Kannon virá do local mais elevado e descerá até o local mais baixo. Então, Kannon subirá até o local mais elevado novamente.

Sermão de 1º de maio de 1935

Boa tarde!

Hoje está fazendo bastante calor, certo? Como de costume, minha saudação pode se estender e, portanto, caso os senhores sintam vontade de beber água ou ir ao banheiro – é possível escutar minhas palavras pelos autofalantes no banheiro? – fiquem, digamos, à vontade para escutar minhas palavras.

A Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias foi celebrada há pouco mais de duas semanas e a pergunta que tenho francamente feito a mim mesmo é a seguinte: “Qual é o sentimento que cada um dos senhores tem agora?”

Eu próprio me dirigi ao Culto Mensal que estamos celebrando hoje com um fervor, um calor dentro do meu coração, que é dez vezes, cem vezes, mil vezes maior do que o do momento da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias.

Se eu não estivesse me sentindo dessa maneira, creio que isso seria uma falta de respeito para com os senhores, que se deslocaram até aqui em meio ao calor que está fazendo.

Deus, naturalmente, evolui constantemente. Evolui hoje mais do que ontem, amanhã mais do que hoje, depois de amanhã mais do que amanhã e assim por diante: Ele é um ser que evolui por toda a eternidade.

Meishu-Sama utilizou a expressão “o perpétuo fluxo das coisas”, dizendo que o seu eu de um ano atrás é diferente do seu eu do presente e que o mundo de ontem é diferente do mundo de hoje. E, além disso, ele também disse que deve haver algo de diferente entre o você do presente e o você de cinco minutos atrás.

Ademais, ele disse que se não evoluirmos dessa maneira, ficaremos imóveis como uma poça de lama, o que fará com que fiquemos cada vez mais para trás na sociedade.

Por assim ser, a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias vai além de algo que aconteceu cinco minutos atrás. Ela aconteceu centenas ou milhares de minutos atrás, certo? [P.S.: ao calcular o tempo exato, de fato, a cerimônia aconteceu 20 mil minutos atrás.]

Assim sendo, é obvio que ocorreu uma grande evolução desde o momento em que a cerimônia foi celebrada até o momento presente, pois, na verdade, trata-se do “perpétuo fluxo das coisas”.

Então, não devemos simplesmente dar um suspiro e dizer: “Ah… Hoje, estamos celebrando o Culto Mensal de Julho, que é um culto de menor escala”, só porque a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias terminou.

Além disso, também pode existir o pensamento de que a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias terminou e nada mudou, mas está tudo bem. Ou seja, o pensamento de que o mundo não mudou, mas que o próprio sentimento mudou e está tudo bem com isso. Mas não é nada disso, não, viu!

Por quê? É porque, geralmente, achamos que não há diferença entre o eu de cinco minutos atrás e o eu do presente. Mas Meishu-Sama está nos dizendo que, já que Deus evolui constantemente, se esse Deus estiver dentro dos senhores, certamente há uma diferença entre o seu eu de cinco minutos atrás e o seu eu do presente. Era assim que Meishu-Sama via o mundo, o seu próprio coração e a sua própria existência.

Além do mais, se pensarmos que nada mudou no mundo mesmo com o término da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, o mundo não mudará. Afinal, os nossos pensamentos e sentimentos constroem o futuro.

Nada mudará se nós pensarmos: “Ah, nada mudou”. Contudo, se pensarmos: “Há algo de novo” ou “Melhorou ainda mais”, talvez Deus nos conceda um futuro como esse. Afinal, os nossos pensamentos e sentimentos – os pensamentos e sentimentos da humanidade – estão construindo o futuro, certo?

É dessa maneira que Deus é eternamente novo. Ele se torna cada vez mais novo. E Meishu-Sama também é assim, certo?

Evoluir eternamente: se expressarmos isso por meio de um gráfico, esse gráfico seria um gráfico ascendente, certo? Um gráfico onde não há declínio.

Entretanto, se expressarmos a sensação humana por meio de um gráfico, basicamente esse gráfico seria ascendente até os 20 ou 30 anos de idade e, depois disso, passaria a ser um gráfico descendente, certo? Geralmente depois de entrar na faixa etária dos 30 ou 40 anos – e eu me incluo nesse contexto – as articulações dos joelhos ficam um pouco rígidas, o corpo começa a enfraquecer e, além disso, naturalmente contraímos inúmeras doenças à medida que envelhecemos.

Por assim ser, o gráfico dessa sensação humana não corresponde ao gráfico ascendente de Deus, certo? Afinal, o gráfico de Deus é um gráfico que evolui eternamente. Já o nosso próprio gráfico é um gráfico de total declínio. Sendo esse o caso, por mais que pensemos a respeito disso, não há como o nosso gráfico corresponder ao gráfico de Deus, não é?

Bem, é óbvio que, ao olhar para um bebê, surge o seguinte pensamento: “Um bebê tem infinitas possibilidades”. Ou, ao olhar para os jovens na faixa etária dos dez aos vinte anos, talvez consigamos visualizar a imagem de que eles estão se empenhando para encontrar o que querem fazer, que Deus evolui eternamente e está construindo o futuro através desses jovens. Mas não é isso o que Meishu-Sama disse, certo?

Ora, toda e qualquer pessoa, por fim, passa a apresentar um gráfico descendente aos olhos humanos e a vida do corpo humano é limitada.

Existe o câncer, certo? O câncer; a doença chamada câncer. Existe a visão de que obviamente o câncer pode ser visto como uma doença terrível ou, por outro lado, assim como Meishu-Sama ensinou em termos de purificação, a visão de que as inúmeras doenças que surgem no corpo podem ser vistas como algo gratificante – para preservar e prolongar a própria vida –, algo que serve para evitar que o corpo piore ainda mais. Também existe essa visão, certo?

Mas não é só isso, não, pois existe uma visão muito mais ampla que engloba tudo isso, viu!

