concretizada pela força da religião, respondeu: “Acredito em absoluto!”. E ele também disse que ao unirmos forças com os cristãos, batalhando seriamente, será possível estabelecer a paz mundial. Então, se eles veem problemas em Kyoshu-Sama estar se relacionando com os cristãos, será que isso não significa que eles já desistiram da paz mundial? Que desistiram de concretizar a paz mundial?

Assim sendo, aceitar o ato de seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém, bem como ver com estranheza o relacionamento com os cristãos, significa abandonar o estabelecimento da paz mundial que Meishu-Sama afirmou.

Significa, também, que simplesmente estão negando o trabalho em conjunto com outras religiões para criação de um mundo melhor.

Esse ato de seguir e filmar secretamente pessoas, além do que está relacionado a isso, a abordagem ameaçadora contra alguém que é inconveniente e, além disso, o resultado de separar aqueles que aceitam isso daqueles que não aceitam: alguns podem achar que isso não é grande coisa. Mas, por fim o resultado foi uma separação entre o aceitar ou não o espírito de amor ao próximo de Meishu-Sama; se vão ou não avançar a construção do Paraíso Terrestre; se vão ou não viver para o estabelecimento da paz mundial; se vão ou não trabalhar em comunhão com outras religiões e fazer com que o mundo seja um lugar melhor.

Ou seja, a ocorrência dessa separação significa que, através da atual purificação na Igreja, houve, na prática, uma separação entre quem são os seguidores de Meishu-Sama e aqueles que não são.

Afinal, trata-se do amor ao próximo, da construção do Paraíso na Terra e da paz mundial, certo? Se tudo isso foi excluído, então, já não é mais a Obra Divina de Meishu-Sama, não é mesmo?

Essa separação, que consiste em aceitar ou não o ato de seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém, é muito fácil de ser compreendida. Mas acreditar ou não em Deus não é tão claro assim, não é? Afinal, o que acontece é que existem pessoas que acreditam 50 por cento, outras que acreditarem 70 por cento e outros níveis mais.

Mas não é isso. Deus nos mostrou claramente quem aceitou e quem não aceitou o ato de seguir sorrateiramente alguém. E, com isso, Ele fez uma clara separação entre aqueles que são seguidores de Meishu-Sama e aqueles que não são.

Bem, com relação às pessoas que aceitam um ato como esse, não há como dizer para Meishu-Sama: “Estas pessoas são seus seguidores”, não é? Pessoas como essas já não são mais seguidores de Meishu-Sama.

Obviamente, caso elas venham a se arrepender, será diferente. Mas se elas ainda ficarem procurando alguma razão para justificar um ato como esse, se não se arrependerem e continuarem afirmando que Kyoshu-Sama é esquisito e que, por isso, expulsaram Kyoshu-Sama, então, para essas pessoas eu digo: “Vocês já não são mais seguidores de Meishu-Sama”.

Falando acerca de situações como as relacionadas a um processo judicial e outras mais, termos como “autoproclamado” são utilizados para identificar a parte que quer se mostrar como a legítima. Mas, em relação ao que eu disse agora, aquelas pessoas que expulsaram Kyoshu-Sama realmente estão apenas se autoproclamando como sendo seguidores de Meishu-Sama.

Embora eles já não tenham mais nenhuma relação com Meishu-Sama, agem como bem entendem e reverenciam a Imagem da Luz Divina escrita por Meishu-Sama e usam descaradamente o patrimônio que Meishu-Sama deixou. É isso, e nada mais.

Kyoshu-Sama se aproximou de nós trazendo consigo o Messias. Além do mais, em vez de apresentar uma história fictícia, ele nos disse que o Messias está dentro de nós. É por isso que não tivemos como fugir. É por não ter como fugir que, em outras palavras, o espírito maligno que habita em nós, entrou em desespero, dizendo: “Isso é terrível. É preciso fazer algo. Preciso impedi-lo. Preciso contê-lo”. E, com isso, algumas pessoas foram encarregadas de assumir esse ato.

É exatamente como Meishu-Sama compôs no seguinte salmo:

“Quão maravilhosa e temerosa é a sagrada obra do Messias! / Ele exerce seu poder / E separa o Bem do Mal.”

O Messias surgiu e se aproximou de nós. Foi por causa disso que um ato covarde como esse se manifestou de forma tão clara, não foi? De forma clara. Ou seja, foi por ter se sentido encurralado que o espírito maligno se manifestou através de um ato como esse.

Assim sendo, o bem e o mal se tornaram claros, a ponto de qualquer pessoa ser capaz de enxergá-los, e fomos obrigados a fazer uma escolha.