É óbvio que, ao atingirmos certa idade, não pararemos mais de enfraquecer. Mas Deus evolui eternamente. Logo, se tivermos como elemento principal o que sentimos, nossas sensações, ficaremos a vida toda sem nivelar o nosso gráfico ao gráfico de Deus – nosso gráfico não corresponderá ao Dele.

Por mais que escutem sobre evoluir eternamente, os senhores podem dizer que sofrem de uma doença como essa ou aquela, ou que sua mãe, por exemplo, sofre de perda de memória e demência, e que é muito difícil pensar que isso seja uma evolução eterna.

Mas, mesmo que, externamente, seja isso que aparenta ser, na verdade, a verdadeira essência no interior dos senhores evolui cada vez mais e está sempre rejuvenescendo, viu! Agora, neste exato instante, estamos sempre rejuvenescendo. Ora, isso acontece porque Deus evolui eternamente, e esse Deus está dentro de nós.

Bem, obviamente é difícil pensar dessa maneira, pois o corpo é muito importante para nós e não há como evitar que ele se torne o elemento principal.

Entretanto, nas Sagradas Palavras “Sejam sempre novos”, Meishu-Sama exortou que sejamos sempre novos – sempre novos. É dessa maneira que, na verdade, o nosso interior está rejuvenescendo cada vez mais. Isso acontece com todos, sabiam? Todos estão sempre rejuvenescendo!

Ao pensar dessa maneira, os senhores podem até achar que o Culto Mensal celebrado hoje é, digamos, um culto pequeno celebrado depois da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, mas, na verdade, ele é evoluído.

Aos olhos humanos, a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias está acima de tudo e, abaixo dela, está o Culto Mensal. Mas, na verdade, hoje há uma evolução maior do que o momento em que celebramos a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias. Afinal, o mundo evolui de forma ininterrupta.

Então, não é que a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias esteja acima, e o Culto Mensal esteja abaixo. Não, não é isso. Independentemente do seu tamanho, o Culto Mensal celebrado hoje é um culto que transcende a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias. A perspectiva que considera um culto como pequeno ou grande é uma perspectiva que dá importância ao corpo físico, ao mundo externo como sendo o elemento principal, que vê o gráfico como um gráfico descendente.

Mas não é isso, pois, hoje, nós estamos participando de um Culto Mensal ainda mais evoluído do que a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias. Ademais, se os senhores não participarem deste culto com esse sentimento, será difícil receberem as bênçãos de Deus hoje.

Dentre os salmos de Meishu-Sama que foram entoados na Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, existe um que, em particular, considero expressar algo importante. Esse salmo é o seguinte:

“Finalmente, / Este ano, / O pessegueiro que levou três mil anos para crescer / Vai dar frutos. / Há celebrações tanto neste mundo como / No Céu!”

Havia um pessegueiro que levou três mil anos até ele crescer e dar frutos, sendo que, finalmente, no ano em que esse pessegueiro der frutos, tanto este mundo como o Céu – aqui, Céu tem o sentido de Paraíso – entrarão em festa. Ou seja, aconteceriam celebrações tanto aqui na Terra como no Paraíso.

Esse salmo foi composto em 1928, mas acho que ele realmente se enquadra perfeitamente ao ano atual. Até pensei se Meishu-Sama não teria preparado esse salmo especialmente para este ano, o ano em que celebramos a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias.

Uma vez que esse salmo nos mostra que haverá, em um ano auspicioso, uma maravilhosa comemoração tanto na Terra como no Paraíso, ele se enquadra perfeitamente na situação que vivemos este ano.

Kyoshu-Sama nos disse que o verdadeiro culto é o culto celebrado no Paraíso. Isso, geralmente, é um pouco incompreensível, pois o culto celebrado no Paraíso não é visível, certo?

Não acho que Kyoshu-Sama disse isso como se fosse algum estudioso que pesquisa as Sagradas Palavras de Meishu-Sama. Não acho que ele tenha dito isso no intuito de nos dizer, de forma acadêmica, o seguinte: “Uma vez que esse salmo existe, os cultos também são celebrados no Paraíso”.

Bem, é claro que eu acho que Kyoshu-Sama citou esse salmo em algum momento no passado, mas penso que isso seja mais parecido com uma forma mais sintética da orientação que vem de Meishu-Sama.

Obviamente, Kyoshu-Sama está assentado no Trono de Kyoshu e, além disso, uma vez que Meishu-Sama o ordenou a absorver inúmeras coisas, incluindo assuntos referentes ao cristianismo, através disso, Kyoshu-Sama passou a ter a visão de Meishu-Sama – atingiu a percepção dessa visão – e, misteriosamente, está nos dizendo exatamente a mesma coisa que Meishu-Sama está nos dizendo, ou seja, que os cultos também são celebrados no Paraíso.

Uma vez que Meishu-Sama está nos dizendo que “há celebrações tanto neste mundo como no Céu”, isso significa que também houve uma cerimônia especial no Paraíso. Ou seja, como a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias foi celebrada na Terra, a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias também foi celebrada no Paraíso.

Então, como será que foi a celebração da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias no Paraíso? Nós sabemos como a cerimônia foi celebrada aqui na Terra, certo? A cerimônia já terminou, e sabemos qual foi a sua programação. Cantamos canções originais, tivemos saudações e recebemos as Palavras de Kyoshu-Sama. Isso está mais do que claro, certo?

No entanto, o pensamento de querer saber como foi a celebração da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias no Paraíso surge em nós ao vermos esse salmo que foi composto por Meishu-Sama, não é?

Então, podemos achar que mesmo no Paraíso houve uma programação semelhante, com hora marcada para o início da cerimônia, mas acho que não é bem assim.

Afinal, o Paraíso é o local onde Deus se encontra; é o mundo onde tudo existe unicamente para Deus. Hoje, no hall de entrada aqui da sede, foi colocada a caligrafia de Meishu-Sama “Glória do Senhor”. O Paraíso é o mundo onde toda a glória – as bênçãos, a força, a alegria, a tristeza, a respiração, a vida, os pensamentos, as palavras – é atribuída a Deus e, além disso, é o mundo repleto de alegria, paz e conforto que o ser humano sequer consegue imaginar.