Meishu-Sama afirmou que a maioria das pessoas fazem parte do “Partido dos Indecisos” e estão destinadas a ter que, um dia, tomarem uma decisão. Foi exatamente o que aconteceu desta vez, não foi?

O que aconteceu foi o seguinte: tivemos que tomar uma decisão. Caso ainda existam pessoas que não tomaram sua decisão, acho melhor decidirem rápido. É dessa maneira que Deus fez a separação.

Então, seria fácil para nós concluir esse assunto dizendo que nós somos do bem e aquelas pessoas são do mal. Seria muito fácil concluir esse assunto dizendo: “Isso mesmo! Nós é que estamos certos! Nós somos do bem! Nós somos os membros que foram aceitos por Meishu-Sama!”

É óbvio que a decisão tomada pelos senhores foi realmente preciosa. Mas, na verdade, esse assunto não termina por aqui.

Naturalmente, queremos pôr um ponto final nisso, dizendo: “Então, uma vez que somos do bem, vamos nos empenhar durante todo o ano!” No entanto, não é bem assim. Afinal, o que está dentro da esfera do mal não é um assunto alheio. Definitivamente, não é um assunto alheio.

O que eu imagino ao escutar a frase “sem fazer a distinção entre o bem e o mal” é algo semelhante a um céu nublado. O Sol não apareceu, por isso, o céu está nublado. Nesse período, como o Sol não aparecia, não era possível identificar as sombras e nada ficava claro.

Porém, independentemente de não conseguirmos identificar claramente o que era o bem e o que era o mal, por termos correspondido com um “sim” ao chamado de Deus, que nos dizia: “Venham até Mim”, então, fomos salvos.

Só que a maioria das pessoas não foi até Deus agindo dessa maneira e, portanto, Deus fez com que o Sol aparecesse, irradiando os raios solares da Luz do Messias por entre as nuvens.

Com o surgimento da Luz, passou a ser possível identificar as sombras, certo? Logo, finalmente foi possível saber o que é o bem e o que é o mal. Essa é a nossa situação atual, certo? Ao identificarmos as sombras, dizemos que aquelas pessoas são ruins, que o ato de seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém é um ato maligno e que as pessoas que negam Jesus, bem como aquelas que negam a atuação em consonância com os cristãos, são pessoas más. E ao dizermos isso, colocamo-nos na posição de quem está do lado do bem. Essa é a nossa situação atual, não é?

Conforme o Sol surgiu por entre as nuvens, agora, vemos claramente as sombras. Com isso, pensamos que nós estamos do lado do Sol e que aquelas pessoas estão do lado da sombra, certo?

Na verdade, porém, não termina por aqui, não é?

Meishu-Sama compôs o seguinte salmo:

“No centro do céu, / O Sol brilha tão radiante e brilhante / Que nem mesmo as sombras / Daqueles que estão em pé na Terra / Podem ser vistas.”

Ou seja, esse salmo está nos dizendo: é no “centro do céu”, bem no meio do céu, que o Sol está brilhando de forma tão radiante e brilhante, um brilho tão intenso que ofusca os nossos olhos. Por brilhar tanto assim, sequer é possível enxergar a sombra de quem está em pé aqui na Terra.

Agora, qual é o sentido desse salmo?

Vejamos: pela luz solar que incide sobre a Terra, conseguimos ver as sombras, certo? É possível ver as sombras mesmo na linha do equador, ou seja, a incidência mais intensa da luz solar não faz com que as sombras desapareçam. Assim sendo, o Sol nesse salmo não é o Sol físico. Ele não é outro senão o sol espiritual, certo? E esse sol invisível está brilhando no centro do céu, no coração do céu. Então, isso significa que esse sol espiritual está brilhando esplendorosamente no centro da nossa existência, no centro de cada um de nós, e aqueles que “estão em pé na Terra” são as muitas pessoas que existem dentro de nós. Em suma, são os inúmeros elementos, todas as inúmeras posturas, de todos aqueles que estão sendo iluminados pelo sol espiritual.

Portanto, quando dizemos que seguir, grampear conversas e filmar secretamente alguém é um mal ou que aquelas pessoas são terríveis, nesses momentos, estamos olhando para essas sombras. Estamos julgando o que é o bem e o que é o mal, e apenas dizendo: “Aquelas pessoas são más e estas pessoas são boas”. É isso, e nada mais.

Isso significa que se continuarmos só olhando para essas sombras, dizendo que nós somos do bem e as outras pessoas são do mal, a conclusão desse assunto será: nós estamos do lado das pessoas boas, e aquelas pessoas más existiram por aí, e ponto final.