Em primeiro lugar, almejamos chegar perto do Trono de Deus, mas se realmente soubéssemos o aspecto do Paraíso, talvez não haveria uma só pessoa entre nós que realmente desejasse isso. Se entrássemos em contato, por pouco que seja, com a pureza do Céu e o seu estado repleto de vida, na verdade, definitivamente pensaríamos que não somos capazes de entrar nesse mundo.

Só que Deus nos concede a permissão para dizermos frases como “regressarei ao Paraíso” e “subirei ao Paraíso”, certo?

Mas, de fato, o poder do Paraíso é um poder que transcende totalmente a nossa imaginação.

[Masaaki-Sama, apontando para a Imagem da Luz Divina, disse:] Vejam esta Imagem da Luz Divina. Ela não é um pedaço de papel, certo? Na verdade, não é um pedaço de papel e algo produzido de plástico, pois é a Imagem da Luz Divina.

Antes de mais nada, o próprio fato de eu estar aqui falando aos senhores com as costas voltadas para Deus é, na verdade, ultrajante. Mas Deus nos dá a permissão para fazer até mesmo algo como isso, não é?

É assim que, de qualquer maneira, o Paraíso é o mundo onde tudo é atribuído a Deus; um mundo envolvido por uma alegria extraordinária e poderosa.

Dito isso, ao termos comparecido na Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, reconhecendo que “recebemos a alma de Deus”, participamos dela com o desejo de oferecer a Deus inúmeras alegrias e outros muitos sentimentos que surgem em nós, certo? Participamos dela carregando conosco o seguinte sentimento: “Eu recebi a alma de Messias. Tudo pertence a Deus”. Assim sendo, é o mesmo que no Paraíso, não é? Porque o Paraíso é o mundo onde tudo é atribuído a Deus.

Só que a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias celebrada no Paraíso não foi uma cerimônia com hora marcada para começar e terminar, pois a obra do Paraíso consiste em uma obra na qual toda a humanidade louva a Deus por toda a eternidade, certo? Certamente existências angelicais também estiveram nela, não é?

A obra do Paraíso é, em outras palavras, a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, viu! Afinal, o Paraíso é o mundo onde louvamos constantemente a Deus dizendo: “Eu sou Seu filho; o Senhor é meu Pai”. Então, podemos dizer que o Paraíso sempre é a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, viu!

Bem, vejamos o Culto Mensal celebrado hoje. O que nós estamos tentando fazer nele?

A mesma coisa! Nós estamos querendo fazer a mesma coisa! Estou errado?

Seja na Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, seja em um Culto Mensal, o nosso sentimento ao participar dessas cerimônias litúrgicas não muda. Muitas coisas acontecem no nosso dia a dia, certo? Mas nós expomos tudo isso diante de Deus – na verdade, sequer é preciso expor algo, pois Deus está aqui [Masaaki-Sama diz isso apontando para a Imagem da Luz Divina] e Ele nos observa agora; Ele observa, neste exato instante, até mesmo as profundezas do nosso coração – e, por isso, Deus está nos dizendo: “Ofereça para Mim tudo o que aconteceu em sua vida durante o mês de junho. Eu também vou criá-lo e educá-lo durante o mês de julho. Está tudo bem assim para ti, Meu filho?”

Pensando dessa maneira, se a obra do Paraíso é uma obra na qual a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias é celebrada por toda a eternidade, e se nós estamos reunidos aqui hoje no Culto Mensal para atribuir a Deus toda a glória, e como hoje é o Culto Mensal de Julho, então podemos chamá-lo “Culto Mensal de Julho acumulado à Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias”, pois nós estamos copiando no Mundo Material o culto que está sendo celebrado no Paraíso.

O vindouro Culto às Almas dos Antepassados também pode ser chamado de “Culto às Almas dos Antepassados acumulado à Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias”. Bem, o que eu quero dizer é que podemos fazer isso dentro de nós, em nosso sentimento, sem ficar repetindo isso todo culto. É porque a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias de fato só acontece uma única vez aqui na Terra.

Mas o que eu penso é o seguinte: será que estamos participando deste Culto Mensal, incluindo a sua preparação, com esse sentimento?

Pelo contrário, tínhamos a cognição de que seria um Culto Mensal pequeno, celebrado depois da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, não tínhamos? Caso tenhamos tido essa cognição, então foi aí que ocorreu uma discrepância com o sentimento de Deus.

Se essa foi a nossa postura, acho que isso foi um desrespeito para com Deus. Agora, se os senhores acharem que hoje está sendo realizado um Culto Mensal glorioso e magnífico, que transcende a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias, e que estão em um culto como esse, talvez Deus olhe para todo e qualquer problema que carregamos conosco e compartilhe conosco a Sua bênção.

Bem, há um tema principal que eu gostaria de transmitir aos senhores hoje. Trata-se de um ponto que tem relação com a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias. Uma vez que a Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias é a celebração do descer e nascer [Nota do Editor: em japonês, a palavra que significa “nascimento” dentro do nome do culto expressa literalmente “descer” e “nascer”.], então, participamos dela com o sentimento de aceitar que a alma de Messias, a alma de Deus, existe dentro de nós e o sentimento de confirmar o nosso servir a Deus.

Mesmo com relação à Segunda Vinda de Cristo, uma vez que Cristo vem pela segunda vez, o sentimento que passamos a ter é o de que a alma de Cristo já veio até nós; que a recebemos.

Portanto, participamos da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias com o sentimento de agradecer por termos aceitado que a humanidade, cada ser humano, recebeu a alma de Messias – a alma de Cristo.

Bem, é isso mesmo, mas, só com isso, na verdade estamos aceitando somente cinquenta por centro dessa Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias. Sim, cinquenta por cento.

O que isso significa é receber e acreditar no nascimento do Messias, na descida do Messias; acreditar e receber a alma de Messias; acreditar e receber a Segunda Vinda de Cristo: tudo isso naturalmente é maravilhoso.