Entretanto, passar a não enxergar uma sombra significa aceitar essa situação da seguinte maneira: “Ah, a postura dessas pessoas más, essa sombra, por incrível que pareça era a minha própria postura! Ó Deus, em nome do Messias, que é uno a Meishu-Sama, o Senhor perdoou essa minha postura!” Vejam bem: não é a postura alheia, não! É a “minha” postura, sabiam? A postura de não ter amor ao próximo; a postura de rejeitar a paz mundial. Essa é a “minha” postura.

Assim sendo, se Deus acolher essa nossa postura, então, a sombra deixa de ser sombra e passa a ser Luz. Tudo aquilo que até hoje considerávamos ser sombras, o que pensávamos ser o mal, se tudo isso estiver envolvido pela Luz de Deus, tudo passará a ser Luz. Assim sendo, as sombras já não existirão mais.

Certamente, dentro de nós, existem os pecados que foram cometidos por muitas pessoas. Se falarmos sobre os assuntos referentes à Igreja, obviamente, tem a questão referente a seguir sorrateiramente Kyoshu-Sama, mas não é só isso, pois em nosso cotidiano, diariamente muitas sombras nos são mostradas.

Pode ser uma sensação desagradável ao nos encontrarmos com alguém, ou podem ser vários assuntos envolvendo a família, os filhos e o trabalho. Nós estamos sempre vendo sombras, não estamos?

Entretanto, se ficar só falando: “Bem, esse problema é uma chatice”, “Aquelas pessoas são terríveis”, “Eu não faço essas coisas”, vão acabar apenas concluindo: “Foi uma separação entre o bem e o mal”, e ponto final. Isso seria o mesmo que mergulhar na autossatisfação de achar que está no lado da Luz e que quem está no lado da sombra são pessoas más, e ponto final.

Entretanto, há uma luz que até dissipa as sombras. A luz solar não pode fazer isso, certo? Se vocês forem envolvidos pela Luz de Deus, as sombras podem ser dissipadas. Não importa o quanto vocês se sintam deprimidos ou desanimados, não importa o quão profunda seja a escuridão dentro de vocês, Deus está nos dizendo que Ele nos iluminará com uma Luz tão brilhante que todas as sombras dentro de nós desaparecerão.

Com relação a esse salmo, não adianta nada aceitá-lo como sendo apenas a verdade. Não adianta dizer que, um dia, as sombras desaparecerão. Em vez disso, se os senhores não manifestarem a sua vontade para Deus, dizendo: “Ó Deus, esta sombra é a minha postura”, o seu estilo de vida sempre será aquele que apenas olha para essa sombra e diz: “Eu sou o bem; eu sou a Luz. Aquelas pessoas são o mal; elas são sombras”.

O caminho trilhado pela humanidade até hoje – o estilo de vida que cada um de nós teve – parece que está ligado ao bem e ao mal, certo? No entanto, se tudo isso for envolvido pela Luz que dissipa até mesmo uma sombra, conseguiremos fazer com que tudo se torne Luz.

O que é bom, é bom. No entanto, a realidade é que também existem coisas ruins, não existem? O que nós faremos com isso? Não adianta nada fazer de conta que isso não tem nenhuma relação conosco e viver como se fossemos hipócritas. Afinal, nós viemos ao mundo em prol da salvação.

O primeiro alvorecer do ano. Quando os primeiros raios solares do ano despontam no Horizonte, sentimos que é algo auspicioso, sentimos gratidão, não sentimos? Entretanto, o dia 2 de janeiro já não é mais o primeiro alvorecer do ano. Ao vermos o primeiro alvorecer no dia 1º de janeiro, sentimos gratidão, não é mesmo? Só que, dentro de nós, sempre existirá uma Luz gratificante que transcende totalmente o primeiro alvorecer.

Essa Luz está sempre nos iluminando, e Deus está nos dizendo: “Por maior que seja a escuridão, Eu farei com que a Luz dissipe essa sombra. Eu te envolverei na Luz. Não importa o que aconteça, Eu te perdoo”.

Quando vocês escutam a palavra “perdão”, alguns de vocês podem pensar imediatamente o seguinte: “Eu escuto o que você está dizendo, mas eu jamais perdoarei essa pessoa”. Sabem o que mais? Ter esse tipo de pensamento, por si só, já foi perdoado! “Eu jamais perdoarei essa pessoa” – Deus já concedeu Seu perdão a esse tipo de sentimento, também.

No dia de Ano-Novo, muitos assistem ao nascer do Sol, o primeiro alvorecer do ano, certo? Não o apreciem apenas para dizer: “Oh, que majestoso”. Em vez disso, digam: “Na verdade, a mais majestosa e brilhante de todas as luzes existe dentro de mim!” Digam: “Dentro de mim, há uma Luz gloriosa que pode dissipar qualquer escuridão, qualquer sombra que eu tenha!”