Mas a nossa verdadeira essência, assim como Kyoshu-Sama orienta constantemente, não é o lado humano, mas sim, a alma de Deus. Essa é a nossa verdadeira essência.

Ao nos depararmos com o termo “nascimento do Messias”, onde nascimento é descer e nascer, a imagem que vem à nossa mente é a de o Messias descer, certo? O Messias descer e nascer: essa é a imagem que nós temos.

Só que, na verdade, a nossa verdadeira essência é o Messais. Por assim ser, quem desce somos nós. Nosso sentimento não deve ser “eu aceito”, mas sim, “a partir de agora, Eu irei até vocês”.

Também existe a visão de que Cristo virá novamente na Segunda Vinda de Cristo. No entanto, a nossa verdadeira essência não é aquela que é enviada novamente, mas sim, a que vai novamente.

“O Senhor será eu”: é possível compreender isso através do pensamento humano, certo? Mas, na verdade, se pensamos nisso a partir da nossa verdadeira essência, seria “Eu serei você”. Afinal, o “eu” que é Deus é a nossa verdadeira essência.

Obviamente, Deus não enfatiza muito isso. Afinal, basta esse ponto virar pauta de assunto, para o ser humano, devido à tendência de se tornar orgulhoso, dizer: “Eu sou Deus”. É por isso que, certamente, Deus está enfatizando a posição passiva do ser humano.

Mas, na verdade, a nossa verdadeira essência é Deus. Portanto, não estamos na posição de aceitar e receber, mas sim, de descer e fazer receber.

Nós achamos que a posição que devemos assumir é a de dizer: “Eu aceito o Senhor, creio no Senhor e sirvo ao Senhor”, e que a fé consiste nisso. Só que jamais nasceremos de novo apenas com isso, viu! Se os senhores tiverem o ser humano, o ato de receber e a fé como elementos principais, ficarão a vida toda sem alcançar o nascer de novo.

Afinal, nas Palavras de Luz, Meishu-Sama disse: “Deus é Luz. / E onde há Luz, paz, felicidade e alegria são abundantes. / Na escuridão, permeiam-se o conflito, a pobreza e a doença. / Vós que desejais Luz e prosperidade, vinde! / Vinde à Luz e chamai o nome do Messias! / Assim sereis salvos.” Ele disse, não disse?

Por ser “vinde”, ele está nos dizendo: “Venham todos até aqui”. Mas nós sempre dizemos o seguinte: “Regressarei. Eu regressarei”, “Eu regressarei. Regressarei ao Paraíso” e “Eu servirei ao Senhor. Eu servirei”. Ou seja, não nos expressamos de outra forma a não ser essa, tendo nosso sentimento de receber como o elemento principal. Mas o nosso elemento principal é aquele que diz: “Vinde!” Na verdade, a nossa verdadeira posição é a de dizer: “Venham todos até Mim”.

Mas isso para nós acaba se tornando um “assunto complicado”, certo? Acabamos pensando: “Acho um pouco complicado”. Contudo, na verdade não existe assunto mais simples do que esse para nós, sabiam? Afinal, a alma de Deus que existe dentro de nós é o nosso elemento principal.

Isso, na verdade, é um assunto óbvio, mas devido ao fato de querer que nós e Deus sejamos existências distintas, não compreendemos. “Que conversa é essa? Esse assunto não tem nada a ver comigo”: é assim que agimos.

Mas, na verdade, esse assunto é básico, fundamental e elementar para o ser humano. Afinal, não importa o quanto pensemos, não há como viver pela força humana.

E assim como está escrito no trecho da Bíblia lido hoje (João 10:22–39), trata-se de uma questão que a humanidade carrega consigo há dois mil anos.

Os judeus condenavam Jesus Cristo. Jesus respondeu a eles como que dizendo: “Bem, embora eu esteja fazendo apenas boas obras, por que vocês me julgam?” Com isso, os judeus disseram que não estavam falando de nenhuma boa obra realizada por ele, mas como Jesus se apresentava como Deus apesar de ele ser um homem, eles alegaram que isso era uma blasfêmia, um desrespeito para com Deus. Ao escutar isso, Jesus questionou dizendo que os profetas judeus falavam o mesmo e que as Escrituras afirmam: “Vocês são deuses”.

Somos deuses, viu! Todos nós não somos humanos, mas sim, deuses!

A seguir, o conteúdo do que Jesus disse é um questionamento, onde ele diz que se Deus nos chama de deuses, o que havia de ruim no fato de ele dizer que era o Filho de Deus? (João 10:31–36)

Nós somos deuses? Ou nós somos humanos?

No cristianismo, esse trecho da Bíblia é interpretado da seguinte maneira: apenas os profetas ou um grupo de pessoas especiais são deuses. Mas nós não pensamos assim, pensamos? Cremos que todos somos iguais; que não só algumas pessoas são deuses, mas sim, que todas as pessoas são deuses.

Obviamente, há diferença no papel que cada pessoa desenvolve. Existe uma diferença entre o papel de Jesus Cristo, o papel de Meishu-Sama e o nosso papel. Mas somos irmãos e irmãs. Somos irmãos e irmãs unidos pela alma de Deus: somos deuses.

É óbvio que isso não deve ser dito com arrogância. Definitivamente, não devemos puxar Deus até o nível do ser humano, querer que a nossa vontade seja concretizada por completo, querer que nossos desejos egoístas sejam realizados ou obrigar os outros a escutarem o que dizemos porque somos deuses. Precisamos atentar para esse ponto.

Contudo, a humanidade carrega consigo essa questão há dois mil anos. Acabamos de conferir isso agora, não é? Jesus foi criticado por se apresentar como Deus, embora fosse um homem. Mas, no final das contas, essa questão não foi solucionada durante dois mil anos e foi em meio a essa circunstância que Meishu-Sama veio ao mundo: Meishu-Sama.

O primeiro Salmo de Meishu-Sama entoado hoje foi:

“Chegou a hora / Em que finalmente provarei aos senhores a verdade / Que existe no profundo mistério da expressão / ‘Deus-Homem’.”

Meishu-Sama usou a expressão: “União entre Deus e o Homem”. E, na verdade, a questão que existe entre Deus e o Homem é um profundo mistério que existe desde dois mil anos atrás. Afinal, os judeus, sem entender esse profundo mistério, por fim mataram Jesus porque ele dizia ser o Filho de Deus. E esse profundo mistério está sem solução há dois mil anos.

Porém, Meishu-Sama, acerca da questão que existe entre Deus e o Homem, disse que finalmente ele comprovaria esse profundo mistério. Ou seja, existe um profundo mistério.

Entretanto, acho que nós, ao escutarmos a expressão “União entre Deus e o Homem”, sequer compreendíamos essa expressão como sendo um profundo mistério. Simplesmente dizíamos que Meishu-Sama era como se fosse um Deus vivo; que Meishu-Sama era uma pessoa extraordinária que atingiu o estado de união entre Deus e o Homem; e que a palavra de Meishu-Sama era a palavra de Deus: nossa compreensão se limitava a isso. Esse tipo de compreensão não chega aos pés de um profundo mistério. No geral, o mesmo acontece com as outras religiões. Ou seja, simplesmente adoram o seu fundador como um Deus vivo.

Só que nós exortamos que podemos ser como o fundador.

E, definitivamente, Meishu-Sama também almejava isso, sabiam? Caso contrário, qual seria o motivo de Meishu-Sama ter permitido que nós também fizéssemos tudo, incluindo o Johrei, da maneira como ele o fez?

Foi assim que Meishu-Sama disse que finalmente ele comprovaria o profundo mistério da questão que existe entre Deus e o Homem. Por quê? É porque essa questão ficou dois mil anos sem ser solucionada, e porque a maioria das pessoas daquela época não conseguiu compreender o que Jesus disse e elas acabaram matando-o.

O segundo salmo entoado foi:

“Ó Kannon, / Inimaginável foi que / Tu escolheste pegar emprestado o meu corpo. / Eu, um homem de origem humilde!”

Esse salmo expressa que sequer se passou pela mente de Meishu-Sama que ele, uma pessoa de origem humilde, um homem de origem humilde, seria escolhido por Kannon para que o seu corpo fosse emprestado, o que certamente foi algo inimaginável.

Esse é o sentimento humano de Meishu-Sama, viu! É o lado humano dentro do Deus-Homem. Ou seja, ele está dizendo o quão inspirador foi que Kannon desceu até ele e que, na verdade, ele não era digno de tal bênção.

Nesse sentido, o terceiro salmo entoado expressa um conteúdo semelhante:

“Oh, quão feliz é reverenciar o glorioso Messias / Que desce em meio às vozes de Aleluia!”

Meishu-Sama está dizendo que ele observava, reverenciava, a existência chamada Messias.

E, naturalmente, Jesus Cristo está incluído dentro do Messias sobre o qual Meishu-Sama está se referindo. Isso fica evidente no quarto salmo entoado hoje:

“Rodeado por gritos alegres e retumbantes de Aleluia! / O Messias-Cristo desce. / E, ah, ele desce tão silenciosamente!”

Messias e Cristo são um só.

Quando Jesus afirmou que era Deus, evidentemente a aparência externa de Jesus era humana, pois os judeus diziam que ele era um ser humano. Mas Aquele que o utilizava, Aquele ao qual Jesus era uno em um só corpo, é Deus. O mesmo ser que estava utilizando Jesus desceu silenciosamente dentro de Meishu-Sama e dentro de cada um de nós.

O quinto salmo entoado hoje foi:

“Sou eu / Quem desceu ao mundo / Com autoridade / Para salvar os pecadores!”

Ele está dizendo: “Sou eu quem desceu ao mundo com autoridade”. É “descer”, viu!

Em vez de reverenciar, desta vez, é descer. Afinal, neste salmo ele está dizendo: “Sou eu quem desceu ao mundo”.

Assim sendo, na verdade, esse salmo entra em contradição com o conteúdo do segundo e do terceiro salmo, não entra?

Meishu-Sama, um homem de origem humilde. Meishu-Sama, que está descrevendo a alegria de reverenciar o glorioso Messias que desceu. Esse mesmo Meishu-Sama, por outro lado, disse que é ele quem desceu ao mundo com autoridade.

Aqui, Meishu-Sama está falando de duas posições. Ele está falando de ambas as posições como sendo ele próprio, não é? Afinal, ele utiliza a palavra “eu” para expressar tanto a si mesmo como o Deus que desceu.

Agora, o sexto salmo entoado hoje foi:

“Quando o fim dos dias chegar, / Todas as pessoas, sem exceção, prostrar-se-ão diante de mim. / Oh, como eu espero ansiosamente por esse momento!”

Nesse salmo, Meishu-Sama está dizendo que, quando o fim dos tempos chegar, todas as pessoas vão se prostrar diante dele.

Se não compreendermos a relação entre Deus e o Homem, dizendo simplesmente que toda a humanidade tem que se prostrar diante do Meishu-Sama humano, isso, em linhas gerais, é o que uma seita faz. Se uma religião interpretar o “eu” nesse salmo como sendo Meishu-Sama, no sentido de que ele estaria se deleitando ao ver todos prostrando-se diante dele, então, essa religião é uma seita.

[Masaaki-Sama, enquanto aponta para a Imagem Divina de Meishu-Sama, diz:] Temos essa Imagem Divina de Meishu-Sama, certo?

Meishu-Sama, na ocasião em que foi fotografado, disse ao fotógrafo para focar a lente da câmera na região do seu ventre. Ele não pediu para focar o seu rosto. Meishu-Sama pediu para focar o seu ventre.

O normal é focar o rosto, certo? Mas, em vez disso, Meishu-Sama, ciente de que a alma de Deus estava alojada no seu ventre, ordenou que a lente fosse focada próximo à região abaixo do seu umbigo. Eis como ele foi fotografado. É por isso que, ao olharmos para essa Imagem Divina de Meishu-Sama, notamos que a mão de Meishu-Sama, que está rente ao seu ventre, é realmente muito nítida.