Senhores, essa Luz que pode dissipar qualquer sombra e que existe dentro de nós é a Luz do Johrei: a verdadeira Luz do Johrei, a Luz que nunca desaparece.

Essa Luz não é como a luz do alvorecer no dia de Ano-Novo, que dura apenas um dia, ou a Luz que é emitida apenas quando vocês levantam a mão. Agora que os senhores sabem disso, já não há mais com o que se preocupar. Vocês não precisam mais ficar se preocupando dizendo coisas como: “Preciso internar meu filho. Que preocupação. Não posso ir ministrar Johrei nele”, sabiam? Mas se vocês não aceitarem essa Luz, só terão preocupações, preocupações e preocupações. Ficarão sempre preocupados se está tudo bem, só porque não conseguiram ministrar Johrei.

Kyoshu-Sama deixou de fazer o Johrei nos cultos. Porém, Kyoshu-Sama sempre ministrou Johrei nos cultos até hoje porque queria que soubéssemos o seguinte: “A Luz existe dentro de vocês, não existe?” e “A mão de Deus existe, não existe?” E nós já não sabemos disso muito bem?

O coração que acredita nisso veio sendo cultivado dentro dos senhores e, portanto, acho que Meishu-Sama está lhes dizendo o seguinte: “Avancem para o próximo estágio. Joguem fora tudo o que houve até hoje e avancem para o próximo estágio”. Acho que esse é o sentido de “Dou um grande salto e tomo a dianteira”, no salmo que citei há pouco.

A nova e verdadeira Luz não é algo tão insignificante que só sai quando vocês levantam a sua mão! Quero que todos saibam disto: Deus ministra o Seu Johrei em toda a humanidade a toda hora.

Existem as Palavras de Luz, certo?

“Deus é Luz. / E onde há Luz, paz, felicidade e alegria são abundantes. /Na escuridão, permeiam-se o conflito, a pobreza e a doença. / Vós que desejais Luz e prosperidade, vinde! / Vinde à Luz e chamai o nome do Messias! / Assim sereis salvos.”

Tudo já está imbuído nestas palavras. Tudo está imbuído nas Palavras de Luz.

No entanto, ao escutarmos “Deus é Luz”, imaginamos somente o lado que é iluminado pela Luz, certo? O que nós dizemos é apenas que fomos curados, que não há cura e apresentamos resultados científicos.

Porém, uma vez que Meishu-Sama está nos mostrando a Luz e, por ele estar dizendo: “Vinde!”, ele está nos chamando para irmos até à Luz. Ele está nos dizendo: “Se vocês virem a Luz, então, regressem ao local de origem da Luz”. Em vez de fazer isso, estamos olhando apenas para o que foi iluminado: as sombras, doenças que foram curadas e doenças que não foram curadas.

Meishu-Sama está nos dizendo: “Se a doença foi curada e vocês souberam a respeito da Luz, então, regressem até o local de origem da Luz. Mesmo que apareça algo como uma sombra, chamem o nome do Messias”. Se assim o fizermos, então, nós seremos salvos, pois ele disse: “Assim sereis salvos”. As sombras se tornarão Luz, não se tornarão?

Tudo está imbuído nas Palavras de Luz. Toda a salvação está imbuída nessas palavras.

Na verdade, não é só ver o primeiro alvorecer do ano e se sentir agradecido. Deus está nos dizendo que Ele dissipa qualquer sombra, viu?

O Sol ainda está brilhando no céu neste exato instante, e o fato de termos visto o Sol significa: lembrem-se do verdadeiro Sol.

“Envolverei todas as sombras que existem dentro de você com a verdadeira Luz do Johrei. Vou preenchê-lo com o Meu amor e Luz. Vou remover todas as suas sombras.”: hoje, nós estamos tendo a permissão de recordar esse coração de Deus. Além disso, a obra de salvação também consiste em tudo ser envolvido por essa Luz.

Deus está realmente fazendo tudo, até mesmo fazendo com que as sombras desapareçam. Assim sendo, não há outra coisa a ser feita senão retribuir essas bênçãos.

Portanto, espero que durante todo o ano que se inicia hoje, cada um de nós possa realmente caminhar em júbilo por estar sendo envolvido por essa Luz. E, se tivermos permissão – afinal, é uma salvação tão maravilhosa que não existe no mundo – se tivermos permissão, espero que todos nós possamos servir na obra que compartilha essa salvação com muitas pessoas.

Muito obrigado.

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