No entanto, embora Meishu-Sama tenha tido toda essa atenção para com essa fotografia, nós, por não entendermos a intenção de Meishu-Sama em ser fotografado dessa maneira, tivemos o pensamento de que o ser humano Meishu-Sama é fabuloso, de que somente Meishu-Sama é fabuloso, e utilizávamos até hoje uma Foto de Meishu-Sama que foi editada de uma maneira como se a lente estivesse focando o seu rosto: o lado humano.

Foram feitas edições como, por exemplo, clarear o rosto. Por não compreender a intenção de Meishu-Sama em ser fotografado daquela maneira, acabamos fazendo isso.

Mas Meishu-Sama não queria que o foco fosse ele. Meishu-Sama queria que todos voltassem seus olhos para Deus, que está dentro dele. Em vez de focar o “homem de origem humilde”, Meishu-Sama queria que todos vissem, através dessa fotografia, o ser que está dentro dele. No entanto, nós sempre tentávamos encontrar a personalidade divina dentro do “homem de origem humilde”. Senhores, não é isso. Meishu-Sama preparou essa fotografia com a seguinte intenção: é preciso reverenciar a Deus que está dentro de mim.

É por isso que, na Igreja Mundial do Messias, em vez de chamarmos de Foto de Meishu-Sama, considerando-a como a fotografia de uma pessoa ilustre ou respeitosa, a chamamos de Imagem Divina de Meishu-Sama por se tratar de uma imagem de Deus.

A Imagem Divina de Meishu-Sama da Igreja Mundial do Messias não sofreu nenhuma edição. A fotografia que obedece ao desejo de Meishu-Sama é a Imagem Divina de Meishu-Sama da Igreja Mundial do Messias. A Foto de Meishu-Sama que foi utilizada até hoje sofreu edições para parecer que a lente estivesse focando o rosto de Meishu-Sama.

Portanto, ao olharmos para essa Imagem Divina de Meishu-Sama, em vez de focarmos nossos olhos na aparência externa de Meishu-Sama, voltamos naturalmente nossos olhos para Deus, que está dentro de Meishu-Sama. Esse foi o motivo original de Meishu-Sama ter criado essa Imagem Divina de Meishu-Sama.

Bem, não que o presidente Narii tenha pedido para eu falar isto [risos], mas se ainda existirem pessoas que não trocaram a Foto de Meishu-Sama pela Imagem Divina de Meishu-Sama, aconselho que façam o pedido para trocá-la, pois essa é a Imagem Divina de Meishu-Sama que obedece ao desejo dele e que não sofreu nenhuma edição.

Se os senhores receberem essa Imagem Divina de Meishu-Sama e reverenciarem, através dessa fotografia, a alma de Deus que existe dentro de Meishu-Sama, creio que a alma de Deus que existe dentro de nós certamente entrará em ressonância com ela. Fazer com que isso aconteça: essa foi a intenção de Meishu-Sama em criar a Imagem Divina de Meishu-Sama.

Após pensarmos a respeito disso, vejamos o sétimo salmo entoado hoje que é muito famoso:

“Apenas a mim. / É apenas a mim, / Que foi confiada a missão de Deus / Para salvar o mundo!”

Nós, ao longo de muitos anos, interpretamos esse salmo como sendo uma referência a Meishu-Sama, e somente a ele. Não era assim que o interpretávamos? Porém, não é isso. Quem é o “mim” de “apenas a mim”?

A resposta para essa pergunta é o ser que está dentro de cada um de nós. É o mesmo “eu” do salmo “Sou eu / Quem desceu ao mundo / Com autoridade / Para salvar os pecadores!” E esse “eu” é Deus.

Deus é um ser único. Mas Deus criou inúmeras unidades do Seu ser único. Isso, em linhas gerais, é algo que não conseguimos compreender pela razão. Mas Meishu-Sama simplesmente disse: “Um Deus e muitos deuses ao mesmo tempo”.

Em um de seus salmos, Meishu-Sama escreveu que “o Messias vem descendo, trazendo Jeová (Javé) em suas costas”. Trata-se do seguinte salmo:

“O mundo está envolto em nuvens negras. / Mas vejam! / Dissipando-as, / O Messias vem descendo, / Trazendo Jeová (Javé) em suas costas!”

O Messias está trazendo Jeová – trazendo Deus – em suas costas, pois Meishu-Sama disse que “O Messias vem descendo, trazendo Jeová (Javé) em suas costas”!

Assim sendo, se a alma de Messias existe dentro de cada um de nós, o Messias que existe em nosso interior, está carregando Jeová (Javé) em suas costas. Uma vez que Meishu-Sama disse no seu sétimo salmo de hoje que nós temos a missão de salvar o mundo, Deus está dizendo dentro de cada um de nós: “Salve isso! Salve isso!” Ele está dizendo isso para o Messias, que é a nossa verdadeira essência. Não seria esse o motivo de nós, cada um de nós, nos depararmos com inúmeras circunstâncias agora?

A alma de Messias que existe dentro de cada um dos senhores, dentro de todos os senhores, está nos dizendo: “Eu salvo! Quem salva sou eu!” Meishu-Sama expressou esse Messias com a palavra “eu”. Ele não usou a palavra “eu” para expressar a posição humana que recebe, mas sim, a posição divina que diz: “Eu salvo!”

É por isso que não é possível compreender facilmente a profundidade das Sagradas Palavras de Meishu-Sama por meio da inteligência humana.

Se pensarmos acerca disso com o pensamento humano comum, diremos: “Apenas Meishu-Sama é fabuloso, não é?”, e ponto final. Ao escutar a frase “é apenas a mim” com essa mentalidade, pensaremos: “Apenas Meishu-Sama é fabuloso. Todas as outras religiões são inúteis. Somente Meishu-Sama é a verdade”, e ponto final. Mas, se isso fosse verdade, ele não teria dito que queria atuar em consonância com o cristianismo, teria? Nota-se aqui também uma contradição.

Por fim, temos o oitavo salmo entoado hoje que, à primeira vista, é completamente incompreensível, não é?

“É preciso ser um ser humano / E Deus ao mesmo tempo. / É preciso ser Deus / E um ser humano ao mesmo tempo. / Se não, / Não é possível salvar o mundo!”

Esse salmo significa: eu sou um ser humano e Deus ao mesmo tempo; sou Deus e um ser humano ao mesmo tempo; se não for assim, não poderei salvar o mundo, não é?

O próprio conteúdo desse salmo, naturalmente, é algo que achamos difícil de ser compreendido, pois não estamos habituados a ter uma ideia como essa e porque estamos habituados a ter um pensamento humano.

Mas se não for como está escrito nesse salmo e não houver como salvar o mundo, então, isso se torna um problema para nós, não é? Afinal, não estamos aqui apenas para “receber”, mas sim, para salvar o mundo, não estamos?

No mínimo, muitos dos senhores ingressaram na Igreja Messiânica Mundial, certo? Uma Igreja que propaga ensinamentos que salvam o mundo, certo? [Nota do Editor: o nome da Igreja em japonês significa “Igreja Salvadora do Mundo”.] Se os senhores não quisessem salvar o mundo e fossem pessoas que sentem gratidão por somente vocês serem agraciados, então não haveria a necessidade de ingressar na religião de Meishu-Sama, não é mesmo? Isto porque, o objetivo de Meishu-Sama é salvar toda a humanidade.

Não haveria sentido em apenas orar desejando que algo de bom aconteça, viu! Vocês sequer precisariam ser seguidores de Meishu-Sama. Era só ir até uma igreja ou santuário próximo de onde residem e fazer sua doação: isso já seria o suficiente.

Agora, se o nosso objetivo é salvar o mundo, por mais que os senhores achem que, à primeira vista, o que eu estou dizendo agora é incompreensível, precisam relembrar que a nossa verdadeira essência certamente é esse “Apenas a mim. É apenas a mim”. Por quê? É porque não há como o mundo ser salvo sem isso.

Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias: acho que muitos, inclusive eu, escutaram a palavra “nascimento”, que é descer e nascer, e participaram dessa cerimônia tendo como elemento principal a posição que recebe. Mas, na verdade, isso é cinquenta por cento.

No entanto, observem os muitos salmos de Meishu-Sama entoados hoje. Se o desejo de Meishu-Sama para conosco for o seguinte: “Estou plenamente consciente de que vocês são seres humanos. Mas vocês também são deuses, não são? Se não, então não há como o mundo ser salvo”, então, mesmo que tardiamente, precisamos expressar, neste Culto Mensal celebrado hoje, o nosso arrependimento a Deus e a Meishu-Sama por não ter participado da Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias com esse sentimento. Com esse coração arrependido, será que não devemos dizer a Meishu-Sama o seguinte: “A Cerimônia Especial de Comemoração do Nascimento do Messias foi uma cerimônia para relembrarmos não somente a posição de quem recebe o que desce, mas sim, a posição de quem desce. A alma de Deus é a minha verdadeira essência”?

Então, se a nossa verdadeira essência for Deus, o que aconteceria com a analogia do gráfico que eu fiz no início da minha saudação?

Aconteceria o seguinte: se a nossa verdadeira essência for Deus, a vida doravante não será uma vida cujo gráfico é descendente. Não, não é isso. Se a nossa verdadeira essência for Deus, então, de agora em diante o gráfico da vida será ascendente para sempre. O que aguardamos não é outra coisa senão o caminho que floresce eternamente.

Afinal, é “a um futuro glorioso, avançaremos”, certo? Na letra de “Um Novo Mundo”, composta por Kyoshu-Sama, cantamos: “A um futuro glorioso, avançaremos!”, certo?

O que espera por nós no gráfico que tem o ser humano como elemento principal, não é um futuro glorioso. O que espera por nós é um futuro repleto de preocupações que surgirão de agora em diante – preocupar-se com isso, preocupar-se com aquilo e preocupar-se com o próprio corpo, com a família, com os filhos e com o dinheiro.

Agora, se na verdade estivermos na posição de sermos deuses, o que espera por nós não é outra coisa senão a evolução.

Mas o que acontece é dizermos: “Mas de fato existem inúmeras coisas acontecendo, não existem?” ou “Bem, por mais que isso seja dito…”, não é? Ou que existem inúmeras coisas que não conseguimos dizer para outras pessoas, que possuímos uma determinada doença ou que já temos muitos problemas aos quais estamos acorrentados.

No entanto, nas Sagradas Palavras de Meishu-Sama que foram lidas hoje, ele disse que “Kannon virá do local mais elevado e descerá até o local mais baixo. Então, Kannon subirá até o local mais elevado novamente.” Foi isso o que ele disse, certo?

Podemos pensar: “Estou acorrentado. Estou sozinho. Estou sem esperanças. Ninguém consegue compreender como eu me sinto. Estou no fundo do poço”. Mas é até esse local, o fundo do poço, aonde Deus também vai. Afinal, está escrito que Deus descerá até o “local mais baixo”, certo?

Por muito tempo pensamos que estávamos sofrendo sozinhos, mas esse não é o caso. Aquele que reside no local mais elevado desce até o local mais baixo, ou seja, até o local onde nós estamos. Por que Deus faz isso? É para Ele salvar o local mais baixo. Deus está nos dizendo o seguinte: “Você está experimentando isso para que possamos levar a salvação até isso”. É isso o que Ele está nos dizendo.

Repito: Deus desce até o local mais baixo. Qual é o local mais baixo? É nada mais nada menos do que a nossa vida, não é? Em nossa vida diária, sofremos e batalhamos, certo? Só que não estamos sozinhos nisso. O Messias está conosco, vindo até o fundo do buraco. Kannon se tornou Messias, certo? Então, o Messias está conosco.

Mas isso não termina por aqui, senhores. Agora que os senhores já estiveram no local mais baixo, onde não existe esperança, é hora de subir ao local mais elevado juntamente ao Messias. É isso o que Meishu-Sama está dizendo nessas Sagradas Palavras.

O que eu estou querendo dizer é exatamente a respeito daquilo que carregamos conosco neste exato instante: aquilo que mais causa preocupação. Acerca disso, podemos nos expressar da seguinte maneira: “Ó Deus, muito obrigado por ter me enviado até aqui. O Senhor está querendo salvar este local, não é? O Senhor quer acolher isto no Paraíso, não é?”

Subir novamente do local mais baixo até o local mais elevado significa que Deus deseja acolher o que há nesse local mais baixo, não é mesmo?

Antes de mais nada, qual é o motivo de Kannon, do Messias, descer até o local mais baixo? É para salvar o que existe no local mais baixo, não é?

O que há no local mais baixo, aos nossos olhos, é aquilo que consideramos ser um absurdo, algo que não serve para nada. Quanto a isso, Deus está nos dizendo: “Isso é útil no local mais elevado”. O que nós consideramos estar no local mais baixo é útil para Deus, viu! Afinal, foi para a salvação que fomos enviados.

É por isso que podemos pensar: “Ofereço isto ao Senhor” ou “Entrego isso na Sua mão”. Além disso, uma vez que realmente estamos no lado de Deus, independentemente de compreendermos ou não, às vezes podemos pensar: “Eu vim salvar esse pensamento. Eu vim salvar isso”.

Não é apenas dizer: “Está difícil. Está difícil” ou “Por favor”. Temos mesmo é que lembrar do salmo de Meishu-Sama que diz: “Sou eu / Quem desceu ao mundo / Com autoridade / Para salvar os pecadores!” Temos que nos espelhar nesse conteúdo e dizer: “Eu vim salvar os pecadores. Eu vim até aqui com a autoridade de Deus”. Então, como o próximo passo é regressar ao local mais elevado, podemos dizer palavras como: “Levarei isso até Deus”.

Qualquer criança aprenderá seu idioma nativo imitando seus pais, certo? Se os pais falarem japonês, aprenderão a falar o idioma japonês. Se os pais falarem muitos palavrões, também aprenderão a falar muitos palavrões.

Agora, dizemos que não conseguimos ouvir a voz de Deus. Dizemos que não sabemos se Ele está falando conosco ou não. Seja como for, Meishu-Sama está nos dizendo que carregamos um ser divino dentro de nós. Assim sendo, devemos assumir que isso é verdade, agir como se fôssemos um ser divino e proferir, por exemplo, palavras como: “Estou aqui para salvar o próximo”. Não é dizer: “Perdoe-me, por favor”, mas, em vez disso, dizer: “Eu perdoo”.

Neste momento, cada um de nós está enfrentando algum tipo de problema, um dilema, e achamos que estamos com as mãos atadas. Mas se, na verdade, estamos aqui para salvar esses sentimentos que existem dentro de nós, devemos proferir palavras como “eu te perdoo” ou “que as bênçãos de Deus caiam sobre ti” para esses sentimentos que estão dentro de nós.

Quer dizer, não são palavras como essas que Deus diz? Deus não diz: “Recebam-Me no Paraíso, por favor” ou “Perdoem-Me, por favor”, certo?

Então, se os senhores desejarem imitar o exemplo de Deus, imaginem o que Deus estaria dizendo e comecem a dizer coisas como: “Eu te perdoo” e “Eu te abençoo”. Caso continuem praticando isso dia após dia, os senhores poderão nascer de novo como filhos de Deus da mesma maneira como uma criança humana se torna independente imitando os seus pais.

É claro que não compreendemos Deus por conta própria, mas se pensarmos que a existência Deus certamente deve ser assim e proferirmos palavras como essas, então, em vez de o gráfico ser descendente de agora em diante, talvez Deus nos veja como sendo uma existência que é um gráfico ascendente, um gráfico que evolui eternamente.

Inúmeras coisas acontecem no nosso dia a dia e nós estamos indo até o local mais baixo. No entanto, Deus está utilizando tudo isso para construir um mundo muito, muito melhor; um mundo ainda mais maravilhoso.

E não é só isso, pois o servir a Deus é algo que continua mesmo depois da morte.

Mesmo depois de morrermos, continuaremos o nosso servir a Deus com mais e mais alegria. Por assim ser, então o que os senhores acham de começar a fazer isso hoje?

Se assim o fizerem, a vida a partir de hoje será uma vida de rejuvenescimento. Afinal, o caminho do servir a Deus é o caminho pelo qual rejuvenescemos sempre, o caminho de evolução eterna e o caminho pelo qual eternamente nos tornamos existências novas.

Acho que Meishu-Sama definitivamente desejou que cada um de nós fizesse algo assim. Ele queria que fôssemos existências que florescem eternamente e constroem um mundo maravilhoso, e não que fôssemos existências cujo fim é sofrer e morrer. “Salvem o mundo”: eis o que ele desejava de nós.

Portanto, realmente todos nós da Igreja Mundial do Messias “a um futuro glorioso, avançaremos!”. É isso, não é mesmo?

E, obviamente, se assim Deus permitir, o número de companheiros pode aumentar ainda mais com o contato com a Luz de Deus.

Nós realmente estamos sendo enviados até o local mais baixo. Sim, estamos sendo enviados, mas é para a salvação. Estamos sendo enviados pelo bem da salvação, pelo bem do mundo.

Afinal, o enfraquecimento físico não é exceção para ninguém. Toda e qualquer pessoa ficará fraca e morrerá. No entanto, nós passamos por um sofrimento momentâneo para que tudo possa se transformar em algo repleto de vida. Bem, naturalmente, há momentos em que o sofrimento realmente se estende por muito tempo. Nesses momentos, vamos encorajar uns aos outros, pois gostaria de trilhar o caminho da salvação por Deus juntamente a todos os senhores.

Muito obrigado.

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